09| e não é nada bom.

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Assim que consigo criar coragem vou falar com o Eduardo, simplesmente invadir o quarto dele muito confiante e me deparo com a Verônica... ela estava aos beijos com ele...
Eu não sei o que me deu, mas a reação que eu tive foi partir pra cima deles separando os dois.

- Ficou maluca garota!?- Disse Verônica com irritação.

- Sai daqui! - Ordenei com raiva.

- E quem é você pra me mandar sair!?- entoou indignada.

- Eu sou a pessoa que vai te expulsar a ponta pés se você não sair.- Franzi a testa.

- Ata, fica aí esperando que eu vou sair, só porque você quer.- Cruzou os braços, eu a segurei pelo braço e puxei até a porta, mesmo ela tentando se soltar.- Tá maluca? Me solta, ridícula.- Empurro ela para fora do quarto e tranco a porta rapidamente.

Coloco a cabeça sobre a porta, enquanto ela grita me pedindo para abrir a porta.

Viro para o Eduardo, que estava em pé com cara de confuso, eu avanço em direção a ele e começo a encher ele de tapas.

- Ridículo, palhaço, sonso, dissimulado, idiota.- a cada palavra, um tapa.

- O que deu em você? Por que fez isso?

- Você, hipócrita, vive dizendo o tempo todo que gosta de mim e estava aqui atracado com aquela...- Sou interrompida pelo riso escandaloso dele.

- Eu gosto de você, mas você deixou bem claro que não quer nada comigo, a Verônica é quem me dava apoio quando eu ficava triste com as suas ofensas!- justificou-se como se fosse o dono da razão.

- Ah, claro, ela ficava te consolando que nem estava fazendo agora? Você é um ridículo.

- Tá com ciúmes?- riu

- Eu tô com raiva de você, idiota, quer saber nem quero mais olhar na sua cara!- Disse e saí marchando com irritação, bato a porta ao sair.

Eu nunca senti tanta vontade de xingar alguém como naquele momento. Eu estava fervendo de ódio, queria esmurrar uma parede ou qualquer coisa que me aparecer, mas me contentei com meu método infalível de abafar um grito de ódio com o travesseiro.

Depois de fazer o meu pobre companheiro de noites sofrer com minha frustração, peguei um papel e comecei a escrever o que estava sentindo, e o quanto eu estava com raiva por isso, e quanto eu estava com raiva por estar com raiva. Sendo que seria mais prático ser apática, querer que o Eduardo se exploda com aquela insuportável. Eu estou indignada por estar sendo tão emotiva em relação a ele.

[...]

Passei a semana toda tentando ocupar a mente para conseguir esquecer aquela cena terrível, falei com o Eduardo apenas o mínimo.

Mas agora vamos a festa, estávamos todos arrumados, no salão da escola, cada um com sua dupla, fomos informados que vai ter uma caça ao tesouro, o prêmio seria uma surpresa, cada dupla recebeu uma pista inicial, e assim que descobrissem cada charada encontrariam um novo caminho para encontrar o prêmio.
A minha e do Eduardo foi "Imagens em movimento nos levam a reviver o momento", achamos ate fácil, fomos até a sala de multimídia, encontramos outra dica próximo a um modelo de câmera antiga, "corre, corre, corre dor"

- Como assim corre dor? - Comentou Eduardo.- sera que se trata da enfermaria?- eu dei de ombros e apenas fomos até a enfermaria.

Antes de chegar lá encontramos outro papel, no corredor, aí eu entendi "corre dor".
No próximo papel estava escrito "Pare de amar ela"

- Deve ser pra a gente achar uma parede amarela, talvez siga a mesma linha de raciocínio do corredor.- afirmei.

- Ou a gente tem que ir para o teatro?

Operação O19T23Onde histórias criam vida. Descubra agora