One Piece: em uma nova versão

1. Desconhecido no bar

- -- Ayka -- -
Era só mais um dia, como todos os outros em que acordava cedo para ir trabalhar. Era sempre assim.
Eu trabalhava em uma loja onde vendiam várias bugigangas, desde vasos até tapeçarias. Nada de interessante e pra falar a verdade, tinha vontade de meter fogo em tudo, mas infelizmente não podia.

Odiava trabalhar lá, porém tinha que pagar a dívida do meu tio de alguma forma, mesmo que já esteja morto. E por isso trabalhava naquele lugar limpando, arrumando e limpando de novo. Pra ser bem sincera era mais um trabalho escravo, porque me obrigavam a fazer aquilo, em troca me davam alguns beris e a certeza de que manteriam minha tia viva.

Quando já era meio dia decidi sair pra beber um pouco. Chegando no bar percebi a presença de alguém estranho. Minha cidade é pequena, portanto conhecia todos que moravam lá, além de não ser uma cidade que recebe viajantes com muita frequência. Como nunca tinha visto aquele homem antes fiquei muito intrigada.

Me aproximei do balcão:

Dono do bar: O de sempre?

Ayka: Hoje não. Traz suas doses da mais forte que você tiver.

Dono do bar: Dia difícil?

Ayka: É... isso aí... - não conseguia parar de olhar para aquele cara sentado em uma das mesas - Quem é ele?

Dono do bar: Não sei. Ele chegou, sentou e até agora não pediu nada.

Ayka: Haha, deve ser um falido! Mas eu já vi ele... em algum lugar.

Tomei um dos copinhos de shot que estavam sobre o balcão.

Dono do bar: Pelo o que eu me lembre, ele nunca apareceu por aqui.

Ayka: Cadê os novos cartazes de procurados da Marinha?

Dono do bar: Tão aqui, por quê?

Ayka: Me dá.

Peguei os cartazes e comecei a folheá- los:

Ayka: Bellamy... Foxxy... Luffy... Aqui, Roronoa Zoro! Como eu imaginei, ele é um pirata.

Dono do bar: Como você...

Ayka: É memória fotográfica. Já tinha visto ele antes, só não lembrava onde. E esse comportamento, típico.

Dono do bar: E agora? O que você vai fazer? Entregá- lo pra Marinha? Você ganharia um bom dinheiro, com isso, poderia até pagar a sua dív...

Ayka: Não! Ele não tem nada a ver comigo, não merece ter a vida desperdiçada por conta de um problema meu.

Dono do bar: Mas você nem conhece ele.

Ayka: E eu sei disso. Só que você sabe que eu não odeio piratas, e que não quero que os outros tenham o mesmo destino que eu... - pensei um pouco e percebi que tinha falado demais. - Enfim, manda duas garrafas pra mim.

Dono do bar: Você vai falar com ele?

Ayka: Confia em mim, não vou fazer nada demais.

Dono do bar: Que bom. Não quero confusão no meu bar.

Ayka: Mas você sabe né? Sem ir contando pros outros que ele é um pi... - ela olha para os lados e cochicha- um pirata..

Dono do bar: Eu sei, relaxa.

Bebi o outro copinho, peguei as duas garrafas e andei na direção da mesa em que estava sentado o cabeça de grama. Sentei:

Ayka: Posso sentar?