𝟎𝟑 | 𝑯𝑰𝑮𝑯𝑻𝑶𝑾𝑬𝑹

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KING’S LANDING

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KING’S LANDING

O tempo passou rápido depois daquele dia. De repente dias eram meses e já haviam se passado seis desde a morte de sua mãe.

Rhaenyra quase nunca saia do quarto, apenas para as reuniões do Conselho que seu pai a obrigava a ir ou quando Daella a irritava demais para fazer algo juntas.

Muitas das vezes Rhaenyra não entendia sua irmã. Elas haviam perdido a mãe e o irmão, e por mais que Aemma tivesse lhes dado vários irmãos e irmãs antes de falecer, eles nunca sobreviviam. Ela simplesmente não conseguia entender como Daella havia superado tudo tão rápido.

Talvez fosse a idade.

Porém, naquela manhã Rhaenyra estava extremamente entediada. Já havia lido todos os livros de seu quarto e contado cada um dos diversos desenhos estampados em suas paredes e mesmo que boa parte de si quisesse sair dali, a outra parte se negava a ter que encarar a Corte, seus tios e Aenor tentando impressioná-la.

Naquele ano, alguns meses antes, Daeheros havia rendido Highgarden e sediado sua família lá e mesmo que não impressionasse, ele havia oferecido a Viserys seus leais guerreiros e mercenários vindos de Pentos como presente ⸺ ou troca ⸺ a favor de que o rei lhes desse a posse de Highgarden. O rei imerso ao luto aceitou facilmente.

⸺ Seus homens fizeram uma bagunça e tanto. ⸺ Viserys disse em uma audiência naquela tarde ⸺ Atacaram uma de minhas filhas, porém sou um Rei benevolente.

⸺ Eu agradeço e peço perdão pelo inconveniente, Vossa Graça.

⸺ Nossa família é feita de Conquistadores. Os dragões não só nos fizeram Reis como também Conquistadores. ⸺ disse ele ⸺ Eu pelo presente ato afirmo que sua posse sob Highgarden é de bom agrado da Coroa.

Logo após, os dias foram escuros e ela mais dissociava do que vivia.

A garota saiu da cama em um pulo olhando pela janela quando ouviu uma voz familiar através das paredes do quarto.

Onde está o meu irmão? ⸺ perguntou o príncipe mais velho. ⸺ Eu desejo vê-lo imediatamente!

Rhaenyra não entendia bem aquela sensação que tinha todas as vezes em que via seu tio Daemon. Ele era a parte perigosa dos Targaryen, sempre metido em encrencas ou escândalos políticos, mas ainda assim ela o adorava.

A princesa respirou fundo antes de ir até o guarda-roupas buscar algo decente para vestir. Ela estranhou a sensação de querer estar bonita para sair dali agora, mas escolheu um vestido dourado com detalhes rosados e arrumou seus cabelos em uma meia trança fina.

No corredor havia Sor Criston Cole e alguns guardas, ela o cumprimentou com um bom dia tímido e seguiu rumo a Sala do Trono. Ela sabia que ele estava lá.

Quando as portas se abriram, seus olhos brilharam, talvez pelo espanto da cena ou talvez por ser Daemon ali e parecer estranhamente atraente sentado daquela forma.

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