capítulo 4

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A música começou a tocar, dessa vez era aquele tipo de música que te prende e te deixa no clima do que vai acontecer, fora o nervosismo que eu estava sentindo dentro de mim

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A música começou a tocar, dessa vez era aquele tipo de música que te prende e te deixa no clima do que vai acontecer, fora o nervosismo que eu estava sentindo dentro de mim.

Depois de não ter mais nenhum dedo para estralar, respirei fundo quando ele começou as manobras, consegui notar que ele tinha o cabelo loiro bem carinho, e também era longo na altura de seus ombros Provavelmente.  --- Ele pilotava por todo o Globo, e como ele apenas estava com a viseira aberta, seus olhos estavam atentos a cada movimento de seu corpo.

Uma mulher interessante, cabelos na altura do seios tons chocolate e olhos dourados como mel derretido. Era impossível não ficar preso  naquele olhar, ela estava o encarando com curiosidade e nervosismo, como ele sabia? Seu peito subia e descia de forma desregulada quando ele passava perto dela.

Ele soltou uma mão do guidão da moto e estendeu a mão para ela, que segurou em sua mão enquanto ele fazia as manobras cada vez mais fechadas perto dela, o contato físico em nenhum momento foi quebrado.

A estranha mulher até mesmo abriu um sorriso ao sentir seu cabelo voar com o vento, então bastou um olhar para ela depositar confiança sobre ele.

E a conexão foi imediata, com a velocidade em que estava, ele deslizou a mão para sua cintura e a puxou para ele.

A moto e o motoqueiro de ponta cabeças, e a convidada sendo segurada pela cintura e sustentada no ar.

Seus olhos estavam próximos, e por conta do capacete apenas isso era visto, ele a soltou (...) a Queda nunca veio, pois quando caiu ele já estava abaixo dela a segurando.

Uma gargalhada divertida foi ecoada por ela, o pico de adrenalina que ele despertou sobre ela, valeu todos os momentos de monótonia de sua Vida.

A manobra foi finalizada com ela em seu colo, no tanque da moto, e com um brilho equivalente das estrelas sobre seus olhos dourados.

-- QUE CONEXÃO MEUS SENHORES, MEUS PARABENS A CORAGEM DA NOSSA CONVIDADA E UMA SALVA DE PALMAS.

Mayu desceu da moto, com a ajuda do motoqueiro, e logo deixou o Globo da morte com um sorriso.

-- AGORA VAMOS COMEÇAR NOSSA APRESENTAÇÃO COM OS NOSSOS PALHAÇOS.

Ele percebeu que ela travou na hora, diferente da irmã que ficou animada, medo de palhaço? Não,  pela forma com a qual ela travou ao descer a escada, não era medo.. E sim fobia.

Ele fez uma leitura rápida sobre a mulher que chamou sua atenção, a irmã mais nova que devia ter algum problema de Nascença o namorado com cara de bunda, que iria ficar irritado até os próximos dias, e a irmã mais velha que mesmo com fobia, iria assistir a apresentação para a alegria da irmã mais nova.

E como ele preveu, o namorado deixou a apresentação irritado, ou ele a traia e tinha raiva de que ela pudesse de interessar por outra pessoa, ou ele era um homem tóxico que a comprava com presentes após uma discussão.

Ao semi cerrar os olhos, ele percebeu que era as duas coisas e um pouco, mais.

Na verdade ele não trabalha no circo, mas com a ajuda de alguns contatos conseguiu se infiltrar justamente para procurar a pessoa que traiu seu chefe.  Manjiro sabia ser bem cruel quando queria, ele mesmo era a prova disso.

E o circo daria a oportunidade de investigar, mas não imaginou que veria algo interessante no processo.

Antes de deixar o palco ele olhou na direção da plateia, a garota estava incomodada,  com as pernas num tique nervoso balançando, as unhas sendo roídas e quando os palhaços entraram, ela fechou os olhos, passando a mão sobre os cabelos.

Ela tava se controlando pela Irmã.

Ele podia jurar que ela iria surtar e começar a chorar. Ainda mais quando os palhaços invadiram a plateia para levar uma experiência melhor as crianças. E o namorado que deveria proteger, já deveria estar bem longe ou fodendo com a amante,ou em algum bar com prostitutas.

Ele deu a volta pelo lado mais escuro do circo aonde não havia iluminação, e se sentou no assento ao lado dela, como ela estava de olhos fechados, não percebeu.

-- Mayu, não abra os olhos tá bom -- a irmã diz

-- Uhum..

-- ooiii criancinha lindaaa,  ahahahha -- quer ver um truque?

-- querooo

Ele olhou pelo canto dos olhos, e viu o corpo inteiro dela tremendo.

Não era o certo, mas ele a puxou contra seu peito, deixando a cabeça dela na curva do seu pescoço, e na mesma hora suas mãos agarraram ao seu uniforme.

A tremedeira parou, e a irmã mais nova pode ficar o quanto quisesse com o palhaço.

Depois de conseguir se acalmar, tanto a respiração dele, como a dela estava em harmonia.

{...}

-- obrigada Mayu  -- Hanami sorriu-- foi a melhor noite da minha vida.

-- que bom que gostou-- Mayu recebeu um abraço da irmãzinha

-- você tava incrível dentro daquela bola gigante, o motoquelo e você... eu quase não conseguia respirar.

-- foi apenas uma apresentação  -- Mayu sorriu

-- foi lindooo,  eu devia ter filmado.

Ao lembrar da cena, Mayu corou. Aquele tipo de sensação ela nunca esqueceria de tal adrenalina.



𝑳𝒊𝒄𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑳𝒊𝒎𝒂̃𝒐  - 𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐 Onde histórias criam vida. Descubra agora