53: Talking to the moon.

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Mika: Oi Chapa! - sorriu animada.

Chapa: Oi - a olhou, estranhando - Que animação toda é essa? Ganhou na loteria foi? - brincou.

Mika: Não, mas é como se tivesse sido. - sorriu - Bosey me pediu em namoro.. e eu, aceitei! Não é o máximo?!

Naquele momento parecia que o mundo tinha parado, a cabeça dela parecia ter parado. Chapa engoliu em seco.
Não sabia exatamente o porque de ter se sentindo tão abalada com a notícia do namoro, afinal Bose e ela eram apenas amigos próximos, e o que ela mais queria, era que ele fosse feliz. Precisava mesmo se entender.

Chapa: Legal! Deve ter sido muito bonito a forma como ele fez o pedido, Bose tem cara de ser bem romântico. - disse tentando esconder os ciúmes.

Mika: Foi maravilhoso - se jogou no sofá.

Chapa: É... vocês combinam... eu acho - desviou o olhar. - não achava isso de jeito nenhum. - Bom, agora eu vou pra casa, porque está tarde, não quero levar bronca da minha mãe. - foi pros tubos - Tubo abaixo.

Ambas poderiam virar atriz, de tão boas que eram atuando. O namoro Bomika era cem porcento falso. Se tratava de um plano, porque Bose queria saber se Chapa sentia alguma coisa por ele, além de amizade. Já Chapa, foi ótima disfarçando o ciúmes e os outros milhares de sentimentos que sentiu ouvindo aquilo.

Foi pra casa, achou não ter ninguém, porque quando abriu a porta e anunciou sua chegada, ninguém respondeu e além disso, não havia nenhuma música tocando, nem cheiro de comida no ar.
Sentou na poltrona e ficou pensativa. Ia querer mesmo ficar sozinha, pelo menos um pouco. Finalmente Chapa entendeu todos os sentimentos que surgiram em seu coração. Estava apaixonada por Bose.

Alejandra estava descendo as escadas, quando viu a filha, estranhou que já estivesse em casa, sem precisar que ela lhe enviasse mil mensagens. Não escutou Chapa, porque estava limpando lá em cima, nos quartos. Estava usando fones de ouvido, e sobre o cheiro da comida, que Chapa não sentiu, Alejandra pediu delivery.
A mais nova estava chorando. A última vez que Alejandra havia visto Chapa chorar, foi quando ela nasceu. Admirava bastante esse traço da filha, era sempre forte e destemida, se estava chorando, era porque algo foi bem mais forte que ela.

Alejandra: Já em casa, Elena? - disse apoiada no corrimão.

Chapa: Mãe? Achei que não tivesse em casa. Cheguei, chamei, e ninguém respondeu.

Alejandra: Desculpa filha. É culpa deles - mostrou os fones pra ela - O que aconteceu?

Chapa: Ah... eu... tinha um caminhão enorme na minha frente, jogou uma poeira enorme em cima de mim, deve ter entrado um cisco no meu olho... vou usar o espelho do meu quarto pra tirar, tchau! - subiu as escadas quase correndo.

Entrou no quarto e foi pra janela. A lua estava cheia e linda, Chapa amava. Tinha o hábito de às vezes contar pra lua algumas coisas que se passavam com ela. Não sabia se outras pessoas faziam aquilo também, ou se era só coisa dela. Gostava de contar porque a lua não a criticava, e é isso que muitas pessoas precisavam as vezes, de alguém que escute suas dores, sem dizer nada.

Abriu a janela e a observou. Apoiou a mão na janela, e o rosto na mão. Dessa vez não iria conversar com ela, porque não queria que a mãe ouvisse tudo.

Já haviam se passado alguns dias desde que o namoro começou. Mais especificamente, duas semanas. Chapa tinha aprendido a lidar com aquilo. Quando estavam juntos, Chapa fingia não se importar com o que eles faziam ou deixavam de fazer.
Ray inventou mais uma noite de cinema do ninho do man. Todos teriam que estar presentes, e de casal. Porque iria trazer Crendenza.

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