Capítulo 1

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Acordo assustado com a claridade vinda da janela que deixei aberta na noite anterior e vejo que o meu celular não despertou e consequentemente estou atrasado, levantei rápido da cama, tão rápido que acabei me enrolando no cobertor e caindo de cara...

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Acordo assustado com a claridade vinda da janela que deixei aberta na noite anterior e vejo que o meu celular não despertou e consequentemente estou atrasado, levantei rápido da cama, tão rápido que acabei me enrolando no cobertor e caindo de cara no chão do quarto.

- Porra... - murmuro de dor enquanto me levanto rápido, corro para vestir uma roupa, já que não tenho tempo e nem me preocupo com banho, arrumo meu cabelo que apesar de baixo, estava mais bagunçado que ontem. Corro para o banheiro apenas para escovar meus dentes, não posso ir para uma entrevista de emprego com bafo, né?!

Saio do meu minúsculo apartamento e vou atrás de um táxi, o dinheiro tá pouco mas preciso correr para chegar a tempo pra tentar uma vaga de secretário em um consultório médico.

Depois de muitas tentativas frustradas, uma boa alma para, quando vou entrar correndo no táxi, acabo batendo minha cabeça na porta do carro.

- Caralho. - Praguejo e vejo o motorista rir contido, bufo envergonhado e entro de vez no táxi, peço para o motorista correr, para chegar a tempo na entrevista e assim ele faz, chego em cima da hora, mas não cheguei atrasado, que sorte. Entro no consultório e tem uma moça de cabelos ruivos e olhos esverdeados sentanda em uma mesa juntamente com um computador, ela era linda.

- Bom dia! No que posso ajudar? - A moça pergunta com um típico sorriso no rosto de toda recepcionista.

- Ah, bom dia. Meu nome é Noah Urrea, vim para entrevista de emprego. - Digo ofegante.

- Só um momento senhor, vou ver se o Dr. Felipe já pode te atender. - assinto com a cabeça.

- Obrigado...

- Pode me chamar de Patrícia - ela exibe seus dentes brancos novamente.

- Ok, Patrícia. - murmuro meio tímido.

Espero um pouco na recepção que não estava cheia já que era um hospital privado. Logo a tal Patrícia aparece novamente para me dizer que o Dr. Felipe não irá contratar, já que uma prima dele pegou a vaga, bufo e assinto tentando não transparecer a raiva que eu estava sentindo no momento.

Esse doutorzinho de quinta nem teve a decência de me avisar que a vaga já estava preenchida com antecedência, perdi a viagem a ainda o dinheiro para o táxi que poderia ter ido para comida.

Me despeço da Patrícia e suspiro tristemente ao deixar o consultório, merda, eu precisava tanto desse emprego e sei que tenho qualificações para o trabalho, eu certamente conseguiria dessa vez.

Suspiro fundo novamente, sentindo uma enorme vontade de chorar mas o seguro e fico firme. Pego outro táxi de volta para casa, mas no caminho decido parar em um supermercado pra comprar algum alimento que está faltando.

- Só espero que meu dinheiro dê pra pagar. - murmuro baixo apenas para mim.

Como o mercado é perto de meu apartamento, decido percorrer o resto do caminho a pé, para não gastar o restante do dinheiro que já era pouco. Vejo uma banca de jornal e decido comprar um para ver se tem alguma vaga de emprego nova disponível, só que pra melhorar meu dia, um infeliz passa em uma poça de lama com o carro e me dá um banho dos pés a cabeça, ele deve ter advinhado que eu não havia tomado banho e quis me dar um.

Xingo ele de todas as formas possíveis mas não adianta nada, o cara nem sequer pede desculpas e nem olha pra trás pra ver a cagada que fez, que ótimo.

Meu dia tá uma bosta, e já estou desanimado e triste o suficiente para tentar fazer qualquer coisa hoje, engulo em seco vendo todo mundo na rua me encarando e tento chegar em casa o mais rápido possível, quando chego, sinto que o sol está quente então adentro meu apartamento depressa.

Vou direto para o chuveiro tomar uma ducha e só saio 40 minutos depois de tirar toda aquela lama de mim, após sair do banheiro, visto apenas uma cueca e uma camisa confortável, arrumo meu cabelo de frente ao espelho, já que eu tinha tendências vaidosas e por fim me sento no pequeno sofá na minha sala e vou ver o que sobrou do jornal.

- Deus, me ajude, por favor! - peço baixinho.

Minha visão se embaça pelas lágrimas não derramadas, já deixando me afetar pelos acontecimentos do dia. Olho para o jornal destruído pela lama, e só tem um anúncio que está legível, suspiro fundo controlando mais uma vez o choro ao ver mais uma chance a minha frente.

"Babá".

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adaptação autorizada por RaquelTrindade3

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