Capítulo 4

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"Tem certeza que quer fazer isso, Lena?" Constance perguntou. Ela se sentou no sofá e aceitou a taça de vinho que Lena ofereceu.

"Eu preciso, Constance. Carly disse que tinha uma amiga que tinha interesse em alugar este lugar mobiliado. Espero que assim que o bebê nascer eu possa me reerguer e conseguir um emprego, assim eu posso voltar para cá." Lena olhou ao redor do apartamento e suspirou. "Embora Julie estivesse ausente a maior parte do tempo, há lembranças aqui." No entanto, o fluxo de noites sem fim, deitada sozinha na cama, passou por sua mente.

"Você não vai me deixar ajudá-la?" disse Constance. "Posso ajudar com..."

Lena balançou a cabeça. "Não por favor. Você está tão ocupada no hospital e tem sua própria família e contas para pagar. Você está fazendo o suficiente apenas pegando algumas coisas e guardando-as para mim." Ela se sentou com um suspiro cansado e deu um tapinha no joelho de Constance. "Pensei tanto nisso desde que me encontrei com o advogado de Julie que não consigo mais pensar. Não tenho emprego e realmente não tenho dinheiro para pagar este apartamento. Lori precisa de estabilidade e, quanto eu ao menos esperar, este pequeno estará aqui." Ela passou a mão na barriga.

"Eu entendo o que você quer dizer. E se esta mulher conhecesse Julie, talvez dê certo. É extremamente generoso da parte dela ajudar."

"Eu me sinto como um caso de caridade. Graças a Deus, o advogado de Julie tem um sobrinho que comprou o carro. Eu precisava daquele dinheiro extra."

Constance ergueu o copo. "Bem, querida. Se você precisar de alguma coisa, você sabe que estou aqui para você." Constance ergueu o copo. "Um brinde a viagem a Wisconsin e a um novo começo."

Lena sorriu e ofereceu seu copo de chá gelado. "Esperemos que sim."

Ao descerem do ônibus em Wisconsin, Lena segurou a mão de Lori. Ela gemeu quando suas costas doeram terrivelmente.

O sol quente de Agosto batia na cabeça de sua filha. "Mamãe, calô," Lori reclamou enquanto esfregava os olhos.

"Eu sei, querida. Alguém vai nos encontrar, logo," ela disse e deu um tapinha na cabeça da pequena.

O motorista ajudou a descarregar suas poucas malas e a acompanhou até o terminal. Ele colocou as bolsas no chão e Lena se sentiu horrível, ela abriu sua bolsa e segurou a nota de dez dólares em sua mão. Não tendo nada menor, ela simplesmente não poderia dar tudo para ele.

"Não se preocupe com isso, senhora," ele disse com uma piscadela e apontou seu chapéu, depois foi embora.

Ela se ajeitou no banco e Lori se arrastou ao lado dela. "Cansei," ela resmungou, suas bochechas coradas pelo calor.

"Senhora Luthor?" uma voz feminina gritou.

Lena olhou para cima para ver uma mulher absolutamente deslumbrante parada na frente dela. Alta, bronzeada e carrancuda. Deve ser Kara Zor-El, ela pensou.

"Sim. Senhorita Zor-El?"

Kara assentiu. "Eu... Deixe-me ajudá-la. Podemos sair desse calor infernal," ela disse e olhou para Lori. Lena escondeu seu sorriso quando Kara Zor-El sorriu quando Lori olhou para cima.

"Oi," Lori disse com uma risadinha.

Lena desviou o olhar, tentando não rir quando Kara franziu a testa.

"Olá," ela disse rispidamente e pegou as malas.

Lena ficou surpresa ao ver Kara pegar as três, incluindo a bolsa de fraldas. "Eu posso levar uma," Lena ofereceu.

Kara olhou para o estômago de Lena. "Eu... você provavelmente não deveria estar carregando nada." Isso saiu como uma pergunta e Lena ergueu uma sobrancelha ao ver o olhar confuso no rosto de Kara Zor-El. Ela quase perdeu o próximo comentário. "Ou andar de ônibus. Por que você não aceitou as passagens de avião?" Kara perguntou, carrancuda. Ela se virou e começou a andar pelo terminal.

KARLENA - A Family As A GiftOnde histórias criam vida. Descubra agora