Taehyung é um jovem Princípe Elfo que se vê obrigado a casar com um Rei viuvo 27 anos mais velho.
Seokjin como chefe da Guarda Real é incubido a escoltar o futuro Consorte até o seu novo lar.
Quando se encontram pela primeira vez, um sensação quente...
"Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou." Cora Coralina
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Yinsia - 21h00
— Eu odeio ser um príncipe!
Exclamei alto batendo a porta dos meus aposentos com certa força, causando um estrondo, o que com certeza deveria ter chamado a atenção dos meus pais. Estou perdido, já não bastava todas as obrigações da realeza, eu no início dos meus dezenove anos, todavia descubro que tenho uma responsabilidade enorme nas minhas costas e sem direito a questionamentos. Sempre tive tantos sonhos e planos e agora duvido que sejam realizados.
Estou deveras frustrado e a única "pessoa" a me escutar é você Bronwie, aonde eu cheguei Santa Lua?! Dialogando com uma coruja.
Ela tem a audácia de inclinar a cabeça e piar pra mim, como se não compreendesse o que digo.
— Bronwie os meus pais passaram dos limites, estão loucos. E eu sinto que dessa vez não da pra fugir e se esconder em Zianol.
Minha vida acabou, é isso.
Como eu disse, não demorou muito para que os Reis estivessem em minha porta, e eu nem ouso negar suas entradas. Abri a porta devagar e com receio, virando as costas em seguida, escutei os seus passos sobre o porcelanato polido.
— Meu amor não fique bravo conosco. — Meu genitor diz com deu tom brando e carinhoso, como ele sempre foi comigo a minha vida toda.
— Mas papai é impossível, eu não queria isso, não assim.
— Infelizmente essa decisão não está em suas mãos, é pelo bem do povo, sacrifícios são necessários em nossas posições. — Meu outro pai diz, e por justo que ele seja, naquele momento eu só sinto raiva, me viro olhando em suas orbes azuis, tão semelhantes as minhas, minha face é tomada pelo mais puro carmim, chegando em minhas orelhas pontudas.
— Pai eu não pedi nada disso, nunca quis ser da realeza, que droga!
— Kim Idril Taehyung olha o respeito com seus pais. Não tem discussão, está decidido. Aconselho que descanse e esfrie a cabeça.
Eles se retiram do meu quarto e eu só posso obedecer, sento no parapeito da janela e observo a lua no seu mais belo explendor, o céu negro e as pequenas estrelas. As vezes eu gostaria de ser como elas, com o único objetivo de iluminar a noite. Desço da janela e me encolho na grande cama de casal, cubro-me totalmente com a macia e pesada colcha branca, por hoje quero esquecer o que me aguarda.
[...]
Logo pela manhã, sinto os primeiros raios de sol agraciarem minha pele leitosa. Sigo direto para o quarto de banho, há uma banheira de porcelana branca com detalhes em ouro no meio do cômodo, muitas janelas ai redor, velas e uma imensidão de flores silvestres. Enquanto a água preenche a extensão da banheira, faço minha higiene pessoal no lavatório. Coloco algumas essências calmantes e adentro a água morna, suspiro em êxtase por tamanho relaxamento.
Devidamente vestido, desço os inúmeros degraus da escadaria principal, encontrando a mesa posta para o desejum, e todos em seus devidos lugares. Fiz uma reverencia e ocupei meu lugar ao lado esquerdo do Rei, meu pai Galadriel, e em frente ao papai Melian. Enquanto desfrutávamos do sabor da comida, um jovem cavaleiro se aproximou, e pelos trajes e símbolos na armadura, percebi que não era parte do meu reino. A ficha foi caindo aos poucos e era real, não um surto coletivo da realeza, eu iria embora do meu reino e me casaria com um velho asqueroso, ainda por cima seria padrasto de um garoto da minha idade, mimado e futil. Ele fez uma reverência educada aos Reis e permaneceu em pé.
— Sente-se querido. — Melian disse e com uma certa curiosidade o observei concordar com a cabeça e sentar-se um pouco longe.
— Taehyung esse é Kim Seokjin, cavaleiro Real de Nyria e sobrinho do Rei Dorian. — Galadriel informou me olhando e esperando que eu o cumprimentasse e assim eu fiz uma breve saudação com a cabeça recebendo outra de volta. O cavaleiro em sí era demasiadamente encantador, uma criação da própria Santa Lua.
Os cabelos lustrosos e iluminados, a pele alva, os olhos escuros como um par de ônix e os lábios cheios e parecem tão macios. Afasto os pensam pecaminosos e desvio o olhar quando um sorriso ladino surgem naqueles lindos lábios. Fiquei tão constrangido que voltei a comer como disfarce.
[...]
Os reis tiveram uma longa conversa com o tal cavaleiro, o dia da nossa partida já estava decidido e o casamento também, meu destino foi selado e eu só teria duas noites para me despedir de tudo, o lugar onde nasci e os amigos que cultivei, mesmo meus pais ressaltando que alí seria eternamente meu lar, eu duvido que aquele velho cara de coruja seca, sem querer ofender a sua espécie Brownie, deixe eu sair daquele castelo. Bufo irritado subindo as escadas para meu quarto.
Passei a tarde toda organizando as malas, coloquei as peças favoritas (quase todas) muitos acessórios, tiaras e afins. Também peguei as coisas da Brownie, sem ela eu não fico, e ai daquele asqueroso falar algo, eu frito ele. Eu não sou muito de usar magia, mas pelas pessoas que amo, eu faria tudo, ai Santa Lua que me segure.
Com tudo parcialmente pronto, vou em direção ao meu refúgio, a biblioteca de Yinsia é magnífica, suas paredes são revestidas com estantes douradas que vão do chão ao teto, abarrotada de livros. Há pilastras de mármore branco com detalhes florais rosas juntando o teto. E nos agraciando há uma árvore frondosa com seu tronco retorcido e suas flores rosas, bem no centro de tudo, com alguns bancos também em mármore branco ao redor, janelas enormes de vidro, trazendo muita luz pro ambiente.
Peguei um livro pra ler e me aconcheguei no tronco da árvore, passei tanto tempo lá que cochilei, fui acordado com um leve riso, cocei meus olhos e foquei na figura a minha frente, não existe palavras pra descrever a imensurável beleza que Kim Seokjin estava naquele momento, o pouco da luminosidade que ainda existia no lugar refletia diretamente em sua armadura, e o sorriso que aqueles fartos lábios possuíam faziam com que eu ainda sentisse que estava sonhando. Sai do meu transe quando o nobre jovem emitiu um som coçando a garganta.
— Uhum, não queria incomodar vosso descanso Príncipe, mas seus pais solicitam sua presença para o jantar.
— A...am, obrigada, diga que já vou por gentileza. — Quando fui me levantar acabei me desequilibrando em uma das raízes que sobrepunham o solo, já me via estatelado no chão, mas uma mão forte me amparou a tempo, prendi minha respiração.
— Cuidado Alteza, você pode se machucar, e seria um ultraje que seu belíssimo rosto sofresse um arranhão por menor que seja. — Seu tom era galanteador e eu tenho certeza que fiquei corado. Me desvinculei do seu toque e me ajeitei, saindo meio desnorteado em direção a sala de jantar. Aquele homem ainda iria ser a minha ruína, minha Santa Lua que me ajude.
[...]
Vamos conversar? Quero conhecer vocês e saber o que acharam do primeiro capítulo. Votem e comentem luzinhas 🌟
