O último dos cavalheiros

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Molly:

Diana estava tão empolgada com o meu "namoro" com o Ross, que eu já estava me sentindo mal por não dizer a verdade a ela.
Ela era minha única e melhor amiga em Toronto, aquilo me deixava bem mal. Eu não poderia dizer a verdade nem para ela?
-Todo mundo ficou bobo hoje na universidade, quando você chegou acompanhada pelo seu vizinho gato!-Diana disse empolgada.
-Como eu não sabia que ele era ex aluno da minha universidade?-questionei.
-Porque você vive com a cara nos livros!-ela respondeu-Tem uma foto enorme dele na sala de troféus. Você tem muita sorte Molly, além de gato ele era um ótimo atleta. Em um dia, você ficou super famosa no Campus.
-Ele não é tão bonito assim!-reclamei-Além do mais, ele é um babaca!
-Como pode falar assim do seu namorado?-ela questionou.
"Acontece que ele não é meu namorado de verdade". Pensei.
-Ele deve fazer maravilhas com aquelas mãos!-ela sorriu maliciosa para mim-Estou certa?
-Como eu saberia disso?-questionei.
-E quem além de você saberia?-ela perguntou-Você é a namorada dele!
-Sim, mas não chegamos nesse ponto!- falei.
Na verdade, em ponto nenhum.
-Nossa, ele deve ser bem paciente mesmo!-ela zombou.
Paciente uma ova, ele era o pior tipo de pessoa que já existiu. Arrogante, cruel e insuportável.
-Ele vem te levar para casa?- Diana perguntou.
-Sim, ele disse que viria!-respondi.
-Uhhh, que namorado mais devotado!-ela disse toda animada.
Foi inevitável não sorrir da cara que ela fez.

Já era por volta das 17:00 horas quando encerramos nosso expediente no café.
Diana se despediu de mim e foi embora. Enquanto eu, fiquei esperando por ele do lado de fora.
Esperei e esperei, nada dele chegar. Ele não atendia o celular, tentei por várias vezes seguidas, até a minha bateria acabar. Por fim, já havia passado das 18:00 horas e o meu ônibus já havia ido embora.
Então, decidi ir a pé até próxima parada de ônibus, que não ficava muito longe dali.
-Aquele mentiroso!-resmunguei enquanto caminhava-Deve estar se divertindo por ter me dado bolo. Aposto que está em uma boate cercado de mulheres. Sem vergonha, sem respeito!
A caminhada era de cerca de dez a doze minutos, mas em menos da metade do caminho trombei de frente com uma chuva forte.
-Droga!-reclamei começando a correr-De onde veio toda essa água?
A chuva estava terrivelmente forte e fria.
Quando cheguei a parada, estava inteiramente molhada e minhas roupas encharcadas.
Alguns minutos depois o ônibus chegou e, eu finalmente podia ir embora para casa.
Eu estava cansada, molhada, com fome, sono, frio e extremamente furiosa com ele.
Além de me ameaçar para fingir um namoro falso com ele, ainda queria me irritar e me humilhar daquele jeito.
Quando finalmente cheguei em casa, já eram quase oito da noite.
A chuva ainda caía forte lá fora.
Tomei um banho quente, vesti uma roupa quentinha, sequei meus cabelos e desci para fazer algo para comer.
Coloquei panela com água para ferver e peguei um pacote de lamén no armário.
Mal ascendi o fogão e a campainha tocou.
-Quem será a essa hora?-me perguntei indo até a porta.
Girei a massaneta e abri a porta.
-O quê você quer?-perguntei ao ver aquele idiota de 1,85 na minha porta, completamente molhado.
-Que bom que chegou em casa!-ele disse-Escuta, eu não fui...
Antes que ele concluísse o que ia dizer fechei a porta na sua cara.
-Poxa Molly, abre aqui!-ele gritou do lado de fora-Molly, abre a porta...Molly!
Idiota, o que ele queria? Rir da minha cara.
-Molly!-ele insistiu gritando.
-Seu bastardo!-reclamei abrindo a porta-O quê você quer, acordar a vizinhança toda?
-Escuta, eu não pude ir te buscar, porquê...
-Eu não quero saber!-o cortei-Olha só, deve ter sido divertido brincar de me deixar esperando igual uma tonta, mas, não faz isso comigo. Eu não sou seu brinquedinho, já é tortura o bastante ter que fingir ser sua namorada, então, se já tiver se divertido o bastante, me deixa em paz!
-Tortura?-ele questionou.
-Vá embora!-falei antes de fechar a porta novamente na sua cara.
Respirei fundo, sorri e voltei para a minha panela de lamén.
-Tudo bem!-falei para mim mesma-Aquele maluco não vai conseguir me irritar mais!

Tudo o que eu mais queria era que fosse sábado.
Acordei na manhã de terça-feira com a cabeça doendo, o corpo dolorido e tossindo muito. Mas, como aluna exemplar, eu não podia perder aula.
Tomei alguns analgésicos, peguei a primeira roupa que encontrei pela frente e fui para a aula.
-Ei, ovelhinha!-Clint, um dos meus colegas de faculdade e crush da minha amiga Diana, veio falar comigo assim que entrei pelo portão da universidade-Você não parece nada bem!
-E não estou!-falei-Tomei uma baita chuva ontem!
-Chuva? Ontem?-Diana perguntou ao se juntar a nós-O sr. Gostosão da casa do lado não ia te levar para casa?
-Pois é!-sorri frustrada-Aquele idiota me deu um bolo!
-Que merda heim!-Diana exclamou.
-Espera, do que e de quem estão falando?-Clint perguntou.
-Erick Ross, o vizinho e namorado da Molly!-Diana respondeu-Eu estava achando ele até legal, mas deve ser só mais um idiota!
-Namorado?-Clint perguntou ainda mais confuso-Você tem namorado? Quando isso aconteceu? Como aconteceu?
-Longa história!-dei um longo suspiro.
-Mas, Molly, deveria ir a um hospital!-Diana observou-Você realmente não parece bem. Por quê não volta e descansa, ou sei lá, vai ver um médico?
-Eu estou bem!-tranquilizei-os-Não posso perder aula!
Entramos para a sala e esperamos até que o professor iniciasse a aula.
Eu não estava melhorando.
Aguentei na marra o primeiro período das aulas.
Meu corpo estava doendo, minha cabeça doía ainda mais, e estava sentindo calafrios.
Na verdade, eu não estava nada bem.
-Molly, tem certeza que tá bem?-Diana perguntou novamente.
-Estou!-menti-Claro!
-Deixa eu ver então!-ela disse pondo a mão na minha testa-Por Deus Molly, você está queimando de febre!-ela disse-Vem, vamos até o médico da universidade!
Sem reclamar apenas a segui até a enfermaria.
-É senhorita Stuart, parece que você pegou um resfriado!-o médico disse após me examinar-E, além disso, seu corpo parece estar exausto, não tem cuidado bem dele ultimamente. Deve fazer repouso, aplicar compressas frias, e se alimentar bem.
-Não posso!-me neguei me levantando-Tenho aula e preciso trabalhar também!
-Tenho certeza que o seu chefe vai entender!-o médico disse e me entregou uma receita -Aqui está seu receituário. Certifique-se de tomar os remédios na hora correta!
-Tudo bem!-concordei.

-Quer que eu te acompanhe até em casa, Molly?-Diana perguntou enquanto caminhávamos até o portão da universidade.
-Não, não precisa!-sorri para ela-Assista a aula por nós duas!
-Tudo bem então, a noite eu passo lá para ver como você está!-ela disse.
-Ok!-a abracei.
-Melhoras!-ela desejou antes que eu deixasse a universidade.
No caminho para casa, liguei para o Joe, meu chefe, e expliquei que não poderia ir trabalhar. Ele, como sempre, entendeu super de boa.
Era põe volta das hrs 10:00 da manhã quando cheguei ao condomínio.
Meu corpo estava pedindo urgentemente uma cama.
E aquele imbecil estava saindo de casa.
-Hey, Stuart!-ele disse ao me ver-Que droga de roupa é essa? Não disse que não era para sair por aí de qualquer jeito?
-Humrum!-concordei sem ânimo.
-Quer que falem de mim?-ele questionou irritado-Que digam que eu namoro uma garota feia?
-Simples, vamos terminar!-falei pegando a chave do bolso.
-Você tá brincando comigo?-ele perguntou se aproximando-Esqueceu o que posso fazer com você?
-Não Ross, eu não esqueci!-respondi- Só me deixa em paz hoje, ok? Não estou afim de te aturar!
-Sei, não está afim, mas vai para a faculdade toda mal vestida!-resmungou-E o que está fazendo aqui? Não era para estar na faculdade?
O chão começou a girar comigo, minha visão começou a embaçar.
-Você tá legal?-ele perguntou.
Não aqui, não com esse idiota.
-Ross!
Foi a última coisa que eu disse antes de ficar tudo escuro.

-Molly, hey, acorda!-uma voz masculina me chamava-Molly!
Abri meus olhos e ele estava de cócoras a minha frente.
-Acordou, que bom!-ele sorriu-Vem, vou te ajudar a se sentar!
Me segurando pelos cotovelos Ross me ajudou a me sentar no sofá.
-Quem te deu permissão para entrar aqui?-perguntei ríspida.
-Queria que eu te largasse desmaiada lá fora?-ele perguntou estendendo uma cartela de compridos e um copo de água para mim-Fica doente e se esquece até de comprar os remédios. Por quê mora sozinha, se bem sabe cuidar de si mesma?
-Fiquei doente por sua culpa, seu babaca!-falei pegando o remédio-Foi você quem me deixou na chuva esperando por você!
Tomei o remédio e revirei a água por cima.
-Certo!-ele concordou pegando o copo-A culpa é minha. Tive três sessões de fotos a tarde e me atrasei, quando tentei te ligar, seu celular não chamava mais, quando fui ao café, você já tinha ido embora, mas não nego que a culpa é minha. Vou me responsabilizar por isso!
Ele não fez de propósito?
-Vai o que?-questionei.
-Me responsabilizar!-ele repetiu.
-Sabe ao menos o que é isso?-perguntei.
-Engraçadinha!-ele disse indo para a cozinha-Agora dorme um pouco, vou fazer uma sopa para você!
Me deitei novamente. Então ele não era tão babaca assim. Ele não me deixou tomar toda aquela chuva de propósito, ele teve um contratempo. Um sorriso brotou em meus lábios.
"Que sorriso era aquele? Eu estava feliz com isso? Estava feliz por estar errada?" Pensei. "O que estava acontecendo?"

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2023 ⏰

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