Uma dama esplêndida
Sob o brilho das estrelas, num salão encantado,
Seus passos eram poesia, seu sorriso, um fado.
Entre troca de pares, surge um nobre cavalheiro,
Com olhos que reluzem como ouro verdadeiro.
Ele a convida para uma dança inebriante,
Ela aceita, entregando-se ao momento fascinante.
Ao som de alaúdes e flautas a tocar,
Os dois corpos se entrelaçam.
A noite avança, as velas queimam devagar,
Mas na penumbra, uma sombra começa a se formar.
O jovem, galante, de repente se transforma,
Uma faca oculta, seu semblante reforma.
No coração da dama, a traição se revela,
A dança se torna morte, a alegria desbotada.
O salão, que era um conto de fadas a brilhar,
Agora é palco de tragédia, um sombrio pesar.
A dama tomba, seus olhos perdendo a luz,
Enquanto o assassino se perde na própria cruz.
Cinzas pairam no ar, onde havia beleza e cor,
A dança da vida interrompida.
