Oito balas uma chance • Hyunlix season 2

Capítulo 8 - Não-sei-oque de conforto.

Obrigada pelos 1k, espero que gostem da att, sem mais demoras...

Boa leitura;

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- Quando a gente não tem o que falar é melhor fica calado sabia? - Hyunjin perguntava pela milésima vez a Jackson que o ajudava na obra dos muros.

Felix se divertia ouvindo aquilo, mas também estava completamente vermelho.

- Não tenho culpa se você atacou o pescoço do capitão, ele voltou ontem e já tem uma marca nele, e que marca hein.

- Cala a boca, eu tive que ouvir você gemendo durante a madrugada fazendo o maior escândalo e nem por isso eu falei algo.

- Joga na cara, cretino!

- Cretino é a vó.

Felix e Hwasa riam do diálogo que se prolongava a alguns passos dali.

- Não sou de comentar sobre coisas assim mas eu realmente acho que Hyunjin queria arrancar um pedaço, só acho.

- Não começa você também. - Falou ainda com as bochechas rubras.

- Mudando de assunto e esquecendo temporariamente que Hyunjin quase arranca um pedaço seu e ainda deixou a maior marca junto a uma mordida, você já foi fala com o Han? Eu não tenho pulso pra isso capitão, eu não sei o que falar pra ajuda ele. - Apesar da brincadeira no início, ela falava sério.

- Eu pedi para que Lee know fizesse isso com a desculpa que foi levar o café pra ele.

- Entendi. Olhando ao redor, os muros estão bem estruturados e tem bastante gente na construção, não vai demorar pra que eles fiquem prontos.

- Um ano no minino, e eu falei no minino, três no máximo. Hwasa a gente tá falando de vários metros, olha essa área toda, estamos fazendo manualmente e não será tão rápido.

- Será sim, pensa positivo pelo menos uma vez capitão.

Felix nada falou, apenas olhou pro horizonte a fim de ver algo de anormal, mas nada.

Sua mente ainda lembrava dos gritos de pavor, mas acabava lembrando também do beijo que dera em Hyunjin outrora.

Seus pensamentos estavam mais embaraçados do que cipós gigantes em uma floresta não habitada.

Um pouco mais longe dali, Lee know caminhava com uma pequena bandeja em mãos, não tinha muita coisa ali.

Embora o QG fosse a estrutura mais alta, e bem espaçosa por dentro, não era o local ideal para que deixassem os soldados dormirem ali, pelo contrário, um QG tem o afinco de reunir os soldados - caso precise discutir assuntos de guerra - e guardar todo o alojamento de armas, no qual na manhã seguinte Felix descobriu que aquela sala era um segundo arcenal por assim dizer.

Quase todos os QG 's, ou bases militares tem o espaço em maior ou menor quantidade para abrigar os seus, mas a alguns meses atrás o loiro não colocou isso na planta, fazendo com que, precisassem fazer uma nova construção, os dormitórios e o quarto do capitão, mas enquanto faziam, Han estava no mesmo quarto em que os nativos, que era imenso, com duas janelas, um espaço muito bom, talvez o cômodo maior daquela base.

Quando Lee know adentrou o grande quarto, viu o garoto sentando num canto de parede, seus joelhos estavam dobrados, sua cabeça apoiada neles, seus olhos inchados e com olheiras.

Lee know se aproximou devagar deixando o prato na frente do mesmo, sentado em pernas de índio, ali ficou parado e calado.

Ele não sabia o que o garoto estava sentindo - por mais que em seus olhos a tristeza era nítida - mas ele sabia que não era apenas luto, ele presenciou a morte de seus pais, todos aqueles gritos, a correria, o empurra empurra, a maldade dos nobres, era difícil saber exatamente o que o garoto sentia além do luto.