Esses caminhos paralelepípedos, caminhos esses que não dão há lugar algum; caminhos esses que me levam a você.
Parada, com um cigarro em mãos. Encostado tranquilamente, naquele muro amarelo.
Um sorriso lindo, um cigarro esquecido, uma boca próxima da outra, uma mão trêmula a caminho do seu cabelo vermelho
Um beijo.
Um beijo, inicialmente tímido com receio, não saber se você fez o certo é foda, mas ela retribui.
O beijo é interrompido pelo nosso sorriso; sorrisos com vários significados distintos, mas sorrisos fáceis de felicidade. Não há muito espaço entre a gente, mas você parece não se importar, só me puxa para me ter próxima, com você pegando na corrente em meu pescoço e as vezes puxando leve.
Em determinados momentos eu não sabia se estava nas nuvens pela bebida ou por tê-la tão rente de mim.
Acho que os dois.
O tempo passou tão rápido logo a gente teve que sair daquele muro amarelo, seguir por aqueles caminhos de paralelepípedos, finalmente te deixei ir naquele carro branco.
Antes do "tchau" um beijo leve na bochecha, um abraço; Ai que abraço, eu não queria soltá-la, acho que eu não deveria ter soltado.
Desculpe por tê-la deixado ir, mas eu soltei e você se foi.
Segui novamente aquele caminho de paralelepípedo, pensando, acho que pensando demais, às vezes pensando menos, mas pensando quando iria te ver novamente naquele muro.
Se estes mesmo caminhos, que piso agora de paralelepípedo ainda me levariam a você.
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A culpa é do Corvo.
SonstigesA culpa é do Corvo, é um projeto onde vai ser compartilhado alguns contos, textos curtos, longos e pequenos ensaios, todos autorais. Sejam bem-vindos, a esse universo Dark and Pain. Copiar um projeto é crime. P.s: Alguns textos podem ser +18 Obs: a...