Anti-Hero | Mason Thames.

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É difícil dizer o que aconteceu depois que acordei do coma, porque eu não lembro direito. Eu só sabia que estava pronta para recomeçar. Então, eu e minha mãe saímos da cidade assim que recebi alta, não falei mais com meus antigos amigos e estava determinada a ignorar tudo isso.

Todos estavam tristes e me mandavam mensagens todos os dias, pedindo para que eu voltasse, ou pelo menos, voltasse a falar com eles. Mas isso não me faria bem. Então, apenas ignorei, reprimindo meus sentimentos.

Muita coisa mudou depois que me mudei para New York, fiz novas amizades, novos trabalhos como modelo/atriz/cantora, viajei muito e pintei meu cabelo de preto.

Meus cabelos loiros eram uma característica marcante no meu antigo 'eu'. Todos me reconheciam pelos meus cabelos ou olhos. Então, como eu não poderia mudar meus olhos, apenas mudei meus cabelos.

Daqui à algumas semanas, séra meu aniversário de 18 anos, e decidi fazer a festa em minha antiga cidade. Apesar de eu amar New York e amar meus amigos, sinto saudades de Los Angeles e de minha antiga vida lá.

Avisei para todas as pessoas importantes para mim que moram em New York que faria minha festa em Los Angeles, alguns disseram que conseguiriam ir, outros não. A festa seria daqui duas semanas, mas minha mãe decidiu que iriamos hoje para lá, mais para ajeitar as coisas do que passear.

- Samantha, já arrumou suas coisas? Harry, Geórgia e Blake já devem estar chegando. - Lili falou, mexendo no celular.

- Já está tudo pronto, só estou esperando. - falo vendo uma mensagem de outra amiga minha, Mia.

- Juízo enquanto eu não estiver lá, ok? Sem muitas festas, brigas ou qualquer coisa que adolescentes irresponsáveis fazem. - a loira falou, ainda concentrada em seu celular.

- Sim, senhora Reinhart. - brinquei, com um tom de sarcasmo.

Um som de buzina é ouvido na frente de minha casa, pego minhas coisas e vou até a porta.

- Tchau, mãe. - falo me despedindo.

- Tchau, se cuida. - Lili falou, sem dar muita atenção.

Depois da mudança, eu e minha mãe ficamos distantes uma da outra. Lili apenas começou a se afastar aos poucos, e eu compreendi, sem argumentar.

Abri a porta de entrada da casa, me deparando com um carro extremamente luxuoso, que já estava acostumada a andar.

Me aproximei, vendo Harry sair do carro e me ajudar a guardar minhas malas.

- Valeu, Harry. - falo e ele acena com a cabeça.

- Tranquilo. - ele fecha a mala do carro.

- Ah, andem logo! A gente ainda precisa buscar a Mia e o Javon! - Geórgia gritou impaciente.

Entramos na parte de trás do carro, e logo avisto Blake no banco da frente junto com Geórgia.

- O irmão do Javon não vai? - Blake perguntou, curiosa.

- Ele vai amanhã, disse que não quer ser contaminado pela nossa esquizofrenia. - o garoto debochou.

Geórgia revira os olhos e dá a partida no carro.

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Depois de alguns minutos, estamos em frente a casa de Javon.

A loira buzinou umas três vezes em um período de 2 minutos, e nada. Blake até tentou acalmar sua amiga, que já estava impaciente.

- Quer saber de uma coisa? Eu vou ligar para esse lerdo. - Geórgia falou, pegando seu celular em sua bolsa e ligando para Jav.

Ele não atende, e isso só deixa Geórgia mais impaciente.

A garota buzina com toda sua força.

- Porra, Javon! Anda logo! Enfiou o caralho da mala no cu?! - A mesma gritou, com toda sua raiva.

Em menos de um minuto, Javon apareceu na porta do carro, abrindo e entrando rapidamente.

- Finalmente! Se demorasse mais um pouco você ficaria aí. - rapidamente, Geórgia deu a partida no carro.

- Desculpa. Eu estava fazendo coisas importantes, diferente de você, que só fica se maquiando e mexendo no celular. - Javon debochou, fazendo Geórgia revirar os olhos.

- Tanto faz. - Geórgia revirou os olhos de maneira sarcástica e continuou a dirigir.

-

-

°• Algumas horas depois - já no aeroporto de Los Angeles - •°

- Que vôo demorado! - Harry reclamou.

- Pelo menos chegamos antes do previsto, e isso é bom. - Blake falou, ajudando Mia a pegar as malas.

- Ai, para de tentar ver coisas boas em tudo! - Geórgia falou, estressada.

- Geórgia, cala a boca só por um segundo? Eu não aguento mais ouvir você reclamando de tudo. - Samantha fala pegando seu fone de ouvido.

Harry puxou Geórgia para andar mais rápido até o carro que alugamos.

[...]

Já estávamos na casa que alugamos, eu estava em meu quarto vendo alguns vídeos no tiktok, mas estava entediada demais. Levantei, e decidi dar uma volta.

Saio do meu quarto e vou em direção a sala, onde estão Mia e Blake.

- Aí, vou ir ao mercado aqui perto. Querem ir? - perguntei.

- Bora então. Preciso conhecer essa cidade, afinal. - Blake falou, se levantando do sofá.

- Eu tô cansada, preciso descansar um pouco. - Mia se aconchegou no sofá.

- Então tá, se cuida. E cuida desses malucos tambem! - falei, pegando as chaves da casa.

Eu e Blake saímos da casa e fomos andando até o mercadinho que tinha perto da casa.

Entramos no estabelecimento e começamos a procurar coisas para comprar.

Estava mexendo em uma das prateleiras até que acabo derrubando algumas coisas. Rapidamente começo a pegar as coisas que cairem, até que alguém me ajuda.

Quando levanto do chão e olho para a pessoa, vejo uma garota alta, de cabelos longos e ruivos com um rosto encantador. Mas o mais impressionante, era que eu conhecia perfeitamente aquele rosto.

Era Brooke, Brooke Thames.

- Ah, obrigada pela a ajuda. - respondi, sem nenhuma reação.

- Imagina! - ela sorriu gentilmente.

Até que percebo que sua expressão gentil se torna uma expressão confusa e desconfiada.

- Desculpa, mas eu te conheço? Eu acho que já te vi em algum lugar.. - a garota falou, arqueando a sobrancelha.

- Impressão sua, deve ser. - sorri disfarçadamente e de maneira meiga.

- Tem certeza? Seu rosto, sua voz, seus olhos, são tão... familiares. - a mesma falou.

- Acredito que seja um engano, mas de qualquer forma, tenha um bom dia! - falei gentilmente, pegando um pacote de salgadinhos e saindo dali o mais rápido possível.

Me encontro com Blake, vamos até o caixa, pagamos e saímos do mercado.

- Tá tudo bem? Parece meio preocupada. - a loira falou, receosa.

- Imagina, eu só tô cansada. Preciso de uma longa soneca! - falo brincando.

- Certeza que é só isso? - A mesma insistiu, com um tom de preocupação.

- Em casa conversamos, pode ser? - pergunto.

- Tá bom, no seu tempo.

Eu não conseguia esconder as coisas de Blake, não dela, era impossível.

E afinal, não tinha como evitar esse assunto, não mais.