Andava pelos corredores da Soul Society, Retsu Unohana, assassina do seireitei, ex-capitã do 4° esquadrão de shinigamis, sedenta pelo sangue e faminta pela guerra. A vida era seguida tranquilamente, mas seu rumo não era o mesmo. Seu destino era o mundo humano, especificamente, casa dos Kurosakis. Reencontraram Isshin Kurosaki, ex-capitão do 10° esquadrão, antes de Toshiro Hitsugaya. No entanto, seus reais assuntos não seriam tratados com o ex-capitão, mas seu filho, Ichigo Kurosaki, substituto de shinigami, hollow, nomes eram muitos, aqueles que o cercavam, entre eles "shinigami mais forte". O conheceu na invasão que fez na Soul Society para salvar a vida de Rukia, pertencente à família nobre dos Kuchiki, chamada de estorvo, após torná-lo aquilo que é hoje, mas para Unohana, era interessante.
Ajudou Ichigo à se fortificar, achava um idiota como qualquer outro shinigami da Soul Society, porém o choque veio, após descobrir que menos da metade de toda a reiatsu que aquele possuía era equivalente a sua, ou seja, igualitária. No entanto, seu triunfo sobre o traidor, ele que é o grande vilã, Sosuke Aizen, é o que a impressionou, verdadeiramente. Em seu coração, cativou, alimentou, e nutriu, aquilo que todos os seres vivos conscientes chamavam de amor, emoção, algo jamais sentido pela própria, pois na sua vida, apenas guerras lhe satisfazia, mas agora novos caminhos se abriram. Mesmo quando não sabia, há muito tempo, nos seus "dias de glória", no final, quando Isshin estava para abandonar a vida de shinigami, ambos fizeram uma aposta, Unohana daria a mão para o filho do mesmo caso ele venha a impressionar à ela, pois a própria tinha curiosidade sobre a sensação causada pelo amor, queria senti-lo para saber por que todos o adoram.
Passava pelo caminho, e todos saiam dele, afinal, quem ousaria? Provocar a ira de Unohana era a coisa mais burra, poucos sobrevivem à aquela responsável pelo, possivelmente, shinigami mais forte, Zaraki Kenpachi, aquele que sonhos e pesadelos de Ichigo assombra. Porém, caminhando, a sala de Yamamoto Genryuusai adentrou, o próprio que estava sobre a cadeira de couro vermelho ficou surpreso ao vê-la entrar, no entanto, Unohana apenas caminhou e parou à frente da mesa, consequentemente, com o capitão geral da gotei treze. Ambas as mãos dentro dos bolsos do manto branco, dedos estavam entrelaçados no outro, como cordas que se enrolaram em si mesmas. Estava sorrindo, porém de olhos fechados. Sua expressão característica, sempre a mantinha, enfim, falou algo para quebrar aquele silêncio que se instalou:
— Bom dia, Yamamoto, poderei lhe pedir algo? — chamando a atenção do velho, piscou algumas vezes antes de perceber. Portanto, sem retirar as mãos da papelada que estava arrumando sobre a mesa, — Oh! Unohana, que surpresa. Parece que não nos vemos há milhares de anos. Mas... O que precisa que eu faça? — perguntou Yamamoto, um tanto feliz, afinal, eram companheiros de guerra, não viam o outro há vários anos. Unohana alargou seu sorriso misterioso, algo que deixou Yamamoto curioso, então ela apertou os próprios dedos — Preciso da sua permissão para ir ao mundo humano — e surpreendeu Yamamoto com aquele pedido inusitado. Pois nunca pensou que Unohana estaria interessada no mundo das "criaturas inferiores", mas se recompôs, estreitou os olhos a encarando com desconfiança, sua expressão tornou-se mais... "Afiada", então falou para a mesma, sem entender:
— Para que precisa ir ao mundo humano, algo lhe interessa nas criaturas? — então tornou-se sombria, questionamentos eram estorvos para ela. Aura liberada, energia espiritual do corpo transbordava, Yamamoto sentiu, mas como o comandante geral jamais se intimidaria com algo "simples", feito a reiatsu de Unohana, na qual abriu os olhos exibindo as íris oceânicas celestiais ao capitão, que sombreou o próprio rosto ocultando seu olho direito, mas deixando à mostra o esquerdo uma chama parecia estar acordada dentro daquelas íris, mas nenhum era intimidado. — Vá, sinceramente não me importa, afinal, é assunto que lhe pertence, não à mim, mas que fique claro para não fazer nenhuma bobagem — sorriso no rosto, andou à porta, então saiu e caminhou ao local que os shinigamis usam para passar para o mundo dos humanos, buscando Ichigo.
Casa dos Kurosakis
Isshin trabalhava tranquilamente no seu laboratório médico, acabava de curar um paciente, doença, uma criancinha que as papilas degustativas não funcionavam, o nariz não capotava cheiros, o corpo doia, e os pulmões não enchiam corretamente. — Parece que consegui anular a doença — declarou. A mãe da criança, logo ao lado, rapidamente abarcou o corpo, então olhou para Isshin com felicidade e desejo de retribuição — Como posso lhe agradecer, senhor? — mas Isshin apenas abana a própria mão de leve, de olhos fechados, ele logo os abria para olha-la, então apenas deu um pequeno doce para a criança, — Não precisa de nada, apenas o traga de volta caso ficar naquele estado novamente, certo? — respondeu com um sorriso no rosto, — Tudo bem, obrigado, senhor — dito aquilo, se retirou. Isshin se sentou sobre a cadeira, exausto depois de horas trabalhando para curar aquele menino. Amoleceu os braços e deitou sua cabeça sobre a beirada da cadeira, mente quase inconsciente, olhos que abriam e fechavam. Mas ouviu a campainha tocar, e resmungou:
— Quem seria agora? — levantou-se da cadeira, ajeitando o jaleco branco. Começava à ficar sem paciência naquele momento, porém se surpreendeu ao ver a pessoa que estava na porta da sua casa, ao chegar nela. — U-Unohana? — Retsu, sob as goteiras de chuva e o cabelo molhado que cobria seu rosto, ocultando sua feição, e lhe deixando assustadora. Seus olhos brilhavam atrás do cabelo e o sorriso era mantido, no entanto, Isshin se espantou ao vê-la naquele estado, então apenas abriu espaço deixando-a entrar. — O que fazia embaixo daquela chuva? — perguntou Isshin, consigo, carregava um casaco de pele felpudo preto para esquentá-la, sob o calor do casaco, sentiu-se confortável. Mas encarou Isshin que estava à sua frente no outro sofá, —Eu vim para relembrar nossa aposta, Isshin... — aquele ficou assustado ao saber que Unohana se lembrava, mas não perdeu a postura, no entanto o olhar através dos cabelos lisos o perturbava no momento, mas a mesma apenas apanhou a xícara de chá, feita pelo mesmo, levou à boca e apreciou um pequeno gole dele. Então Unohana continuou:
— Caso não se lembre, apostamos, caso o seu filho me impressionasse, teria minha mão — ao ouvi-la, Isshin começou à suar, pois não saberia como explicar ao Ichigo, mas permaneceu sentado onde estava de palmas juntas e dedos entrelaçados, com a coluna curvada e pequenas ondas formadas na sua camisa, devido seu jeito — Pois bem, estou duramente surpresa e impressionada com a evolução do Ichigo, então vim para "pegar" o que, agora, me pertence por direito, apenas o esperarei aqui, então podemos lhe contar. Espero que esteja pronto, ele vai lhe matar — escorre pela garganta a saliva de Isshin, realmente, Ichigo lhe dará uma surra por simplesmente apostar a mão do mesmo num casamento com a possível mulher mais perigosa da história do universo, apenas desejava sair vivo daquela surra.

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"Amor da Morte"
Fiksi PenggemarRetsu Unohana, ex-capitã do 4° esquadrão de shinigamis da gotei 13, e lendária assassina do seireitei, sedenta pelo sangue e o coração escasso de amor. Porém com a chegada de Ichigo Kurosaki no seireitei, desde o momento em que o mesmo entrou na sua...