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Pedro view —

- AMOR VOCÊ JÁ TÁ PRONTO?

- Tô quase vida. - Ele desce as escadas. - Só falta o perfume... falando nele cadê meu perfume?

- Eu não sei, o perfume é seu você que deveria saber aonde colocou ele.

- Vou fingir que você não usa ele mais que eu. - Ele começa a jogar as almofadas que estavam no sofá, no chão.

- Posso fazer nada se o meu NAMORADO não me dá de presente um perfume.

- Eu compro depois um para você. - Ele pega o perfume na mão. - Achei.

- Passa logo e vamos, não quero me atrasar. - Ele aplica algumas borrifadas do perfume no pescoço, antes que ele possa aplicar mais eu o puxo até o carro.

Só para contextualizar vocês eu e o meu namorado, vamos na casa dos meus pais.

Eles não sabem que eu e o Jão estamos namoramos então vamos aproveitar o almoço que vai ter lá e contar para eles.

- Seu pai me odeia, acha que vai ser uma boa ideia contar isso para ele? - Jão me pergunta saindo do carro.

- É claro né, você é uma péssima influência para mim.

- Meu amor. - Minha mãe me abraça. - Aí tava com tanta saudade de você meu bebê.

- Eu também. - Retribuo o abraço.

- Oi tia. - Dessa vez Jão a abraça. - Gostou do meu novo cabelo?

- Eu adorei Jãozinho. - Eles se separam. - Melhor vocês entrarem.

Logo que pisamos o pé para dentro vejo meu pai. Dou um abraço nele e ele retribui, mais quando Jão chega pata dar um oi ele apenas ignora e vai para a mesa.

- Tá vendo, seu pai me odeia.

- A para com isso, ele mal dá oi para mim, imagina você.

[...]

Nos almoçamos e correu tudo bem, a comida está maravilhosa como sempre e foi incrível ver meus pais de novo.

- Então. - Jão começa a falar. - Eu e o Pedro queremos falar uma coisa. - Meus pais começam a prestar atenção nele. - Eu descobri que era bi quando tinha...

Porque será que toda vez em que o Jão tinham que contar algo importante para os meus pais ele começa a falar de quando ele era pequeno e blá-blá-blá...

- ... eu e o Pedro nos conhecemos em 2013 e a primeira vez que eu o vi...

- A GENTE TÁ NAMORANDO. - Eu o interrompo.

- Oi? - Meu pai levanta dá cadeira.

- Eu sabia. - Minha mãe fala.

- Vocês dois estão, namorando... - Ele apenas sai da mesa e provavelmente sobe as escadas.

- Porque ele fez...

- Meu amor, você sabe que seu pai é... como eu posso dizer... - Não escutei o que ela falou, eu apenas me levantei da cadeira e fui correndo até a varanda.

Jão view —

Vi Pedro correndo até a varanda, eu ia atrás dele mais a tia Ana foi primeiro. Então achei que seria uma boa ideia ir falar com o seu pai.

- Tio. - Bato na porta e ela acaba abrindo sozinha.

- Eu devo estar jogando pedra na cruz, não é possível. - Ele se aproxima de mim. - Quanto prescisa para sumir da vida do meu filho?

- Pera aí você acha mesmo que eu vou sumir da vida do Pedro?

- Trinta milhões, sente, oito?

- NÃO, NÃO VOU FAZER ISSO, EU AMO O PEDRO E SE VOCÊ NÃO APROVA ISSO O PROBLEMA É SEU.

- Não levante a voz para mim mocinho. - Reviro os olhos. - Ou você some agora da vida do meu filho, ou eu acabo com esse seu namorinho idiota com ele.

- Eu acho melhor a gente ir. - Saio de lá e vou em direção a sacada.

Vi que sua mãe não estava mais lá, e também vi que ele não estava nada bem.

- Oi vida, quer ir embora? - Me aproximo dele que estava sentado no chão.

- Sim.

- Vem. - Pego ele no colo e levo até o carro.

Dirigi o caminho de volta enquanto ele estava deitado no banco de frente abraço com o meu moletom.

Quando chegamos peguei ele no colo de novo e levei até a cama.

- Quer que eu faça alguma coisa? - Pergunto depois que coloquei ele na cama.

- Quero que você deite comigo. - Obedeço ele e deito ao seu lado na cama.

- Quer falar sobre aquilo? - Ele me abraça.

- Não.

Ficamos assim até ele pegar no sono. Quando ele dormiu levantei da cama e adiantei algumas coisas de trabalho.

Dois amigos, e um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora