¸.*☆Blondie☆*.¸

☆ Capítulo 4 ☆

¸.*☆Marcella☆*.¸

O dia foi muito legal. Apesar da gente ter dormido na maior parte do tempo, de noite foi legal. Nós dançamos, jogamos e depois dormimos cada um em um canto do sofá. Depois de dormimos, eu acordei um tempo depois ouvindo minha mãe e tia Jess. Não precisei abrir os olhos pra saber que estava abraçada em Matheus, apenas me aconcheguei mais em seu abraço.

¸.*☆Quebra de tempo☆*.¸

Acordei um pouco, com minha mãe conversando com Matheus.
Evangeline _ Depois você avisa ela, certo?
Matheus _ Certo...
Depois disso acabei dormindo e nem me lembrei da escola. Até que me levantei de repente.
_ A escola! Matheus acorda! A gente vai se atrasar!
Matheus _ Deita Mah. A escola ligou pros pais dos alunos dizendo que devido a chuva muito forte, eles cancelaram as aula de hoje. Se amanhã ainda estiver chovendo muito de manhã, eles vão passar as atividades por PDF._ naquele momento percebi que ainda chovia muito, com muito mais intensidade que ontem a noite.
_ Ah, certo. Vamos voltar a dormir ou tomar café?
Matheus _ Você tá com fome?
_ Tô, bastante na verdade.
Matheus _ Então vamos tomar café da manhã.
Ele se levantou e foi pra cozinha comigo o seguindo. Notei que tinham duas sacolas de padaria em cima da mesa, e um bolo de milho. Peguei duas xícaras e preparei leite quente com Toddy. Me sentei a mesa e peguei uma fatia de bolo, e Matheus fez o mesmo.
Matheus _ Mah, você lembra de alguma coisa que você falou ontem, quando a gente acordou?
_ Não, por que?
Matheus. _ Nem do que você me chamou?
_ Não, eu não disse nada ofensivo né?_ perguntei apreensiva.
Matheus _ Se me chamar de "amor" for ofensivo, então é, você foi._ disse rindo.
Deus eu nunca quis tanto enfiar minha cabeça em um buraco. Que vergonha que eu fiquei agora. Não me lembro de ter chamado ele assim, não que eu não quisesse chamar ele assim, mas talvez ele não gostasse.
_ Desculpa, desculpa mesmo. Eu devia tá grogue de sono e acabei falando isso. Não vai se repetir, prometo.
Matheus _ Não? Por que? Eu gostei, queria que me chamasse assim mais vezes. Mas se você não gosta, então tudo bem.
_ Pera aí... Você gostou?!
Matheus _ É, gostei..._ vi o rosto dele ficar vermelhinho de vergonha, e ele ficar meio tímido.
Terminamos de tomar café e voltamos pra sala, pra assistir os desenhos que passavam de manhã em um canal da TV. Ele deitou em um canto do sofá e eu me sentei no meio do sofá. O clima tinha ficado um pouco pesado, e não era o clima de chuva. Fiquei com medo de ter estragado as coisas chamando ele de "amor", mas decidi arriscar e me deitei na frente dele, peguei as mãos dele e o fiz me abraçar. Ele pareceu gostar já que escondeu a cabeça no meu pescoço. Continuamos vendo os desenhos e abraçados. Perto da hora do almoço, a propaganda de um filme que ia passar mais tarde passou na TV, o casal do filme estava dançando na chuva, e de repente eu também queria estar assim. Dançando na chuva com ele. Ele se levantou do sofá e estendeu a mão pra mim. Fiquei confusa mas segurei a mão dele, que nos levou pra fora de casa. Ele me puxou pro meio da rua e fez uma reverência. Íamos dançar, na chuva, assim como no anúncio do filme da TV. Respondi a reverência e me aproximei dele colocando sua mãos em minha cintura e minha mãos em seu pescoço. Começamos a dançar e rir debaixo da chuva. Depois de um tempo, eu o abracei e deitei minha cabeça em seu peito. Continuamos balançando, ao ritmo de uma música inexistente.
Até eu começar a espirrar e Matheus nos levar de volta pra dentro.
Matheus _ Vai tomar banho, vou preparar um chocolate quente.
Fui ao meu quarto pegar uma roupa seca e fui tomar banho e lavar o cabelo. Coloquei a roupa seca que era uma calça moletom, uma camisa e um casaco. Quando sai, um cheirinho maravilhoso de chocolate quente preencheu o ar.
Matheus _ Espero que tenha ficado bom. Eu não faço muito isso.
Peguei uma xícara e me servi da bebida e fui para o sofá.
_ Hummm, tá maravilhoso! Arrasou!
Digo fazendo um toque com Matheus que se sentou ao meu lado. O clima era ótimo, a sala tava meio escura pois só a luz da cozinha tava acesa, o chocolate quente esquentava meu estômago e tinha um gosto ótimo.
Depois que terminamos ele recolheu as xícaras e pegou o notebook para continuarmos jogando FNAF. Os sustos eram muito engraçados, dava medo mas depois começávamos a rir e demorava pra pararmos.
Jogamos outros jogos de suspense, alguns do Jogos Friv e no horário do almoço minha mãe voltou pra casa com o almoço.
_ Humm. Strogonoff com purê de batata!
Evangeline _ Um do seus preferidos. Vão lavar as mãos que enquanto isso eu arrumo a mesa.
O almoço foi servido e nós nos sentamos a mesa. Ficamos em um silêncio confortável durante todo o tempo, depois nos levantamos, lavamos a louça do almoço e fomos assistir um filme. De tarde, a chuva havia parado e estava um clima agradável.
Evangeline _ O que acham de darmos uma volta? Eu vi que abriu uma cafeteria nova por aqui, e eles também vendem livros lá. É como se fosse uma cafeteria com biblioteca.
_ Eu apoio!
Matheus _ Eu também!
Nos levantamos e fomos nos arrumar. Eu fui tomar banho no banheiro do meu quarto, minha mãe no banheiro dela, e Matheus no banheiro das visitas. Como ainda estava um pouco frio por causa da chuva recente, coloquei uma regata e por cima um suéter de manga longa preto, e um macacão jeans da cor café com leite com um tênis branco. Coloquei meus acessórios, arrumei o cabelo e passei perfume. Quando sai do quarto, Matheus já estava pronto, ele usava uma calça moletom preta, um moletom fechado cinza e por baixo aparentemente uma camisa branca e um tênis branco nos pés. Me sentei ao lado dele e ficamos vendo vídeos engraçados das redes sociais. Logo minha mãe saiu do quarto com uma calça de alfaiataria na cor camurça, um suéter de manga longa e gola alta preto, uma bota preta básica e a bolsa dela que também era preta. Nós saímos de casa e decidimos ir pra cafeteria de carro, já que ainda tinha a possibilidade de chover e não queríamos correr o risco de ficarmos presos na cafeteria por conta da chuva e também não queríamos ter que no meio do caminho começar a correr por causa da chuva. Durante o caminho ficamos cantando as músicas que passavam no rádio. Quando chegamos, já fiquei encantada de cara com o lugar. Era simples mas muito aconchegante. Quando entramos, o cheirinho de bolo, brownie, chocolate quente e café, estava por todo o lugar.
Tinha um área onde tinham mesinhas e cadeiras de madeira, e uma área onde tinhas várias prateleiras com livros, e próximo a elas, tinham poltronas com mesinhas ao lado. Nos sentamos em uma mesinha e logo um garçom veio nos atender. Ele parecia ter quase a idade de Matheus, mas tinha os cabelos pretos e lisos, e olhos castanhos. Ele era bonito, mas não tanto quanto o loirinho.
Garçom _ Boa tarde, o que vão querer?_ ele perguntou com um sorriso simpático.
Minha mãe pediu um bolo de milho com um capuccino, eu pedi um pedaço de brownie com uma xícara de chocolate quente e Matheus pediu o mesmo que eu. O garçom anotou os pedidos e logo se retirou, mas não sem antes me lançar um piscadela com um sorrisinho de lado. Eu franzi o cenho confusa sobre o porquê ele havia feito isso. Até pensei ser coisa da minha cabeça, mas a expressão levemente surpresa da minha mãe e a cara fechada de Matheus em direção ao garçom só me davam a certeza de que não era coisa da minha cabeça.
_ Mãe, tudo bem se enquanto os lanches não chegam nós darmos uma olhada nos livros?
Evangeline _ Claro. Quando a comida chegar eu chamo vocês.
Me levantei e peguei na mão de Matheus o puxando levemente para a área da biblioteca. Fui em direção aos livros de fantasia. Estava tentando achar "O Hobbit", um livro que eu estava querendo ler a muito tempo.
Matheus _ Você conhecia aquele cara?
_ Não, por que?
Matheus _ Ah... Ele pareceu estar interessado em você. Você acha ele bonito?

¸.*☆Matheus☆*.¸

Eu realmente queria que ela dissesse que não achava ele bonito. Afinal, não seria um bom sinal, certo?
Marcella _ Bom... Ele não é feio, mas também não é o menino mais bonito que eu já vi.
_ Como sabe que ele não é o menino mais bonito que já viu? Talvez ele seja._ respondi um pouco inseguro.
Marcella _ Porque... Talvez, não, talvez não, eu tenho certeza. Você é, pra mim, o menino mais bonito que eu já vi._ disse com o rosto corado e ainda olhando os livros.
Sabe quando seu coração dá um salto de felicidade? Eu senti o meu fazer isso.