Capítulo Quatro - Fresta da janela

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Regina observou um sorriso cúmplice se espalhar pelos lábios de Emma e o olhar castanho desceu pela regata preta, suja e suada, que a alpha ainda vestia. A calça jeans não estava em melhores condições. Emma era o retrato perfeito da mulher trabalhadora do campo e Regina sentiu uma nova umidade cobrir sua calcinha com a beleza rústica da outra.

— Parece que alguém aprendeu a se comportar — Emma falou num tom arrogante, chegando mais perto do catre onde a ômega permanecia amarrada e amordaçada. — Uma ômega tão obediente, tão bem comportada... Me esperando no mesmo lugar que eu a deixei. — sorriu de um jeito malicioso.

O máximo que Regina podia fazer era grunhir e se contorcer um pouco, mas as amarras seguiam firmemente atadas, impossibilitando a ômega de esticar-se para pelo menos tocar em Emma, por mais que desejasse senti-la.

De sua parte, a alpha estava livre para fazer o que bem entendesse com Regina, embora, naquele instante, ela parecia apenas querer contemplá-la, admirar a "obra de arte" que tinha totalmente a sua mercê, deitada na cama simplória.

Passeando o olhar pelo corpo de Regina, Emma levou a mão ao rosto da patroa e acariciou de leve um dos cantos da boca carnuda com o dedão, percebendo como ela ansiava e ofegava pelo seu toque.

Com os movimentos, os primeiros botões da camisa de seda estavam abertos, exibindo a lingerie refinada que a ômega usava por dentro, fazendo um belo contraste entre a tez levemente pálida e o tom escuro da peça íntima.

Emma desceu a mão, seguindo com os dedos o caminho da pele nua de Regina, antes de entrar por baixo da lingerie para acariciar um dos mamilos intumescidos da patroa, girando dois dedos sobre o bico e apertando-o com um pouco de força.

O grunhido da ômega ficou abafado na mordaça e ela sentiu um raio de prazer disparar para o seu ventre, chegando no meio das coxas, onde seus músculos se contraíram, carentes e necessitados.

Regina queria implorar, pedir para Emma pegá-la logo e se comportar como a alpha pervertida e insaciável que a ômega dela tanto apreciava.

Depois de conhecer Emma, Regina reaprendeu a dar vazão aos seus instintos e desejos. Aprendeu a gostar mais de sexo, porque com Emma suas inibições diminuíam a cada dia que passava, a cada experiência nova que ela vivia.

Por Lycan, ela se deixou amarrar numa cama por horas, dentro de um lugar onde não tinha controle sobre nada, ficando exposta ali ao olhar de qualquer pessoa que Emma quisesse trazer para observar a dona da fazenda numa posição indecente e humilhante. Porém, mesmo sabendo que Emma jamais a exporia dessa forma, Regina se excitava apenas com a fantasia de uma situação assim acontecer e isso aumentava sua adrenalina.

Nem ao ex-marido, ela foi capaz de dar tanto poder, porque não confiava nele o suficiente para viver esse tipo de fantasia, apesar de ter sido casada com o babaca por quase duas décadas.

A ômega se irritava ao pensar que perdeu quase dois anos de vida, sofrendo pela quebra do vínculo com um cretino que, muitas vezes, a fez se sentir mal e inadequada.

Por outro lado, Emma representava um mundo totalmente novo para Regina, e ela queria explorar tudo com a alpha, permitir-se sentir o prazer de estar com alguém que a fodia com inegável tesão e não parecia se importar com suas rugas e estrias, nem muito menos dizia que ela não tinha mais idade para viver certas coisas.

A alpha era como um raio de sol, iluminando a vida da ômega.

Ainda perdida em pensamentos e sensações, viu Emma se afastar e quis protestar, mas sua condição de submetida a impedia.

Felizmente, a alpha não demorou a voltar e Regina percebeu que ela tirou a regata e parecia ter se limpado um pouco. O abdômen trincado estava exposto, assim como os seios redondos e volumosos.

Rain Night [Shortfic SQ - Universo ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora