Eu tô bem

219 20 6
                                    

Notas: Capítulo soft/confort pra vcs queridos leitores ❤️
imagem aleatória

~~~~~

Dias depois do sequestro e resgate de Katsuki Bakugo, a escola UA decidiu que para maior segurança os estudantes morassem na instituição

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dias depois do sequestro e resgate de Katsuki Bakugo, a escola UA decidiu que para maior segurança os estudantes morassem na instituição. A escola funcionaria como uma espécie de internato, os alunos ficariam lá de segunda a segunda, porém poderiam ir a casa dos pais e responsáveis aos fins de semana.

Os vinte adolescentes estavam empolgado demais por todos morarem juntos. Kirishima principalmente ficou muito animado quando descobriu que seu quarto era ao lado do de Bakugo.  Desde que foi resgatado da liga dos vilões o loiro esquentado não foi mais o mesmo, ele ficou quieto demais por muito tempo. 

Nos primeiros dias morando na UA Eijiro não suportava mais o silêncio entre eles. Era uma tarde de sábado, e o menino falador resolveu finalmente visitar o novo quarto de seu namorado esquentado. Katsuki ainda arrumava as caixas com suas coisas da mudança quando ouviu alguém bater na porta.

— Ei Bakugo, posso entrar? — Ninguém respondeu, mas a porta se abriu

— Entra.

— Hum, oi. Eu só... vim ver como você está. Já tem uns dias que a gente não se fala direto. — 

Eijiro olhou para o chão e viu três caixotes de mudança, dois deles fechados e o terceiro aberto. Katsuki se sentou no chão e começou tirar seu objetos pessoais de dentro da caixa.

— O que você tá fazendo?

— Desempacotando minhas coisas. Como nos mudamos a pouco tempo ainda não terminei de esvaziar todas as caixas.

— Oh, entendi. Deixa eu te ajudar então. —Sentado ao lado, Kirishima também tirou algumas pequenas coisas da caixa e as colocou próximo ao armário.

— Você anda bem calado ultimamente. Está tudo bem?

— Eu tô bem. — Bakugo disse em tom baixo, essa resposta não agradou seu parceiro.

— Nós podemos conversar. Você sabe que pode se abrir comigo. Imagino... que deve estar sendo difícil pra você, ser pego por vilões duas vezes e tal. — Kirishima exitou por um instante quando entrou nesse assunto mas continuou perguntando preocupado — Bakugo, os vilões... Eles te machucaram?

Parando de mexer nas bugigangas Katsuki percebeu a ênfase naquelas perguntas. Ele era uma pessoa forte, mas ficou cabisbaixo ao pensar que Kirishima se preocupava em alguém tê-lo ferido. Olhou para uma tralha de camping aleatória na mão e respondeu em seguida.

— Não me machucaram. Eles queria me levar para o lado deles. Queriam que eu me tornasse um fracassado como eles. Lógico que eu recusei.

— E como está sua cabeça? 

Essa ele não sabia direito como responder. Não sabia exatamente o que estava sentindo. Uma mistura de vários sentimentos ao mesmo tempo. Suas emoções estavam se juntando e prontas para transbordar a qualquer minuto. Ele sabia que podia confiar em Kirishima, aliás o ruivo era a única pessoa que ele se sentia seguro para baixar a guarda e deixar suas fraquezas desmoronarem.

— Eu não sei... eu só... — tapou o rosto com uma mão, escondendo as lágrimas se formando nos olhos — Eu... Não queria ter sido tão fraco... Por minha causa... o All Might... *sniff*

Não conseguindo segurar, as lágrimas caíram. Seu rosto ficou vermelho e quente junto com uma visão embaçada pelo choro. Eijiro sentado ao lado se compadeceu e abraçou seu companheiro.

— Foi minha culpa que o herói mais poderoso do mundo quase morreu... Se eu não tivesse sido sequestrado... *sniff* Se eu tivesse sido mais forte... *sniff*...

— Não foi culpa sua. O All Might iria se aposentar alguma hora. Você foi forte. Ninguém da turma aguentaria ficar os dois dias que você ficou na mão dos vilões. Nenhum de nós teria força ou psicológico suficiente. 

— Se você e aqueles nerds não tivessem me salvado... Provavelmente os vilões teriam me levado pra outro lugar... ou me matado... Eu me senti impotente...

— Está tudo bem. Você tá seguro agora. Eu só quero que você fique bem. Eu não suportaria te perder.

Com a cabeça recostada no ombro do ruivo, Bakugo tentava controlar suas lágrimas enquanto fungava com o nariz e desabafava seus sentimentos. Suspirou várias vezes.

— Obrigado.... Kirishima. Por... me salvar.

— Não precisa agradecer. Por você eu me arriscaria um milhão de vezes se fosse preciso. E  claro, eu não posso levar todo crédito. Nossos amigos também ajudaram.

— E-Eu também... descobri uma coisa sobre o Deku... Sobre a individualidade dele. Mas não posso contar.

— Não precisa me contar. Você e o Midoriya podem conversar outra hora.

Os dois ficaram ali por alguns minutos, num abraço aconchegante, compartilhando os sentimentos e reconfortando um ao outro.

— Droga. Eu lembrei de outra coisa. — Bakugo enxugou as lágrimas e se recompôs — Minha mãe vai fazer um jantar amanhã a noite. Ela quer que você vá lá em casa.

— Eu? Mas porquê?

— Eu contei sobre o regaste. Ela quer agradecer o “heroi que salvou o filho dela” e tá organizando um jantar especial. E meu pai ainda não te conhece então, seria bom se você fosse.

— Claro. Com certeza eu vou!

Com os olhos e nariz ainda vermelhos Katsuki deu um sorriso de canto, estando grato por Kirishima estar com ele naquele momento. Voltando ao normal, ele abriu um segundo caixote e tirou mais alguns objetos de dentro para guardar nos devidos lugares. 

— Bakugo, o que são essas coisas na caixa? Corda, canivete, isqueiro... O que você faz com isso? Por acaso tem fetiche em sadomasoquismo?

— São equipamentos de camping, cabelo de merda!

— Camping? Então você tem o costume de acampar sozinho? 

— Na verdade gosto de escalar montanhas. Eu vou com meu pai na maioria das vezes. Qualquer dia podemos ir só nós dois.

— Isso é um convite? — Kirishima sorriu sarcasticamente

— Pense o que quiser. — Katsuki ficou pensativo por um instante — Obrigado... Por me ouvir e ser meu apoio. Eu odeio esses papos sentimentalistas, mas eu precisava disso.

— Você? Agradeceu duas vezes no mesmo dia?? Quem é você e o que fez com meu namorado? — Eijiro brincou 

— Idiota. — Katsuki riu da bobagem estapeando a cabeça do ruivo — É sério. Nunca pensei que eu teria alguém como você. Achei que eu nunca teria um namorado que me aguentasse.

— Falando nisso, por acaso, seus pais já sabem sobre nosso namoro?

— Não. Vou contar amanhã no jantar. — o loiro sutilmente pegou na mão de Kirishima e o puxou para um beijo suave. — Eijiro... acho que eu te amo...

— Droga, você tá todo meloso hoje. Eu também te amo.

Transições na vida de um herói Onde histórias criam vida. Descubra agora