Não é porque não é romântico, que não é amor...

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Era uma dor profunda, como uma faca em meu peito,
Cada respiração doía, um tormento, um defeito.
Minha paixão por ele, ardente como o sol,
Mas a chama queimava só em mim, um sonho sem farol.

Nossas almas, amizade, mas eu queria mais,
Um abraço, um beijo, algo que nunca seria capaz.
De confessar a ele, esse amor que me machuca,
Porque sabia que não era recíproco, uma verdade bruta.

Não precisava de magia, bola de cristal, ou feitiço,
Para entender que seríamos só amigos, sem compromisso.
Minha amizade era tudo o que eu já possuía,
E arriscá-la por um amor não correspondido doía.

Estar perto dele, era como jogar lenha na fogueira,
Uma paixão incontrolável, uma chama traiçoeira.
Desejava que a amizade não se perdesse nesse fogo,
Mas o coração sofria, como um lamento de um jogo.

Assim eu vivia, nessa dor intensa e escondida,
Um amor não revelado, uma amizade sofrida.
Achava que meu segredo estava a salvo,
Mas a dor, a saudade, me faziam escravo.

Na escuridão da noite, eu escrevia versos de dor,
Esperando que um dia, ele pudesse entender o que eu sinto, meu amor.
Mas até lá, eu sofria em silêncio, nessa triste agonia,
Uma amizade que queimava como fogo, uma doce ironia.

Feridas que se abrem e se curam (e algumas que você sutura na base do ódio) Onde histórias criam vida. Descubra agora