A Pista

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Nota Incial:

Não era minha intenção demorar tanto para atualizar, mas cá estou ~

O capítulo dessa vez é mais curtinho pq não teve tanta interação entre Nina e Maggie no ep 2 e pq não queria demorar muito mais pra atualizar. Não vou seguir à risca como na série, apenas vou me divertindo enquanto escrevo, então alguns diálogos ou acontecimentos vão ser modificados em questão cronológica.

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— Ah, Sr. Fell! — A voz alegre de Maggie o cumprimentou junto do sino da livraria, atraindo Aziraphale de sua organização de prateleiras. Ele retirou os óculos e ajeitou o casaco casual enquanto Maggie vinha em sua direção com fulgor.

— Maggie — cumprimentou ele de volta igualmente, um tanto curioso com toda aquela felicidade, tão diferente da aparência de ontem com o incidente do homem pelado e tudo mais. Mas claro que Aziraphale não comentaria, afinal ele era um cavalheiro. — O que a traz em minha livraria? Não há nada de errado com o aluguel, ou há?

— Oh, não, o aluguel está bem — disse abanando a mão rápido para dispersar o assunto e logo voltou a juntá-las em frente ao corpo. — Sr. Fell, o senhor entende de livros.

— Está correto. — E sorriu solene balançando o corpo um pouco. Em reflexo, lançou um olhar ligeiro por toda a livraria como se enfatizasse.

E por motivo nenhum os olhos azuis celestes pousaram na janela que dava de frente para a floricultura do outro lado da rua, bem acima do ombro de Maggie.

— O que o senhor poderia me dizer de uma citação… deixe-me lembrar… ah! "Não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o seu perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso…".

Aziraphale quase pulou para fora da pele ao perceber que voz que ouvia era de Maggie e não vinda de sua própria cabeça, como um ímã seus olhos se voltaram para a floricultura como se de alguma forma o residente de lá estivesse ouvindo ou pego Aziraphale olhando, mas apenas os ramos verdes e coloridos podiam ser vistos decorando a loja.

— Continue — pediu quando Maggie fez uma pausa procurando sua atenção com as sobrancelhas levemente franzidas.

"Não soube compreender coisa alguma. Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava…" — Sem querer, Aziraphale liberou um suspiro saudoso e desejoso ao mesmo tempo. — "Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar".

Os lábios de Aziraphale curvaram para baixo numa luta perdida ao se lembrar da noite passada.

Seu silêncio deve ter sido duradouro porque Maggie também virou a cabeça para onde Aziraphale estava olhando e gesticulou com a mão num gesto de apaziguar.

— Sr. Fell… o senhor está bem?

— Oh, sim, sim! Por que não estaria bem? Bem nos trinques! — Levou apenas um minuto para ele se recuperar, mas ainda sentia-se nervoso com o olhar vacilando toda vez para a floricultura.

— O senhor tem certeza? Porque eu acho que parecia…

Aziraphale limpou a garganta alto.

— Foi só a maneira que você disse, querida. Me deixou… emocionado.

Maggie virou o rosto mais uma vez para a mesma direção que Aziraphale para confirmar que era isso mesmo que ambos viam, foi quando um flash de cabelos vermelhos apareceu de relance perambulando pelo espaço da loja e Aziraphale ficou com os ombros rígidos.

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