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NARRADOR POV
Gatilhos!!!!

    Pac não saia de casa a duas semanas, estava tomado por um luto inexistente, sofrendo por uma criança que nunca foi sua, mas quem poderia julga-lo por se apegar por um filho que não era seu? Ninguém.
  Os dias eram difíceis para Fit também, mal conseguia se sentar no sofá sem ter a breve lembrança do loiro ao seu lado, e como estaria errado se as memórias machucavam?

   Tubbo estava sozinho, no seu quarto nada parecido com um quarto, tinha saudades dos bolos de chocolate, e de comer com companhia, tinha saudades dos beijinhos de bom dia de Pac, e o dos abraços calorosos de Fit. Tinha saudades deles. E tudo doía por isso.
   Sua estadia naquela casa era torturante, desde que voltará seus progenitores pioraram, esfregaram na sua cara como ele nunca poderia tatear a felicidade, como ele pertenceria a aquele inferno, pra sempre.
Qualquer outra criam culparia Fit e Pac, mas, por mais que tivesse 12 anos, entendia perfeitamente como os dois não tiveram escapatória, e isso machucou mais ainda.

   Estava encolhido no canto de sua cama, pensativo, lotado de saudades, não pode nem sequer trazer sua xícara favorita. Se levantou porém, com um chamado de sua senhora.

— me faça um chá criança! — ordenou, fria, sem nem sequer olhar nos olhos do garoto que apenas assentiu e se direcionou a cozinha.

  O garoto fez todos os procedimentos certos para um chá perfeito, esquentou a água, colocou as folhas, pegou uma bonita chávena, deixou a cozinha impecável e se direcionou a sala de jantar com aquela bom tábua para dar um ajuda.
  Tudo daria certo, tudo. Se o gato não tivesse passado em sua frente o fazendo tropeçar e jogar todo o kit de porcelana de chá contra o chão. O líquido quente se misturando com o sangue, os cacos de vidro adentrando a sua pele o fazendo urrar de dor. Não. Por favor não.

Tubbo? — ouviu os saltos altos virem em sua direção, estremeceu. Tentou se levantar e arrumar a bagunça, mas estava completamente machucado, não. Viu a sombra da mulher escurecer o seu campo de vista, e uma risada sinica assombrar o ambiente — O que você fez sua criança estupida? — olhou para cima com os olhos marejados

— me d-desculpe..— foi interrompido pelas mãos de sua mãe o puxando para cima pela gola de sua camisa, urrou novamente, tentando se manter em pé, suas pernas tremiam, soava frio e a dor era impossível de ser descrita. Sentiu um tapa ser diferido em sua face, pressionou os lábios quando se permitiu cair sentado de novo.

— Engula a porra do choro seu inútil! — cuspiu as palavras fazendo com que o loiro limpasse o rosto com as mãos sujas de sangue — Limpe isso já! Estou saindo para comprar outro conjunto de chá! — virou as costas deixando o garoto ensanguentado e sozinho. De novo.

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