CAPITULO 1

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"Eu sinto o vento trazendo algo novo."

Muitas lendas dizem que usamos planchas, que obrigamos nossos reféns a andarem por ela sozinhos ou acompanhando de um peso para que afundem mais rápido, más é a mais pura mentira, rio do meu pensamento porque meu pai me ensinou desde pequena que uma morte assim é um livramento e não punição, "eles tem que pagar pelo que fazem" diz meu pai toda vez que tem a chance de encontra um marujo traidor ou qual quer um que atrapalhe nosso caminho.

Para explicar melhor fui adotada pelo capitão depois de me enfiar no navio sorrateiramente. nunca quis aventuras ou ver tudo que tem depois do mar, eu só quero mapear e escrever histórias verdadeiras, o que não imaginava é que eu ia amar, amar o silencio, as músicas dos marujos, as guerras e tudo que vinham junto, quando adentrei no navio falcão negro tinha oito anos não tinha certeza de nada, mas hoje tenho a certeza que foi a melhor coisa que eu fiz.

—Sadie! —Grita, meu capitão. —Estamos atracando no reino espero que o tesouro esteja seguro.

—Está sim senhor, capitão. — No momento estávamos levando um tesouro em forma de inscrição para uma competição que o rei Dario estava fazendo, consistia em o navio que capturasse o mal que assombrava a pequena ilha do reino ganharia todo os tesouros da inscrição o que equivale a mais de cem navios, meu pai não era besta faria de tudo para pegar essa maldição que atormentava a ilha vizinha, não só pelo tesouro mais pela glória.

—Você acha mesmo que vamos conseguir? —Cochicha Muriel ao meu lado.

—Claro que vamos, você acha mesmo que Loki ia nos meter em enrascada? —Muriel sempre foi mais medroso que todos do falcão negro. —Não vai amarelar, não é? —Implico-o

—Claro que não, esqueça o que eu falei. —Muriel era pouco maior que eu e o que tinha de medroso tinha de bonito com sua pele bronzeada pelo sol que tomávamos todo dia e ombros largos, embora tinha um rosto feminino encantava mais moças que qual quer pirata ou habitante na ilha em que íamos o que eu achava ótimo pois por várias vezes via os marujos implicando com ele.

—Reino a vista. — Grita o gageiro.

—Vamos Muriel pegue o outro lado do baú. —Levantamos o baú e fomos em direção ao pequeno barco que havia ao lado do navio.

—Pode pular capitão. — Digo para ele que logo pula junto com o Co Capitão Navin pai de Muriel.

—Ainda acho que deixarmos os marujos sozinhos não é uma boa ideia e ir ao reino com todo nosso ouro é mais burrice ainda.

—Não estamos sozinhos Navin relaxa um pouco.

—Duas crianças e dois velhos são capazes de proteger um baú cheio de ouro Loki? —Só ele podia chamar o capitão pelo nome.

—Eles não são tão jovens assim, e nós não somos tão velhos meu amigo.

Eu e Muriel nunca nos metemos no assunto deles dois então só ouvimos atentamente os insultos de Navin, já temos dezenove anos e treinávamos espada desde os oito, não acho que somos indefesos já matamos homens mais velhos e mais fortes.

—Navin você nunca confia em ninguém e essa e sua melhor qualidade e seu pior defeito. —Com as palavras de meu pai Navin não disse mais nada até chegarmos ao portão do reino.

Estava memorizando onde cada adaga estava quando um soldado abre os portões anunciando quem nós somos.

—Olha se não é meu pirata preferido. — Diz o rei Dario com maior falsidade que eu já tinha visto.

—Olha se não é meu rei preferido, crianças tragam o baú. —Conheço meu pai o suficiente para saber que ele está sendo debochado e tentando enganar o rei nos chamando de crianças. A maioria nos subestima.

—Olha, agora está levando mocinhas para o navio? Aqueles animais não esperam até chegar em terra firme para ter um brinquedinho? —O rei dispara sem segura a própria língua me fazendo querer cortar não só ela, más meu pai se adianta e aponta a espada em seu pescoço.

—Não a toque, pode ser o rei dessa merda toda, mas nada me impedira de arrancar sua mão fora. —Os guardas avançam, mas Navin entra na frente e o rei faz um sinal que eu não sei o que significa más faz os guardas pararem.

—Vai aceitar a inscrição? — Meu pai fala como se não tivesse acabado de ameaçar ele com a própria espada.

—Sim pode deixar o baú aí mesmo. — O rei fala tomando uma postura que eu nunca havia visto antes, acho que se não fossemos os melhores piratas ele com certeza colocaria todos na forca agora.

Saímos calados em direção ao navio acho que todos mentalmente estávamos com medo do rei se arrepender e nos capturar e quando chegamos a uma distância segura Navin abre a boca.

—Você está louco Loki? Desafia o rei dentro do castelo.

—Eu sei, não vai acontecer de novo, temos que ir para o navio e reunir nossas informações.

Chegando ao navio, repassamos o plano de fingirmos que não sabemos da recompensa e se der que nem piratas somos.

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