2 - Mostre sua habilidade

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   No dia seguinte, eu estava sentado durante o intervalo do colégio tomando um suco em caixa pelo canudinho. Roberto sentou do meu lado com um livro e um pirulito em sua boca.

— Você não é de estudar durante o intervalo... — Disse olhando ele de canto.

— Eu sou assim quando tem uma prova próxima de acontecer.

— Prova?

Meu deus.. eu havia esquecido da prova de biologia que aconteceria hoje... Fiquei paralisado imaginando o quão fodido eu estava por não ter nem tocado no livro para estudar.

— Boa sorte ano que vem, Christian. Vou mandar um abraço pra você da faculdade. — Disse Roberto rindo.

— Você vai me passar cola, né? — Perguntei.

— Não, aceita que você tá fodido. — Ele continuou rindo.

Meu chefe iria me matar se me visse tirando nota baixa de novo... precisava de algum plano para tirar uma boa nota. A resposta era óbvia naquele momento e eu vinha recorrendo à ela desde o início do ano.

— Vou ter que procurar o Balthazar.

— De novo? — Roberto perguntou nada surpreso com minha escolha.

Balthazar sabia das respostas de todas as provas com antecedência. Não sabíamos como ele sabia, mas tínhamos nossas teorias. A única certeza que tínhamos era que dois professores passavam o gabarito inteiro por uma parte do dinheiro. Ninguém entregava aqueles dois professores, o esquema de cola era algo sagrado.

— Se quiser falar com ele, a sua chance é agora. — Roberto apontou para Balthazar.

Balthazar não era seu verdadeiro nome. Ele achava seu nome feio e resolveu adotar esse, agora toda a escola chama ele assim. Ele estava em pé conversando com um grupo de alunos. Destaque para seu físico bem atlético.

 Destaque para seu físico bem atlético

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— Eu vou lá falar com ele. — Disse me levantando.

— E lá vamos nós... — Roberto levantou também.

Balthazar percebeu nossa aproximação e veio nos cumprimentar, deixando as pessoas ao seu redor conversando entre si.

— Vejam só se não são os dois jogadores de basquete. Eae. — Balthazar disse estendendo a mão para um toque.

— Eae Balthazar.

O toque de mão foi daqueles perfeitos. Todos ao redor do refeitório voltaram os olhares para nós dois por segundos.

— Posso saber o que precisam? — Perguntou Balthazar.

— Você sabe muito bem. — Respondi.

— Por um preço bom, eu resolvo a sua situação.

— Ta cobrando quanto?

Balthazar ficou pensativo por alguns segundos.

— Hmmm... eu estava pensando. — Balthazar começou a caminhar ao nosso redor. — Que tal me ensinarem a jogar basquete?

Guarde sempre as boas lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora