IX

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Nova York, 16 de outubro de 1998

É a quinta vez naquela noite, mas parecia que era a centésima. Tosses explodem pelo corredor silencioso através da porta entreaberta do quarto de Addison que suspira, colocando a mão sobre os olhos - Mamãe!

Ela rola e se levanta, sentindo o cansaço arenoso atrás dos olhos. Quando é filho de outra pessoa, você pode passar a noite inteira sem se cansar. Quando é filho de outra pessoa, seu coração não dispara e suas pernas não se contraem quando seu pé atinge o tapete e sua mão alcança a maçaneta para abrir mais a porta.

Ela sentou na cama e, pela segunda vez, ela estava coberta de vômito e lágrimas. Seus instintos de médico entram em ação - Oh Adrian - Ela diz beijando a testa do bebê de cabelos loiros e sedosos - Você está tão quentinho, pequeno...

- Doente - O menino choraminga, e tosse novamente, com tanta força que seu corpinho treme e ele engasga no final do espasmo. Addison pega o termômetro na mesa de cabeceira dela, ao lado do berço.

- Não não não - O bebê tenta empurrar o termômetro chorando alto. Normalmente ele é uma criança feliz, mas quando está doente, tudo o que pode fazer é chorar até não ter mais voz. A febre subiu e ela suspira

Quando Adrian diminui o choro, ela escuta a porta de sua casa abrir - Mark? - Ela pergunta receosa, desde que Derek se foi ele tem uma chave e sempre vem checar ela e os bebês, mas isso não a impede de pensar que é um assalto cada vez que a porta faz barulho

- Mama Shepherd disse que o Adrian não está se sentindo bem e eu vim ajudar- Mark diz subindo as escadas, Adrian solta um suspiro que soa mais como um soluço - Acabei de passar lá e Dylan disse que está com saudades de vocês dois

- Também estou, mas como ele não pegou esse vírus achei melhor ele ficar com Carolyn - Mark torce o nariz ao beijar a testa do bebê

- Ele vomitou?

- Sim. Você pode trocar a cama?

Em outra vida, ele poderia ter recusado. Mark Sloan não limpava vômitos. Mas depois dos gêmeos ele mudou. Sem dizer uma palavra, ele começa a tirar o berço enquanto Addison levava o filho para um banho

Depois de limpos, Addison passa o bebê para Mark que beija seu cabelo loiro e o abraça com força - Desculpe, você está se sentindo mal, carinha

- Tudo bem - ele respira e fecha os olhos novamente. No entanto, eles se abrem quando Addison coloca o remédio entre seus lábios. Ele cospe o pouco de remédio em toda a camisa de Mark - Que nojo!

- Oh, Adrian, por favor, para a mamãe? - Ela odiava implorar para seu filho de dois anos, mas só precisava dormir

Adrian franziu a testa - Não gosto

- Isso vai te deixar melhor, querido - Mark aconchega sua cabeça e ele franze a testa novamente

- Melhor? - O pequeno pergunta

- Sim - Sem esperar por uma resposta do filho, Addison injeta o resto do remédio para tosse em sua boca e, surpreendentemente, ele engole. Adrian abre a boca para chorar, mas percebe que já passou e sua mãe já estava oferecendo um suco para tirar o gosto.

Uma hora depois, ele está dormindo nos braços de Addison que balançava pensativamente na cadeira de balanço. Mark estava sentado no sofá, parecendo exausto - Eu tenho uma cesariana e uma histerectomia. Mas ele não pode ir para a creche assim.

- Eu tenho três rinoplastias hoje. Vou cancelá-las

- Mark! Você não pode fazer isso! Eles podem ir para outra pessoa.

O filme da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora