004 | VERSO

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4 BAND4 estava em seu período de gravações, a turnê chamada "Humanoid City" se iniciaria no começo do ano que vem

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4 BAND4 estava em seu período de gravações, a turnê chamada "Humanoid City" se iniciaria no começo do ano que vem. Viemos parar em Phoenix por uma decisão de Bill, segundo ele, a cidade passa o ar de calmaria que precisamos antes de um feito grandioso como esta turnê.


—— Ao meu ver, ela parece ser um garota certinha. — declara Bill. —— Como vocês dois se quer conseguiram conversar se você é tão... — lhe faltaram palavras.

—— Errado? — complemento sua frase.

—— Minha intenção não era essa palavra, mas tem o mesmo sentido. — concorda, continuando. —— mas sim, perto dela você se torna uma pessoa muito errada.

—— Gosto de como isso soa! — exclamo mastigando e engolindo um pedaço de pepino. —— "os opostos se atraem" não é você que sempre me diz isso?

—— Não acha que tem chances com ela, acha? — Bill duvida.

—— Isso soou como um desafio. Foi um desafio? — pergunto.

—— Não, Tomate, não foi um desafio. — responde me vendo pegar um tomate. Mas logo deixei-o de volta no prato. —— Mas não pode descartar o fato de que a conheceu ontem. E ela o socorreu ao vê-lo ter uma... "overdose por excesso de cannabis misturada a pequenas partículas de ecstasy..." — ele leu o fichario. —— mas que bela impressão você passou à ela. — ri debochado se levantando. —— Termine sua refeição. Suas roupas estão no banheiro. Seja rápido, não curto muito o cheiro de hospital.

EL3 SA1U do quarto fechando novamente a porta enquanto apressei-me à comer rápido.

(...)

—— À conhecia? — Bill questionou em meio ao silêncio do carro.

—— Conhecia quem? — indago perdido, vendo-o dirigir ao meu lado.

—— A senhor-... a garota, Blair. Já que conversaram e ela estava no hospital, acreditei que já haviam se visto ou se falado antes. Ainda duvido de que tenham se dado bem. — explica olhando pelo retrovisor um carro atrás enquanto conduzia em um cruzamento.

—— Não, não à conhecia, até ontem à noite pelo menos...

—— E onde você estava quando... aquilo aconteceu?

—— Na praça central da cidade. Por um acaso a Paiton estava a passar por mim quando as drogas fizeram efeito. — explico em resposta.

O garoto de dreads concordou a cabeça com o semblante cansado. Ele estava cansado de me ver encher a cara, estava cansado de me ver usando drogas e, em minha cabeça, ele parecia cansado de mim.

O irmão mais velho sou eu, embora sejam apenas dez minutos a mais, sou eu quem deveria cuidar dele. Mas tenho estado cansado de tudo ultimamente, não só de mim mesmo...

Bill me levou de volta até a casa em que estávamos alugando durante um ano. Não gostaríamos de voltar à Alemanha por enquanto, a onda de fãs atrevidas por lá ainda é bem grande.

As músicas do novo álbum estão sendo lançadas uma a uma. Bill pediu para adicionar uma a mais no álbum, vai ser a última a ser lançada. Mas ele tem tido dificuldades com as letras, ele está ansioso, mas fazem apenas quatro dias que chegamos em Phoenix, ainda teremos bastante tempo.

—— O que deu em você para sumir assim? — Gustav perguntou preocupado ao me ver entrar em casa.

—— Acho que passei dos limites. — respondo, ouvindo um "Você sempre passa dos limites" vindo de Bil que subirá escada à cima. —— o que preparou hoje? — pergunto a Gustav, pelo mesmo ter vindo da cozinha.

—— Massas! — Georg gtitou da cozinha enquanto corria para pegar um prato.

—— Nem me esperaram para começar a refeição! — reclamo correndo para o armário indo pegar um prato. —— Bill já comeu algo? — questionei.

—— Aqui não. Ao sair, pela manhã, ele disse que iria comprar algo para comer a caminho do hospital. Mas você o conhece, não acho que tenha realmente se alimentado — responde Gustav ao meu lado, pegando um prato também.

—— Bill não aprende. — digo me recordando das vezes em que ele ficou mal.

—— Você também não. Ele tem se preocupado com você, Tom. Você nem sequer dorme em casa. E quando sai, nem mesmo o diz onde vai. — Georg fala sério sentado a mesa. —— Ontem ele ficou a noite toda acordado. Eram duas da manhã e ele ainda estava sentado no último degrau da escada encarando a porta, esperando que você chegasse... e quando você ligou avisando que havia passado mal, ele se fez de durão na voz mas estava chorando. Bill tem andado sobrecarregado... Ele está cansado, Tom.

Não o respondi em nenhuma de suas palavras. Mas a parte em que ele disse sobre Bill ter chorado de cansaço se prendeu a minha mente e eu fiquei durante toda a refeição quieto. Decerto, Gustav e Georg deveriam ter estranhado. Mas ao terminar, pûs comida em um prato e subi até o quarto de Bill.

—— Bill... — o chamo batendo na porta sem resposta. —— Você me ouviu? — abro devagar a porta tendo a visão do seu quarto escuro e o mesmo dormindo com a cabeça sobre a mesa de trabalho.

Caminhei devagar até ele para não acordá-lo e coloquei o prato em cima da mesa para pegar os papéis rabiscados com escrituras que o mesmo havia feito. Pareciam versos de canções: "Eu sei que você está com medo. Quando você não conseguir respirar, eu estarei lá."- Bill parecia ter desistido daquele verso, mas algo em mim disse que eu precisava fazê-lo. Me disse que eu deveria terminar.

—— Ei, Bill! — o chamo em um sussurro.

—— Tom? O que foi? Aconteceu algo? — ele pergunta ao acordar meio atordoado.

—— Trouxe comida para você. — mostro o prato. —— Esse... verso que você escreveu... vai usá-lo?

—— Qual? — ele lê o verso do papel em minhas mãos. —— Ah, esse... eu o escrevi, mas não achei algo que pudesse completá-lo. Se interessou por ele? — questiona esticando o braço para pegar o prato com comida.

—— É... sinto que posso finalizá-lo. Me permite? — pergunto mostrando o papel.

—— É uma composição importante. Temos um cronômetro para que essa música esteja pronta. — explica.

—— Precisaremos dela pronta quando? — indago observando o verso.

—— No final de Novembro, ainda esse ano. — acrescenta.

—— Ok — concordo. —— Você pode acreditar em mim dessa vez? Eu prometo que irei entregá-lo, eu sei que consigo escrever algo bom! — peço saindo do quarto de costas antes que Bill diga alguma coisa.

—— Tom, você nunca escreveu uma mú-

—— Tchau, irmão! Amo você! — grito correndo até a escada mas dando meia volta, voltando até a porta do seu quarto. —— Então... você por acaso, teria o endereço da Blair? — peço vendo-o soltar um riso enquanto pega mais um papel e uma caneta.

 você por acaso, teria o endereço da Blair? — peço vendo-o soltar um riso enquanto pega mais um papel e uma caneta

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𝗨𝗠 𝗔𝗡𝗢 𝗘 𝗦𝗘𝗧𝗘 𝗗𝗜𝗔𝗦  |  Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora