Devil in Disguise - PETE X BUILD

[Prólogo 2]

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(Plim, Plim, Plim)

Gotas de água do chuveiro caiam dentro da banheira, a água da banheira transbordava, não aconteceria, a não ser que alguém tivesse se afundado na banheira cheia. Na verdade alguém estava ali, não estava se afundando, estava tentando se matar, mas o peso na consciência de deixar a família deve ter pesado, pois ele se sentou, enquanto tossia. Lágrimas escorriam por seu rosto, ele só queria morrer.

Dizem que arrependimento mata, de fato, quase o matou. O fato de que ele falou coisas e fez coisas desnecessárias. Ele se culpava, se odiava por todas palavras malditas que saíram de seus lábios, de sua garganta, de suas cordas vocais, de sua mente e cérebro. Aquele só queria morrer, não aguentava mais ver tantas pessoas o odiando e o mandando morrer e se matar. Mas por um curto período de tempo ele despertou em si, se mostrou que não precisava ser assim, apenas precisava continuar persistindo no que tanto queria. Ele persistiu e conseguiu se resolver novamente, por mais que tivesse arrependimentos, ele não poderia parar se realmente fosse seu sonho.

Hoje em dia em sua idade, se questionava sobre a sua imaturidade dos tempos jovens e tempos recentes, hoje ele tinha uma perspectiva diferente, não, suas palavras malditas não foram corretas, mas nossa mente muda e evolui a cada dia. Vemos pessoas que já roubaram e mataram alguém, em igrejas, arrependidos e mostrando evolução, mas o porquê dele ser diferente? Ele é uma pessoa da mídia, pessoas que se mostram medialmente, não merecem respeito igual aos outros na percepção deles. Os primeiros a jogarem pedras, normalmente são os que mais devem. Os que muitas vezes perdoam, são as pessoas que estão em processo de evolução. Pessoas não precisam perdoar sobre suas palavras malditas, já que não foi nada sobre a sua vida. Apenas continuem os próprios rumos, assim ninguém perde tempo com ninguém.

Build tinha a sua família que sempre o ajudava em suas dificuldades, sem sua família, não estaria mais aqui. Era dolorido, mas era real. Seus erros tiveram peso, o fizeram sentir um fardo nas costas que demoraria muito tempo para sumir.

- Bee, já coloquei comida para a Mino e Omen, até logo! - Build sorriu para os irmãos, os pais e seus sobrinhos. Então saiu de casa.

Ele viajou naquele dia para o Vietnã, onde fez o seu Fanmeeting. Voltou por volta de 3 dias depois.

Build estava no lado de fora do aeroporto, cumprimentando os fãs, ele percebeu seus ex colegas de trabalho, ele sorriu, mas ninguém o cumprimentou de volta. Provavelmente ordens da empresa, não tinha muito o que fazer. Mas ele observou a multidão, vendo algo que não queria ver, uma provável fã lunática segurava uma faca, estava indo na direção dos garotos, que não perceberam por conta da aglomeração, não daria tempo de gritar avisando, então ele rapidamente se enfiou na multidão, Bateu no braço de Bible, o fazendo tropeçar, Build ficou de costas para ele, sentindo a faca fundo em seu estômago, sentia uma mistura de dor e queimação insuportável, ele ao menos não estava preocupado, se não fosse ele, teria sido Bible.

- Está tentando chamar atenção? - Uma das only fãs gritou.

- Você só aparece para ferir alguém! - Alguém gritou.

- Se mata se quer chamar atenção! - Outra pessoa falou.

- Eu..sinto muito. - A mulher segurava a faca de forma trêmula, então se afastou, cometendo o erro de retirar a faca, o fazendo cuspir sangue.

Gritos de fãs desesperados se fizeram presentes.

Build sentiu alguém o abraçar antes de desmaiar, sentiu a pessoa se abaixar o segurando.

- Biu? - Uma voz familiar falou, sua visão estava turva, não conseguia mais raciocinar. - Biu, não feche os olhos, você não pode dormir! Ouviu? - A voz se tornava trêmula.

Ele não deveria dormir, mas dormiu, não foi forte o suficiente.

O peso na consciência daqueles que praguejavam palavras malditas deve ter sido grande, por isso devemos pensar e ter conhecimento antes de falar e nunca praguejar palavras ruins ao próximo de forma que possa afetá-lo.

Build acreditou que estava morto. Passou vários dias em um quarto bonito com cheiro de lavanda. Mas os seres de luz apareceram para ele.

Por que as pessoas não se assustavam com os seres de luz? Aqueles já mortos, que estão vagando ou não, já viram o mal do mundo, então não tem motivos para sentir medo de mais nada.

- Build, você vai poder voltar! - Mally falou animada.

Mas Build nada respondeu, ele tinha medo de voltar e ter que ver novamente o mal, ou o mal que foi retribuído por suas insolências.

- Antes que fale que não vai voltar, não pode escolher isso, seu corpo vai viver, alguém vai viver por você se quiser, quando decidir que é a hora, você se faz presente. - Manu falou diretamente, então se virou. - Vamos Mally. - Ela entrou na porta iluminada.

- Não demore para voltar, Biu! - Ela sorriu, entrando na porta iluminada também, assim elas sumiram.

Build abraçou as pernas, não queria sair dali.

- É por isso que ele ficou em coma.. - Pete falou, não pensaria muito, fechou os olhos, sentindo seu corpo se tornar gelado, como se tivesse de molho no mar. Ele poderia viver agora, depois de 30 anos. Era até engraçado a situação em que um queria morrer e outro viver, era o equilíbrio para se viver no fim das contas.
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