A maldição de Suppalo

Ayan

"Eu vou matar minha professora...
Jogar seu corpo na lagoa
Que ela é má, uma bruxa má
Boa, ela é boa só se for pra matar
Eu vou matar minha professora
Para o feitiço mal se quebrar
E ir embora, ela vai sentir o peso dos seus atos
Serei o maior justiceiro vingando o seu mau hábito
Quero ver seu corpo queimar
Quero ver ela se esfarinhar
Quero ver ela desaparecer
Mas só depois de muito gritar"

Akk caminhava pelos corredores da escola cantando essa música inventada e ele parecia realmente animado. Como se sua vida agora fosse um musical homicida.

Sorri pela sua animação, ele era o infiltrado, o aluno perfeito e amado dos mestres cruéis. Antes de ir realizar sua tarefa ele estava determinado a fazer desse evento um show.

E eu iria ajudar junto com Tar, o meu amigo que agora olhava para mim e Akk como se fossemos loucos. Ele sorria fraco mas não parecia empolgado com nossa missão.

Naquela tarde estava programado aos alunos assistirem a uma palestra sobre como trabalhar sozinhos nos tornaria mais fortes e preparados para o mundo. Ignorando o fato de que seríamos mais vulneráveis a ataques nessa escola do Diabo.

A proximidade com a nossa missão arriscada me fazia sentir medo por Akk. Ele estava tão determinado a fazer o que fosse preciso mas estou com medo dos possíveis resultados. Já tivemos muitas tragédias nessa escola.

Puxei Akk para uma sala vazia, já havia se tornado um hábito. Ele sorriu ao ver que eu fechei a porta. Seus olhos focaram nos meus intensamente.

- O que você quer agora? Não vai me convencer a mudar de ideia. - ele diz sério.

- Não é o que eu quero, nunca foi o que eu quis. Você é o homem certo para esse trabalho. Eu só quero que você...tome cuidado.

Nossos olhos se encontraram de novo como se fosse um flerte nos intimidar. Ele sorriu ao ouvir minhas palavras e então me empurrou contra a parede.

- Está muito preocupado comigo?

- E-estou? - digo envergonhado ele não costuma ser ativo assim.

Sua mão vai até meu peito e sobe suavemente até meu pescoço.

- Sabe não sabemos o que vai acontecer...talvez seja nosso último dia juntos e não quero me arrepender. - ele diz sua mente parece estar pensando em algo mas eu estou perdido.

Seus olhos estavam em mim tão intensamente que eu fiquei desconcertado.

- O que vai fazer então? - o instigo.

Ele aproxima o rosto do meu, continuo tentando entender o que está acontecendo até que nossos lábios quase se tocam. Seus olhos estão pedindo permissão seu corpo está pressionando o meu.

- Você quer que eu faça o que estou pensando? Você não é obrigado a aceitar só por eu querer.

- Só me beija. - digo imediatamente o puxando e ele me beija.

Seus lábios tocam os meus com certa selvageria. Meu corpo reage imediatamente soltando uma onda elétrica que vai até minha extremidades.

Sua língua me invade então meu corpo fica quase fraco. Minhas mãos envolvem seu pescoço e me seguro mais perto dele. Nosso beijo dura uma fração de momento. Então ele se afasta calmamente e eu observo mais uma vez.

- Fique bem, por favor não se machuque. - peço.

Ele apenas assente, agora mais concentrado que antes passa por mim e abre a porta. Um Tar curioso cai no chão assim que a porta abre.