06. DR. LINDÃO...NÃO, DR.BONITÃO...NÃO, DR. GOSTOSÃO.
Como me afastaram do local do acidente, percebi a família dele observando à distância. Suas expressões variavam de desaprovação a raiva, mas não havia sinal de preocupação com a segurança do irmão. Obviamente!
Era evidente que havia tensões familiares que eu mal compreendia, mas isso não tirava o peso da experiência que compartilhamos naquele dia. Naquele exato momento uma muralha tinha acabado de cair sobre os meus pés. Uma muralha que antes estava dividindo o certo do errado, do mundo humano e do mundo sobrenatural.
Naturalmente, a ambulância conseguiu uma escolta policial.
Eles me colocaram na sala de emergência, uma sala longa com uma fileira de camas separadas por cortinas em tom pastel. Uma enfermeira colocou um medidor de pressão arterial no meu braço e um termômetro embaixo da minha língua. Já que ninguém se incomodou em puxar a cortina para me proferir alguma privacidade, outro médico cuidava do meu pé e outro médico cuidava da minha cabeça.
Fui encaminhada para uma tomografia, tanto para verificar minha cabeça quanto o tornozelo. Após a enfermeira sair, ela havia colocado uma bota ortopédica em meu pé e me entregado uma bolsa de gelo para aplicar na testa. Enquanto esperava o resultado do exame, tive tempo para refletir sobre os eventos do dia e o quanto minha vida havia mudado devido a uma série de circunstâncias inesperadas.
Outro grupo de funcionários do hospital chegou, trazendo consigo uma maca que foi colocada ao meu lado. Reconheci imediatamente Tyler Crowley, colega da minha aula de História, sob as bandagens apertadas na cabeça, que estavam cobertas de sangue. Tyler parecia estar em uma situação muito pior do que eu. No entanto, ele me encarava com uma expressão ansiosa.
— Louise, peço desculpas.
— Estou bem, Tyler. Você parece terrível. Está tudo bem.
Enquanto conversávamos, as enfermeiras começaram a remover as bandagens encharcadas dele, revelando vários cortes superficiais em toda a testa e na bochecha esquerda. Ele me ignorou.
— Pensei que fosse matar você! Estava dirigindo rápido demais e acabei batendo no gelo de maneira errada....
Ele gemeu suavemente enquanto a enfermeira tocava seu rosto.
— Não se preocupe com isso; você errou o alvo.
— Ainda bem que você fez aquele mergulho. Deveria entrar para o time de vôlei.
— Quem sabe.
— Então me disseram que havia mais alguém com você no acidente. Mas eu não vi ninguém.
— Edward Cullen, ele estava bem ao meu lado. — disse falsamente.
— Quem?
— Edward Cullen.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PERDIDA NO CREPÚSCULO - 𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧
RomanceMary Louise, uma órfã curiosa e sonhadora, vive sua vida monótona em uma pequena cidade. Em uma reviravolta inesperada, ela decide roubar o livro "Crepúsculo" da biblioteca local, buscando um escape para sua realidade entediante. Fascinada pela hist...