16. SEUS OLHOS, MEU CLARÃO.

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16. SEUS OLHOS, MEU CLARÃO.

Os créditos de abertura começaram a rolar, lançando uma suave iluminação na sala. Meus olhos, agindo por conta própria, automaticamente se fixaram nele. Um sorriso tímido surgiu em meu rosto ao perceber que sua postura era reflexo da minha própria: mãos firmemente cerradas sobre os braços, observando de soslaio na minha direção. Ele retribuiu o sorriso, seus olhos brilhando como chamas, mesmo na penumbra.

Antes que eu pudesse começar a respirar de maneira controlada, desviei o olhar para o lado. Era absurdo sentir-me tão atordoada. As horas se arrastavam, e eu mal conseguia me concentrar no filme, desconhecendo até mesmo o tema que era abordado.

Tentei, sem sucesso, relaxar, mas a corrente elétrica que parecia emanar dele persistia. De vez em quando, permitia-me um rápido olhar na sua direção, mas ele também não demonstrava sinais de relaxamento. O desejo intenso de tocá-lo persistia, e eu mantive meus punhos firmemente pressionados contra as costelas, até que meus dedos doessem devido ao esforço.

Suspirei aliviada quando o Sr. Banner finalmente acendeu as luzes no final da aula. Estiquei os braços à minha frente, flexionando os dedos rigidamente. Edward riu ao meu lado, quando eu finalmente eu encontrei seus, olhos me calei ainda mais. Seus olhos, era meu clarão.

— Bem, isso foi intrigante — ele sussurrou. Sua voz carregava um tom sombrio, e seus olhos permaneciam cautelosos.

— Hmmm — foi tudo o que consegui articular em resposta.

Ele lançou um olhar perspicaz, como se tentasse decifrar meus pensamentos. O silêncio pairou entre nós por um momento, enquanto eu lutava para organizar as palavras adequadas.

— Você sempre tem esse dom de me surpreender — acrescentou ele, ainda mantendo uma aura enigmática.

Engoli em seco, sentindo-me desconfortável com a intensidade de seu olhar. A atmosfera ao nosso redor estava carregada de algo indefinível, algo que me fazia querer falar, mas as palavras pareciam prender-se à minha língua.

— Às vezes as coisas simplesmente acontecem, não é? — murmurei, buscando uma explicação vaga para a situação.

Seus lábios curvaram-se levemente, revelando um sorriso enigmático.

— Sim, às vezes — concordou ele, como se entendesse muito mais do que eu estava disposta a admitir. O mistério entre nós persistia, e eu me perguntava se algum dia conseguiria desvendar completamente esse enigma chamado Edward.

O silêncio prolongado continuava a pairar entre nós, criando uma tensão palpável. Os olhares trocados continham um entendimento sutil, como se estivéssemos compartilhando um segredo que nem mesmo as palavras poderiam expressar completamente.

— Há algo intrigante em nós, não há? — ele disse, rompendo o silêncio com uma voz suave e penetrante.

Assenti, sentindo-me vulnerável diante da profundidade de sua observação. Cada palavra parecia ecoar no espaço entre nós, criando uma conexão inexplicável.

PERDIDA NO CREPÚSCULO - 𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora