Capitulo 11

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Pov:Rhysand

Keir se virou para mim, assustado, então, sua expressão logo mudou para um sorriso malicioso e perverso.

-Algum problema, grão-senhor? - perguntou.

Sem paciência alguma para os joguinhos dele, eu o arremessei contra a parede do lugar, e andei até ele com passos lentos, sem me importar com o fato de que haviam vários súditos da corte dos pesadelos olhando para nós, para mim.

-ouse fazer qualquer coisa desse tipo novamente - eu disse a ele - que você MORRE.

Eu já tinha muita coisa na cabeça, não precisava de mais problemas, eu ainda teria que lidar com Tamlin, e saber mais sobre esse tratado de sangue, tal tratado que não foi feito com o meu sangue, e sim com o de Keir.

E eu temia que ele usasse isso para seu benefício próprio.

E ao olhar nos seus olhos, eu sabia que ele faria.

-Meu querido grão-senhor, eu não fiz nada de mais, apenas devolvi o favor, afinal, você não cumpriu a sua parte do nosso acordo - disse ele.

O acordo.

Eu não havia me esquecido do acordo.

Eu já tinha tentado contorná-lo, e havia dado certo por tanto tempo, que pensei que Keir o tivesse esquecido, mas eu nunca o esqueci.

Lembro-me inclusive de uma discussão que eu tivera com Feyre sobre isso.

Flashback on:


-Você tem noção do que você fez, Rhysand!?

Ela definitivamente estava irritada, muito irritada.

-Feyre querida, eu sei que a situação não está muito boa, mas... tente ver pelo meu ponto de vista...

-Rhysand - disse ela me impedindo de continuar - é a nossa casa... é o nosso lar, Rhys, como pode aceitar isso tão fácil?!

-Eu não tinha escolha Feyre.

-Rhys - disse com os olhos lacrimejando - tudo que Keir toca, é destruído, seja qual for o lugar, ele o destrói, como se não fosse nada, ele e qualquer um que o siga naquela maldita corte! - ela não precisou dizer mais nada para que eu percebesse que ela falava da corte dos pesadelos - E ele vai destruir esse lugar também, assim como faz com qualquer outro, a partir do momento que ele pisar na corte dos sonhos, em velaris, ela vai ser destruída. Como vamos voltar para casa depois de guerra se ela estiver destruída?!- ela já não se importou em segurar as lágrimas.

Eu sabia que ela estava com raiva, eu sentia isso, assim como sabia que ela não estava com raiva de mim, e sim de Keir, e de tudo que ele tentaria fazer quando pisasse neste lugar.

-Feyre, eu NÃO tinha escolha, se eu não fechar esse acordo, nós não teremos um lar pra voltar!

Àquela altura, nós dois já não conseguíamos segurar as lágrimas, então eu apenas caminhei até ela, e a abracei.

Não sei ao certo por quanto tempo nós ficamos assim, aproveitando do calor um do outro, minutos? Horas? Eu não tenho ideia, mas agora isso não importava.

Então apenas ficamos ali, como suportes um do outro, como garantia de que nem tudo está perdido, como garantia de que nós sempre estaremos ali um pelo outro.

Quando nossas lágrimas finalmente Cessaram, nós nos separamos apenas o suficiente para nós nos encararmos, olho a olho.

Uma onda de tristeza me invadiu, a dor nos olhos dela... o medo de que tudo possa simplesmente sumir...

Promete? (Feysand)Onde histórias criam vida. Descubra agora