tangled ❀ l.s

dádiva do sol.

Narrador.

Essa história começa com o sol. Era uma vez, uma gotinha de sol que caia sobre a terra, dessa gotinha nasceu uma flor mágica dourada, a mesma tinha o poder de curar enfermos, com o tempo começou a germinar. Alguns anos depois, uma senhora descobriu sua existência e logo soube o poder que essa flor tinha, a mesma se apoderou de seu encanto e usou por centenas de anos para se tornar jovem eternamente.

Mas, nesse mesmo lugar séculos se passaram e ali surgiu um reino, com um rei e uma rainha muito gentis e amados pelo povo. E a rainha estava prestes a dar a luz á um bebê, porém, no meio da gravidez ela ficou muito doente, ficando desesperado e sem chão, o Rei não sabia para onde correr para implorar por ajuda ou por algum milagre. Mas, numa tarde de chuva muito forte, e que onde a sua esposa estava dormindo em meio as dores, ele se lembrou de uma lenda que seus antepassados sempre o dissera de uma flor mágica, saltando de abruto da cadeira, saiu correndo pelos corredores longos e frios do palácio avisando cada guarda para procurar essa planta. E logo, fez um comunicado para todo o reino sair em busca do milagre, que poderia trazer a saúde da rainha de volta, e de seu bebê.

Mas, a flor mágica, já era usada com uma mulher, que em vez de partilhar, a escondeu para não compartilhar-lá. E antes mesmo, de cobrir a planta dourada, a mulher tirou o capuz preto e aproximou a face da flor, que estava coberta por um arbusto verde e bem grande, para despistar qualquer busca.

"Brilha linda flor
Teu poder venceu
Traz de volta já
O que uma vez foi meu

Cura o que se feriu
Salva o que se perdeu
Traz de volta já
O que uma vez foi meu
Uma vez foi meu"

Terminando de cantarolar, e se afastando do pequeno encanto dourado, podia se ver facilmente a magia que tinha sido liberada através dessa melodia, os cabelos enbranquecidos logo se tornaram escuros e longos, as linhas expressivas e o rosto cansado reverteu para uma aparência mais enjuvenecido.

Enquanto estava admirando a flor e a sua mudança, ouvi-se passos firmes e barulhentos, ficando nervosa jogou o arbusto por cima da planta de qualquer jeito, mas quando se virou esbarrou no mesmo, o fazendo cair e deixando-a à mostra. Mas quando percebeu isso, era tarde demais, por que o soldado real, ja havia encontrado a dádiva do sol, ele avisou o restante e as pessoas ajudaram a levar ao palácio.

Chegando no grande palácio, extraíram a erva da planta a transformando em um chá com um cheiro muito agradável, dando de beber a grávida, ela voltou a dormir.

O Rei muito nervoso, com oque eles deram para a Rainha, ficou acordado a noite inteira com as suas mãos entrelaçadas, rezando para a mesma se recuperar.

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E era mesmo verdadeira a lenda da flor dourada, ela curava mesmo os doentes, por que a Rainha já estava recuperada, e dado a luz a um garotinho muito saudável e, podemos dizer, diferente. E ele tinha longos cabelos dourados, grandes olhos verdes e bochechas coradas e rechonchudas, ele era muito amado pelo seus pais e por todo reino. Para comemorar seu nascimento, o casal lançava e ascendia um balão, com a flor dourada bordada em homenagem ao milagre que aconteceu com eles.

Mas algo na qual eles não sabiam, era que eles era observados pela mulher, que desejava dia e noite conseguir uma mecha do cabelo do pequeno, e por isso, numa noite de lua cheia e muitas estrelas no céu, o palácio foi invadido. No silencioso quarto real do casal, ao lado da cama tinha o berço do bebê, que dormia tranquilamente. Entrando no quarto, pela sacada que estava entreaberta, chegou na beira do berço com uma longa tesoura em suas mãos, cantarolando a melodia que magicamente, fazia o cabelo do menino brilhar, mas no mesmo momento que cortou o cabelo apagou, e se tornou castanho e sua aparência voltou a ser abatida, ficando com raiva ela o enrolou em sua manta e quando chegou na sacada para fugir, o loiro começou a chorar muito alto, despertando seus pais que acordaram transtornados e com medo de uma desconhecida com seu filho no colo fugindo, mas sem tempo pra perder Gothel pulou e fugiu para a floresta.

O Rei pulou da cama gritando a todos os cantos que tinha, perdido seu amado e primeiro filho, e sua mulher estava com lágrimas escorrendo pelo seu rosto e tremendo de medo pelo oque aquela mulher seria capaz de fazer, mesmo mandando os mais corajosos do Reino e seus melhores soldados, nenhum deles foram capazes de encontrar, o pequeno menino ou até mesmo a mulher de longos cabelos escuros no meio da floresta.

E ficou assim por dezessete anos.

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