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Último do dia

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Me afastei de Sana assim que ela roubou um beijo meu.

— Tá louca, garota?

— Sim. Louca de amor por você, Lalisa Manoban — ela levou sua mão até meu membro.

Tirei na mesma hora e me levantei. Antes que eu pudesse dizer algo, escutei uma gritaria.

— Rosé...

Ela estava rindo da Ruby.

Percebi a força que ela abriu o portão. Fiquei com medo que acontecesse algo, então não pensei duas vezes e saí correndo.

Atrás de mim, veio mais três garotas.

Eu nunca corri tão rápido.

Acho que Ruby também estava correndo rápido, eu perdi ela de vista.

Tomara que não aconteça nada com ela.

Passei por um beco e escutei um barulho de choro.

Ruby...

Sua cabeça estava sangrando, ela estava batendo-a contra a parede, fazendo com que machucasse mais.

"Eu quero morrer!"

Essa frase saía a cada 5 segundos de sua boca.

— Ruby! — apressei-me em fazê-la parar de bater sua cabeça.

Levei uma cotovelada no estômago.

— Pare de fazer isso! Está se machucando.

— Me mata, Lalisa!

As três meninas chegaram e ficaram vendo tudo. Todas estavam sem reação vendo aquilo, também estavam paralisadas.

Ruby não parou de bater sua cabeça na parede. Cada vez machucava mais.

Ela começou a bater mais forte. Muito forte. Agarrei sua cintura por trás, fazendo ela se debater para tentar sair dos meus braços.

Em poucos segundos, todos da festa estavam lá, espantados.

— ME SOLTA, LALISA!!! ME SOLTA, CARALHO — sua voz rouca me fez chorar por dentro. Tive que me mater forte para ajudar ela.

Meu coração estava doendo muito em vê-la assim.

Eu vou matar cada um que fez e fizer bullying com ela.

Ela mordeu meu braço muito forte, na tentativa de eu a soltar, porém, mesmo com a dor, continuei segurando ela até a mesma parar.

Percebendo que não conseguiria sair dali, ela parou. Coloquei ela no chão e abracei a mesma muito forte.

Ela estava perdendo a força das pernas, deslizando devagar para o chão sujo, mofado e fedido.

Ela me abraçou muito forte, tão forte a ponto de eu ficar sem ar.

Meu braço estava sangrando e doendo muito, mas eu não parei de ajudá-la em nenhum momento.

— Eu não sou uma assassina — ela disse em meio ao choro e baixo. — Eu não sou!

— Eu sei que você não é. Fique tranquila.

As meninas vieram correndo me ajudar com a Ruby.

Elas tentaram conversar com ela e tirar ela dos meus braços para abraçar-la, porém a garota me abraçou mais forte.

— Me deixem aqui!

— É melhor levar ela pra casa, Jisoo — Minnie disse.

— Eu vou chamar um Uber.

The Prostitute • Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora