The Prostitute • Jenlisa G!P

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Hoje é sexta-feira e eu estou novamente na porcaria da fisioterapia.

Eu não aguento mais!!!!!

Nesses últimos dias, eu comecei a mover as minhas pernas, eu agradeço muito por isso.

A Lisa está mexendo naquele celular desde que chegamos, eu juro que vou dar uma voadora naquela garota.

Ah...

Eu não posso andar.

Esqueci.

— Jennie, vamos tentar dar um passo? — Mina perguntou e eu assenti. Olhei para Lisa e ela não estava mais lá.

Suspirei e olhei para Mina. Ela me ajudou a ficar em pé, logo em seguida, tirou a cadeira de perto de mim.

— Tá pronta? — assenti e me concentrei no que eu iria fazer.

Ela foi me soltando devagar, sem pressa, esperando até que eu me acostumasse com o meu peso. Meu corpo começou a tremer, tentei não pensar no que a Lisa pudesse estar fazendo.

Eu acho que tem mais alguma coisa que eu não sei. 'Eu acho" não, eu tenho certeza.

Eu vou descobrir. E, quando eu descobrir, eu vou arregaçar a cara da Lisa.

Quando percebi, Mina já não estava mais me segurando, ela estava apenas me observando, nervosa e ansiosa para saber se eu iria conseguir andar.

— Jennie, esqueça seus problemas. Foque em você. Somente em você.

Obedeci ela e afastei todos os meus pensamentos.

Eu estava suando frio, tentando criar coragem para andar. Olhei para Mina e olhei para a cadeira onde Lisa deveria estar.

Finalmente consegui me concentrar em mim. Preparei-me para andar e estiquei minha perna direita em um passo curto, porém foi o suficiente para que eu perdesse todo o meu equilíbrio e caísse no chão.

Um grito de dor foi liberado pela as minhas cordas vocais, indicando que a queda havia sido grave.

Mina se apressou em ver o que eu estava sentindo.

O tombo fez um barulho muito alto, tanto que eu bati a minha cabeça no lugar onde eu coloco meu pé na minha cadeira.

Quando menos esperei, Lisa me pegou no colo e me colocou na minha cadeira. Ela se agachou em minha frente e verificou se eu estava com mais algum hematoma.

Ela saiu de perto de mim e depois de um tempo, voltou com um pano.

— Onde você tava? — perguntei enquanto ela colocava o tecido branco na minha testa.

— No banheiro. Jimin me ligou e eu tive que sair, daí eu aproveitei e fui no banheiro.

— O que ele queria? — não desviei meu olhar dela, e ela não desviou o olhar do meu machucado.

— Avisar que achou outro lugar pra ser a minha nova empresa. Vou ir ver assim que sair daqui.

— Eu posso ir?

— Que pergunta besta. Óbvio que você vai, Jennie Kim. Nunca que eu deixaria você sozinha — ela parou de limpar o meu sangue e me encarou, percebi a quantidade de líquido vermelho que estava no pano e arregalei os olhos. — Eu já te disse que não vou deixar ninguém relar no meu abraço confortante — sorri.

Isso é tão brega e ridículo.

Abraço confortante...

Então este é o tão esperado futuro que a mini Jennie sonhava em ter?

Lisa é muito atenciosa e carinhosa comigo. Ela se preocupa e cuida de mim como se fosse minha mãe. Eu amo esse cuidado que ela tem comigo.

— Aqui estão os curativos. Me desculpa, Jennie! Eu devia saber que era cedo demais pra isso — Mina se repreendeu e eu neguei com a cabeça.

— Você só está fazendo o seu trabalho. Acidentes acontecem, Mina — Lisa arregalou os olhos e me encarou. — Que foi?

— Se fosse eu, você taria xingando até a minha quinta geração — eu ri. — Essa não! Quem é você e o que você fez com a Jennie Ruby Jane Kim?

— Para de ser idiota, porra — disse enquanto ria. Mina estava sorrindo enquanto observava a gente.

— Vocês formam um belo casal.

— Sério?

— Sim, Lisa. Vocês combinam bastante.

— Obrigada, Mina — Lisa se curvou e nem tentou esconder seu sorriso de orelha a orelha. Balancei a cabeça enquanto encarava a garota.

***

— O que aconteceu com você, Jennie Kim? — Jungkook caminhou até mim assim que me viu chegar junto a Lisa.

— Eu caí, não tá vendo?

— Lalisa, como você pôde deixar a minha amiga cair? Eu confiei a segurança dela nas suas mãos, porra — ele se aproximou da loira, que estava sorrindo para o moreno.

— Ela não é obrigada a ficar me protegendo 24 horas por dia. Ela tem a vida dela. E pode deixar que eu sei cuidar da minha.

— Ela tá meio brava hoje, né — Jimin murmurou para que só eles escutassem, mas eu escutei.

— Eu acho que você devia procurar alguém que não acorde mandando o despertador ir se foder — Jungkook disse e Lisa riu.

— Ela não acorda mais com o despertador.

— Como você sabe?

— Que pergunta besta, Jimin. Elas dormem agarradinhas toda a noite — Jungkook disse e eu bufei enquanto cruzava meus braços.

— Será que vocês podem, por favor, parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?

— É pra já — os três disseram em uma só voz.

— Eu vou apresentar o lugar pra você, Lisa. Você vai amar a vista do seu escritório — disse Jimin enquanto era seguido pela sua amiga.

Logo ambos desapareceram da minha vista e Jungkook veio falar comigo.

— Fiquei sabendo que você vai trabalhar com a Lisa. É verdade? — assenti. Não ousei olhar para ele em nenhum momento. — Fico feliz por você ter tomado essa decisão.

— Por que não me contou que estava com problemas? Somos amigos. Desde que nos conhecemos, não escondemos nada um do outro.

Ele ficou em silêncio e encarou o chão.

— Kookie, você é humano igual a mim. Pode desabafar comigo. Eu sou a sua melhor amiga, lembra?

Ele assentiu.

— Jen, eu não quero falar sobre isso... Já tá sendo difícil viver, quem dirá falar — ele disse enquanto sorria para tentar segurar o choro. — Nem o Jimin sabe o que está acontecendo na minha vida.

Assenti.

— Quer chorar nos abraços da sua melhor amiga?

— Por favor...

Nos sentamos em um banco grande que tinha no local, ele deitou no móvel e colocou a cabeça nas minhas pernas. Comecei a fazer cafuné em seus cabelos enquanto cantava uma canção que usamos para nos acalmar.

Desde que nos conhecemos fazemos isso um com o outro. O que eu estou fazendo agora, Jungkook também fazia e faz comigo até hoje. Se estamos mal, o colo e o cafuné de algum de nós, já ajuda muito. A canção é o brinde que não pode faltar.

Jungkook não é de chorar muito, portanto, quando ele chora, quer dizer que algo muito grave aconteceu com ele.

E eu vou descobrir o que foi para tentar ajudá-lo.