Entrei decidida na oficina, meu pai se levantou na mesma hora vindo em minha direção. Coloquei os sacos pretos entre a gente impedindo que ele se aproximasse mais.
— É o restante das suas roupas, mamãe não quer mais nada disso em casa.
— Eu disse que iria fazer minhas malas quando as coisas se acalmassem.
— Ela colocou em sacos pretos e o caminhão de lixo passou hoje, então acho que você não tinha mais tempo pra isso.
Ele olhou para chão por um segundo e em seguida para os meus olhos.
— Como vocês estão? Tentei ligar, mas parece que ninguém está em casa nesses dias.
— Não recebi nenhum recado de voz.
— Estava pensando em levar você e seus irmãos pra comer hoje depois do jogo, a gente pode ir naquela lanchonete que você gosta.
— Mamãe vai levar meus irmãos pro boliche hoje e eu vou receber alguns amigos em casa, talvez a gente possa marcar pra outro dia.
— Seria ótimo, está precisando de alguma coisa? Posso te dar dinheiro se quiser comprar algo novo antes da apresentação, você costumava dizer que dava sorte um enfeite novo nos jogos.
— Mamãe já cuidou disso — Menti, minha mãe nem se importa com isso, duvido que ela saiba.
— Tudo bem — Ele suspirou colocando as mãos na cintura, ficamos alguns minutos em completo silêncio.
— Eu preciso ir, ainda tenho muita coisa pra ajeitar pra hoje a noite.
— Foi bom ver você, Heather.
— Foi bom ver você também, pai.
Abraçar meu pai foi estranho, eu queria gritar e chorar dizendo que ele não deveria ter ido embora, que não podia abandonar a gente.
Mas eu não tenho esse direito, não tenho o direito de fazê-lo ser infeliz.
Distraída comecei a andar em direção a saída da oficina, mas acabei no chão.
— Mas que merda — Xingue após ser atropelada por um pneu.
— Você revolucionou as formas de atropelamento — Georgie Cooper sorriu estendendo a mão na minha direção — Foi mal, eu não vi você.
— Então você deveria começar a prestar mais atenção.
Me levantei sem a sua ajuda e bati algumas vezes em meu uniforme agora sujo de graxa e poeira.
— Talvez seja o destino, a gente não se fala desde o seu surto de ciúmes no começo da semana.
— A gente não se fala desde que você traiu a nossa escola, o nosso time e os nossos amigos. Georgie, não tem nada haver com a gente.
— Pelo menos você assume que existe um " gente".
— Eu na verdade assumo que você é um idiota e que eu não posso ser vista falando com você.
— Quem disse isso, a Nora?
Todo mundo, sua foto está pendurada com dardos no vestiário.
As pessoas levam o futebol muito a sério e têm a chance de ter alguém "de dentro" passando informações para o time rival, é o motivo de um perfeito caos.
Ignorei sua pergunta começando a andar novamente.
— Estou pelo menos convidado pra sua festinha hoje a noite? Não é só comemoração do jogo, é?
Me virei e cruzei os braços, dei um sorriso sem mostrar os dentes de uma forma sugestiva.
— Já aviso que não entro no meio de brigas para defender você.
Foi a última coisa que eu falei antes de voltar para casa.
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Dear Nanny - Georgie Cooper
FanficEla só tem uma missão, cuidar dos gêmeos Cooper e ela poderia fazer isso com os olhos fechados se não fosse o irmão mais velho deles. Entre fugas na madrugada, festas do pijama animadas e muito beijos roubados Georgie e Heather podem percebem que po...