Deus promete, Deus cumpre e faz

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Pov Ludmilla

Fomos dormir atentas ao que poderia surgir e prontas para correr na maternidade. Brunna passou a noite toda se remexendo de um lado ao outro devido a não ter posição, a barriga em alguns momentos fica dura e eu coloco a mão para entender o que estava acontecendo.

Não dormi a noite toda, o medo me assombrava de pegar no sono e não ouvir qualquer sinal ou grito da minha esposa pedindo ajuda. Ela acordou  e sorriu para mim dizendo que estava tudo bem e que foi um alarme falso, minha família inteira está de sobreaviso. Ela toma um banho e coloca a roupa de academia e decidi ir malhar eu fico em choque e decido ir junto, serei a sua sombra afinal não tenho nada a fazer. Decidimos ir a praia e dar um mergulho e se sentir livres, ficamos abraçadas olhando o mar e a imensidão, parece que as duas estão se despedindo de algo e prontas para conhecer o amor infinito pela nossa filha assim como o mar que está em nossa frente.

Aos poucos as duas foram relaxando e entendo que não seria o parto para agora, que a Jasmine não estava muito com vontade de nascer e que tudo tem seu tempo e a sua hora. Decidi que era o momento de estarmos apenas as duas juntas curtindo o momento da espera do nascimento da nossa filha. Fizemos de tudo, pequinique, cinema, festa na piscina, sexo, cantei, ela dançou  e em uma tarde de sexta feira, Brunna me anda pela casa com uma mancha de água no chão e na hora entendo que a bolsa estourou.
Nete corre com um pano para secar o chão e eu vejo que a água é quentinha, transparente,  na mesma hora aviso Dra. Fernanda que nos pede para ficar atentas as contrações e seu ritmo e que monitore e qualquer coisa mandar mensagem que corremos para maternidade. Bru decidiu tentar  parto normal , se preparou desde o inicio e estamos respeitando a sua decisão.

Quem pensou que ela estaria gritando pela casa, fazendo um escandalo, se surpreendia com ela calma, fazendo suas meditações e ausência de cólicas, logo ela que sofria todo mês. Ganhou uma energia surreal, subia e descia as escadas como forma de exercicio para ajudar na dilatação, minha mãe passou a  ficar as tardes em casa, ansiosa, conversando e cozinhando com a Nete.
Eu olhava para barriga e conversava com as duas para dar todo meu apoio, estou ansiosa mais não é o momento de demonstar esse sentimento, sou o pilar da minha esposa. Até que no domingo depois do café da manhã Bru fez uma careta que segurou o pé da barriga e disse que o chute da Jasmine estava diferente.

Dra. Fernanda pediu que ela compareça na maternidade que está de plantão para dar uma olhada nas duas pois estava achando muito estranho, fomos no meu carro e quando chegamos em um dos consultórios, ouvimos o coração das Jas e ele estava forte, até que quando foi examinar a Bru, viu que já estava com nove centrimetros de dilatação, eu dei um grito de desespero e surpresa e ai entendemos que o chute que ela estava sentindo era a Jasmine pressionando para sair, saimos da sala com a internação da Brunna liberada e indo para o quarto com ela na cadeira de rodas.
A médica proibiu ela de andar senão o parto seria no corredor do hospital, ligo para familia avisando para trazer tudo que deixamos preparado, foi uma loucura eles não sabiam o que fazer, era uma gritaria que só e Brunna ria de todos.

- More como assim já vai nascer você não sentiu as contrações?

- Mô eu achei que era apenas uma cólica e passava rápido,  Fernanda falou que demorava e doia muito então não dei muita atenção, sei  la, não doi como imaginava.

- Você é muito forte meu amor, estamos juntas tudo bem. Vamos fazer o que quiser.

- Lud canta a música que fez para nós duas e voce sempre canta quando vamos dormir?

- Pode deixar, não sei se vou conseguir devido a emoção do momento, mas de todo meu coração tudo vai dar certo.

Ficamos mais um tempo no quarto e minha irmã, mãe e Nete ajudam arrumando tudo as lembranças que compramos e são poucas afinal as visitas serão bem restritas, elas ficam em choque ao ver que a Bru está com dor e o rosto sereno e tranquilo. Em um momento ela fala que quer fazer xixi e quando a médica entra e diz que não é xixi e sim Jasmine que já está coroando ela me chama para olhar e eu vejo como Deus é perfeito, vejo a cabecinha da minha filha e a medica pede que todos saiam do quarto e fique na sala de espera já que não temos tempo para levar até a sala de parto.
Fernanda pergunta se a Bru está na posição confortável e ela diz que não, que ela precisa ficar em pé e eu vou até ela e a abraço por trás e coloco uma mão em sua barriga e no pé do seu ouvido  canto a música das duas, na primeira força feita metade do corpo sai e na segunda ouvimos o choro forte da nossa filha que quando ouve minha voz porque continuo cantando  para de chorar na mesma hora, eu sou chamada para cortar o cordão umbilical e a seguro, olhando para ela, que fixa seus olhos como se estivesse me reconhecendo.

Brumilla- Nosso destino, é que me faz bem !  2 temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora