Capítulo 1: O conde de Belfast

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Notas da Chelly

Olha só quem chegou com mais uma históriaaa, isso mesmo, a ChellyWalker! 🥳🙌
Tudo bem com vocês, estrelinhas?
Espero que simm!!! 🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Espero que Yes Sir receba muito carinho, particularmente foi uma história que eu amei escrever e vocês logo vão entender o porquê. 🥹
Sem mais delongas, boa leitura 💕✨

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A noite é sossegada e silenciosa atraente para aqueles que são seduzidos pelos seus encantos, entretanto, para outros o desconhecido espreito em meio a escuridão pode torná-la assustadora. Apesar de ouvir o canto da coruja soar ao seu ouvido, fazendo morada na árvore que dava acesso à janela de seu quarto, marcando uma fervorosa presença em frequentes noites de lua cheia, Beomgyu temia abrir os olhos para vê-la.

Quando se cresce no campo, afastado da civilização, torna-se comum acreditar em lendas que lhe contam diante de uma roda de histórias. O rapaz tinha dezessete anos, ainda assim, morria de medo das histórias de caçadores fantasmas que se esgueirava pelas florestas, o medo era tanto que o fazia se encolher debaixo das cobertas, apertando os olhos para que voltasse a dormir e aquele barulho de passos o deixasse em paz. Pelo menos daquela vez ele se arrependeu de não ter aberto os olhos, como sempre fazia, teimando a sua própria intuição, caso tivesse feito, as coisas teriam sido muito diferentes.

— Beomgyu, Beomgyu... — o rapaz de fios alaranjados tinha o sono pesado, ainda que a irmã estivesse o chacoalhando repetidamente, ele não tornava a responder, somente gemia, e resmungava, sem de fato abrir os olhos — Pelo amor de Deus! CHOI BEOMGYU!

Em um momento como aquele gritar não era a ideia mais adequada, entretanto, eles não tinham tempo a perder, assim que o gêmeo coçou os olhos, expressando que havia despertado, a garota arremessou as peças de roupa sobre o mesmo. O tornando extremamente confuso, com a bota pendurada na altura do seu rosto.

— Vamos!

Apressou novamente, fazendo com que o rapaz saísse saltitando, seguindo a irmã enquanto ia se vestindo. Eles estavam seguindo um caminho não muito utilizado, atrás da estante de livros havia uma passagem, que através de túneis os levaria para um lugar longe dali, talvez, próximo à uma aldeia... O pai costumava a repassar aquela rota como se a vida dos filhos dependesse disso, porém Beomgyu nunca foi tão apegado ao seu velho, ao contrário de Ryujin que sempre esteve grudada no pai durante dezessete anos da sua vida. Com certeza ela sabia o que estava fazendo, Beomgyu não tinha dúvidas disso, mas depois de descer até o corredor subterrâneo, sem respostas do porque estava fazendo aquilo... ele começou a ficar preocupado.

— Ryujin? — Tocou o ombro da gêmea que andava à frente — O que está acontecendo? Onde estão a mamãe e o papai?

— Eu não sei. — Relaxou os ombros, se sentindo tão mal quanto o irmão — Eles me pediram para colocar você no túnel e seguir até o final, sem olhar para trás. Chegando na cidade teremos que nos encontrar com alguns amigos deles... — engoliu em seco, não sabendo como prosseguir, péssima hora para lhe faltar palavras — Mamãe- — olhos marejados, garganta embargada — a mamãe me disse que eles vão nos ajudar...

Quando ela levou a mão para o rosto, Beomgyu soube que havia acontecido algo, então, ele tentou voltar, mas a irmã o impediu, ao segurá-lo pelo pulso. O peso do olhar dela foi o suficiente para que ele entendesse tudo, ainda que não quisesse acreditar, mesmo que negasse com toda a sua força, acabou deixando que as lágrimas caíssem, agora só tinham um ao outro e, era nisso que deveriam se apoiar, sozinhos em um túnel subterrâneo compartilhando um abraço de pesar.

Yes Sir - YeongyuOnde histórias criam vida. Descubra agora