Yes Sir - Yeongyu

Capítulo 6: O meu eu libertino

  Notas da Chelly

Feliz ano novoooo 🎆🎊
Peço desculpas pelo atraso, mas não teve como atualizar antes, pois eu estava viajando e o meu pc ficou em casa 🥹💔
Bom, enfim voltamos a programação normal.
Sem mais delongas, boa leitura! 💕✨

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Existe uma linha tênue entre estar apaixonado e estar debilitado; acontece que em ambas as condições a pessoa se torna um alvo vulnerável à distintas ameaças.

O dia amanheceu na cinzenta Belfast, e como já era de se esperar, estava chovendo. Friozinho, tempo nublado, nada melhor do que se encolher debaixo das cobertas, mas claro que esse era um privilégio reservado aos nobres. Criados e servos não tinham esse gostinho, desde o cantar dos galos eles estavam de pé, trabalhando; realizando tarefas por todo o palácio, exceto por um:

Ousando abrir os olhos, ainda se acostumando com o dia, Beomgyu contorceu-se sendo apertado por aqueles braços fortes que o abraçavam a noite inteira. Aproveitando o momento, o ruivinho sorriu, singelo, bobo, sonhador... completamente extasiado, fora da realidade. Yeonjun respirava sereno em sua nuca, e isso, o deixava todo felizinho, tanto que desejou não acabar com aquele momento, todavia, ele só podia desejar.

Apertando os olhos, Choi Beomgyu, o criado, virou-se de barriga para cima, lembrando de cada segundo decorrente da noite passada... e, ah! Mas como poderia se esquecer do, até então, momento mais lindo de toda a sua vida? Por causa da mudança de posição, Yeonjun resmungou ainda em sono, buscando voltar a agarrar o outro, mas Beomgyu estava relutante, relutante ao conde e a todas as emoções que invadiam o seu peito. Ele era só um garoto de dezessete anos e, agora, estava deitado sobre um colchão macio, observando o homem mais lindo do mundo deitado ao seu lado, e tudo o que ele pôde fazer foi suspirar ansioso.

Não era para as coisas serem daquele jeito, não mesmo! Mas e agora? Ele estava com os olhos brilhantes, virado para o nobre que dormia tão lindo, Beomgyu estava sorrindo, mexendo nos fios escuros, os afastando do rosto que havia aprendido a apreciar com deveras devoção e apreço. Será que era realmente pecado? Seria errado apegar-se ao ser que o ensinou o jeito mais bonito de amar alguém? Não que ele estivesse amando o senhor de Belfast, estava longe dele ansiar algo tão além de seu alcance, ainda assim, desconhecia outra palavra para descrever o que fizeram. Não parecia ser um ato profano, de maneira alguma. Foi tão lindo e especial que só podia ser dito como "eles se amaram a noite toda, e foi lindo."

Mais um suspiro, e voltou a ficar de barriga para cima, sendo corroído pela dúvida mortal. A única coisa que queria era que as coisas pudessem ser diferentes para ele e para o conde.

— Hm... não — choramingou ainda de olhos fechados, surpreendendo o criado — por que parou de mexer no meu cabelo?

— Senhor, — sentou-se bruscamente, forçando o nobre a abrir os olhos — eu te acordei?

— Seus suspiros angustiantes, eu diria.

Yeonjun parecia calmo, a cabeça deitada sobre as mãos enquanto olhava para o seu lindo criado.

— Me desculpe. Eu nem deveria estar aqui, de qualquer forma — ameaçou se levantar mas foi impedido pelo aperto em seu pulso, o fazendo questionar através do olhar o porquê do conde ter o segurado.

— Aonde mais você deveria estar? — Indagou com as sobrancelhas, seu coração temendo o que o outro estava pensando em dizer com os lábios exprimidos de tal forma.