vinte e oito.

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P.O.V: Sergio Ramos

Duas semanas após o pedido de casamento em Ibiza, Vicka e eu decidimos dar um jantar de noivado. Sua família vai vir direto da Colômbia para o nosso jantar, o que tem me deixado extremamente aflito.

Observo Vicka arrumar os preparativos para o jantar ao lado de minha irmã, Mirian. Meus sobrinhos estão brincando pela casa. O jantar vai acontecer hoje à noite, a família de Vicka chega dentro de umas duas horas em Madrid.

Me sentei no sofá e Vicka me olhou de relance. Ela sorriu para mim e eu retribui o gesto. Segundos depois, ela caminhou em minha direção, sentando-se ao meu lado.

— no que você está pensando?! — ela perguntou enquanto me observava.

Às vezes eu odeio o fato de ela me conhecer tão bem. Nessas situações eu odeio a forma como ela me olha, como se pudesse ler os meus pensamentos. A verdade é que estou com medo de conhecer a família de Victoria. É um medo bobo, irracional, eu sei. Tenho consciência disso. Estou mesmo parecendo um adolescente no corpo de um cara de 33 anos. Mas estou com medo da família de Vicka não gostar de mim. Eu sei o quanto ela os ama e os admira e estou com medo de não agrada-los de certa forma.

— nada, é só que... — hesito um pouco — não sei, estou um pouco receoso da sua família não gostar de mim... hoje vai ser um dia tão cheio, você não os vê há dois anos, eu sei o quanto a aprovação deles vai te fazer feliz. Estou com medo de desaponta-los e desapontar você! — eu disse e ela sorriu, passando o dedo polegar pelo meu rosto.

— amor, eu já te disse que você não precisa sentir medo. Eu sei que você está ansioso, isso é perfeitamente normal, você sabe que eu também fiquei muito ansiosa para conhecer a sua família e bom... cá estamos! Seus irmãos e seus pais me adoram, seus sobrinhos me veneram! — rimos — e agora eu faço parte da família também. São meus sogros, meus cunhados, nossos sobrinhos! — ela disse enquanto observamos Nico e José Maria brincar com a mini Mirian — vai dar tudo certo, eu tenho certeza absoluta que minha família vai adorar você. Só o fato de você estar cuidando de mim aqui na Espanha e me fazendo feliz já é o suficiente para eles! — Sorrimos. Peguei a mão direita dela e levei até a minha boca, depositando um beijo no local.

— eu te amo, sabia?! — vi ela assentir positivamente com a cabeça e nós rimos. Lhe dei um selinho demorado e em seguida ouvimos alguém pigarrear a garganta

— Sergio, desse jeito as coisas para o jantar vão atrasar! — Mirian disse, nos fazendo rir — deixe a Vicka trabalhar! Vá cuidar de seus sobrinhos! Daqui a pouco o René chega com a família de Victoria! — meu irmão ficou encarregado de buscar a família da minha noiva no aeroporto.

— o dever me chama! — ela olhou para mim e sorriu, levantando-se em seguida.

As horas passaram-se rapidamente. René havia me mandado uma mensagem avisando que estava a caminho com a família de Victoria. Em menos de trinta minutos eles chegaram em casa. Victoria estava tão ansiosa que ficou parada em frente a porta aguardando eles chegarem. Quando a porta se abriu, pudemos ouvir um grito coletivo.

— ESMERALDA!!! — um homem de meia idade, olhos claros e alguns cabelos grisalhos gritou. Suponho que seja o pai dela.

— oi, pai! — ela correu em direção a ele e o abraçou. Ainda estou curioso pela forma como ele a chamou. “esmeralda”.

Vicka cumprimentou todos. Ao todo eram cinco pessoas: seus pais e seus dois irmãos, um homem (que é o irmão mais velho) e sua irmã caçula.

— pai, esse é Sergio, meu noivo! — ouvir essas duas palavras saírem da boca dela parece uma melodia — Sergio, esse é Antonio, meu pai! — ela apontou para seu pai e nos cumprimentamos com um aperto de mão e um sorriso — Claudia, minha mãe — já com Claudia, nos cumprimentamos com um beijo no rosto — Emiliano, meu irmão mais velho — apertei a mão de seu irmão — e por fim e não menos importante, Rosa, minha irmã caçula! — Vicka sorriu

FANTASÍAS - SERGIO RAMOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora