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*4 semanas depois*

Passei todo tempo possível ignorando vinnie, não por que eu estava com raiva, e sim por que eu estava envergonhada, e sempre quando estávamos no mesmo ambiente, vinham memórias na minha cabeça que eu não gostaria de lembrar

Ultimamente ele tem saído muito para missões, mas sem os meninos, sempre volta machucado e totalmente diferente, frio? Eu diria.

Kio e os meninos tem ficado preocupados, mas já eu sei que Vincent é um homem e sabe o que está fazendo.

Ah, e a propósito, kio e eu fizemos uma faxina naquele quartinho de bagunça que era o único sobrando, agora é meu!

Escutei batidas na porta e fui atender, tinha acabado de acordar então ainda estava de pijama

— oi? — atendi meio sem graça pois era a pessoa que eu estava evitando a quase um mês

— se arruma até as 22h, vista um vestido de preferência — entrou em meu quarto passando por mim indo até algumas caixas que estavam lá, não fiz muita questão de tirar pois era itens dos meninos

— não tô afim de sair hoje — falei simples enquanto observava o mesmo tirando vários tipos de itens da caixa, como colete à prova de bala, escutas, walkie é muito mais coisas que nem eu conhecia

— Não sair, não é opção. — ele se levantou caminhando até mim e se posicionado em minha frente, estava vestido com uma calça preta, é uma jaqueta de couro, sendo o mesmo vinnie ignorante do início, acho que voltamos a estaca zero.

— ah e opção sim, e veremos quem vai me tirar daqui — franzi ceio colocando minhas mãos na cintura, vinnie travou o maxilar olhando pelo lugar

— 12h, se não estiver pronta, isso é um convite para mim te levar a força! — falou seco saindo do quarto e eu observei abismada pela audácia

— voltou a ser a loirinha mal comida foi? — gritei pelo corredor e o mesmo parou seus passos sem olhar para traz

— como é? — se virou me olhando com sarcasmo

— não sou CD para ficar repetindo, foi isso mesmo que você escutou.

— Muito corajosa, adoraria ver uma bala atravessar sua cabeça agora — falou caminhando até mim

— tenta a sorte. — engoli seco enquanto ele se aproximava tirando sua pistola de seu quadril, peguei qualquer coisa que vi pela frente, no caso um abajur.

Se aproximou apontando a pistola para meu rosto, tentei pegar a arma de sua mão mas falhei colocando nos dois em uma luta por ela, sem querer um tiro acabou saindo atingindo meu espelho que quebrou em pedacinhos

Me virei torcendo seu braço para traz, e acabei sendo jogada no chão e a pistola a alguns centímetros de mim, rastejei no chão tentando pega-lá mas fui puxada pelos pés

Me levantei rapidamente pulando no pescoço dele que tentava pegar sua arma no chão

— VOCÊ É MALUCA? — gritou sendo sufocado pelos meus braços

— SIM VINNIE, EU SOU! — falei mas no instante seguindo fui arremessada no chão, arfei minhas costas pela dor

Vi a sombra de vinnie se pondo de pé em minha frente com o sorriso sarcástico e apontando sua pistola para mim

— eu poderia atirar em seu rosto agora — engatilhou — mas seria um desperdício de bala

— teria mesmo coragem de atirar nesse rostinho que te inferniza sem que pode? Donzela. — ironizei e ele se curvou sobre mim pegando em minha mandíbula com força

— lembre-se que eu te salvei, mas
qualquer momento posso te matar também — falou me soltando com brutalidade no chão

SOB ARMAS - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora