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— Você pode deletar essa porra de foto, por favor? — Christian murmurou enquanto eu ria da foto ridícula dele com seu chapéu de formatura que eu tinha como imagem de fundo.

— Nunca, você está tão fofo. — eu brinquei e dei um tapinha em sua bochecha, mas ele apenas me afastou rapidamente.

— Foda-se. — ele murmurou antes de eu jogar um braço em volta dele, fazendo-o abrir um sorriso.

— Você está pronto para isso? — Eu perguntei e me sentei em uma das cadeiras de espera no aeroporto. Era final da manhã na Malásia, pois Christian e eu pegamos um voo de Columbus à noite. A partir daqui, deveríamos pegar um voo de 13 horas para Paris antes de pegar outro voo para finalmente chegarmos a Liverpool.

Eu não gostava tanto de voar, embora Christian adorasse. Ele apenas dormiu, porém, fazendo-me sentar sozinho e me afogar em minhas preocupações. Então, toda essa jornada foi um inferno para mim.

— Você quer dizer o voo ou o acampamento real? — ele riu antes de tomar um gole de seu café. Dei de ombros e olhei pela parede de vidro, observando todos os voos decolando e pousando.

— Ambos, eu acho. Mais o acampamento.

— Estou tão animado, cara. Isso vai ser tão bom. Basta pensar em todas as coisas que vamos fazer, aprender e ver. Vamos conhecer tantas pessoas e caramba, estou animado — disse ele, pulando para cima e para baixo em sua cadeira como uma criança.

— Sim, mas eles são todos caras e todos os nossos concorrentes. — apontei, ainda observando todos os aviões do lado de fora com horror.

— Você tem que diminuir seu ego, Josh. Vamos ficar em Liverpool por quase três meses inteiros, você não pode evitar todo mundo lá o tempo todo. Você tem que mostrar que é positivo fora e dentro do campo, caso contrário os jogadores e treinadores vão te odiar.

— Tudo bem. — eu respirei, virando-me para olhar para ele. — Você pode, por favor, não adormecer na primeira coisa que fizer, preciso que você acorde quando o avião decolar.

Christian riu e balançou a cabeça em diversão. — Deus, você é um bebê.

— Não, não sou! Só estou dizendo que seria uma tragédia se o mundo tivesse que perder um garoto tão talentoso e bonito como eu em um maldito acidente de avião.

— Como eu disse antes, diminua a porra do seu ego, Kanye. — disse ele antes de se levantar para jogar seu copo de café vazio na lata de lixo.

Revirei os olhos e sentei-me mais confortavelmente na minha cadeira, o que era impossível porque os assentos eram extremamente desconfortáveis. Deitei minha cabeça para trás e fechei os olhos, esperando que talvez pudesse dormir um pouco antes do voo, porque de jeito nenhum eu conseguiria dormir com isso.

— E se eu estragar tudo e tiver que ir para casa? — eu perguntei quando senti Christian sentar ao meu lado novamente.

— Você não vai. — ele riu como se o que eu disse a ele fosse pura besteira.

— Você não sabe disso. — eu disse, abrindo meus olhos o vi já olhando para mim.

— De onde vem isso de repente? — ele perguntou, franzindo as sobrancelhas preocupado enquanto eu encolhia os ombros. — Você já tomou seus comprimidos? — ele perguntou novamente.

— Sim, mãe. — murmurei, fechando os olhos novamente. Ganhei um tapa do Christian, mas ele logo encostou a cabeça no meu ombro, ficando confortável.

— Você está sem sua mãe há muito tempo, alguém tem que aparecer e cuidar de você.

Eu suspirei, afundando ainda mais no meu assento antes de acenar com a cabeça. — Eu sei, prometo que você vai manter as coisas quietas. Eu não quero o nariz de outras pessoas nos meus negócios.

roommates » joshler versionOnde histórias criam vida. Descubra agora