QUEM SOU?

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𝐄𝐌𝐌𝐀 𝐌𝐘𝐄𝐑𝐒

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𝐄𝐌𝐌𝐀 𝐌𝐘𝐄𝐑𝐒

— Mais um dia acordando com o som
Irritante do alarme que insiste em tocar, Às 5:30 da manhã.

Emma — Argh! Por que a noite passa tão rápido? Mais que saco!

—  Acordo me arrastando, afinal tenho que Trabalhar na lanchonete hoje. Infelizmente não nasci herdeira.

—  Expulsei toda preguiça que abita em mim e corri totalmente desperta para o banheiro ao ouvir papai gritar pela milésima vez. Quem enfrenta um pai enfurecido pela manhã? Bom, eu não sei.

Miguel —  EMMA MYERS!

Emma —  BOM DIA PARA VOCÊ TAMBÉM!

Miguel —  NÃO ME FAZ SUBIR ATÉ AÍ.

Emma —  CINCO MINUTOS?

Miguel —  EU VOU CONTAR.

—  Retiro minhas roupas e me forço a entrar na banheira de água fria. Quando a água toca minha pele, sinto todo meu corpo reclamar de tal ato. Apesar de ter uma vida parcialmente estável, tenho minhas dores mais obscuras. A dor proveniente da perda é tão intensa que, mesmo após o transcurso dos anos, permanece vívida e latente. É uma luta cotidiana entre a realidade e as memórias do passado. Em algumas dessas batalhas, envergonho-me ao afirmar que saí derrotado.

— Ao deixar o banho me apressei em procurar minha roupa do dia. Nada muito ousado, sempre simples e coberta. Não é seguro que uma mulher trabalhe em uma lanchonete beira de estrada usando roupas reveladoras. Quanto mais coberta, mais segura estou.

— Escolhi uma calça (Jeans) escura, uma blusa com mangas compridas e o moletom por cima. Esse é quase meu uniforme de trabalho. Quentinho e confortável, me protege do frio das madrugadas e afasta assediadores.

Miguel — EMMA! JÁ SE PASSARAM OS CINCO MINUTOS! DESSE AQUI AGORA! EU NÃO VOU FALAR NOVAMENTE!

"𝙋𝙐𝙏𝘼 𝙈𝙀𝙍𝘿𝘼! 𝙀 𝙀𝙐 𝙉Ã𝙊 𝘾𝘼𝙇𝘾𝙀𝙄 𝙊 𝘼𝙇𝙇 𝙎𝙏𝘼𝙍!"

— Desci as escadas deslizando pelo guarda-corpo de madeira. Com minha mochila nas costas e o cadarço solto. Encontro na sala, meu pai com uma cara de poucos amigos.

Emma — Estou aqui, Papai! Vamos?

Miguel — Quantas vezes vou ter que repetir? Não quero que desça desse jeito, vai acabar se desmontando toda!

Emma — Um pouco exagerado, não acha? — Respondi com um sorriso divertido.

— Desde que Mamãe se foi, papai passou a ser extremamente cuidadoso e até sufocante. Ele deve pensar que sou de vidro ou algo igualmente sensível. Contudo, compreendo plenamente sua preocupação. Aos sete anos vi minha mãe morrer diante dos meus olhos. Eu nunca entendi o porquê. Até hoje me questiono sobre a decisão de meu pai: Fugir sem denunciar a assassina e simplesmente reestruturar nossas vidas sem ela. Recordo-me claramente do salto alto preto de solado vermelho. 𝙀𝙐 𝙉𝙐𝙉𝘾𝘼 𝙑𝙊𝙐 𝙀𝙎𝙌𝙐𝙀𝘾𝙀𝙍! É a única coisa que lembro daquela noite. Até parece que meu cérebro apagou quase tudo. Para me proteger da dor e de possíveis traumas.

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