Céu ou Inferno

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𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗗𝗢𝗥𝗔

Jenna — Porra Emma! Mas QUE Porra! Agora vou ser obrigada a te matar, sua idiota!

— Ortega resmunga para si mesma furiosa. Levantou-se da cama em um pulo rápido, procurou rapidamente seu pijama, encontrou no chão ao lado de sua cama, o vestiu e foi para seu closet, onde há um quadro. Jenna o retirou com pressa, revelando um cofre. Ela digita uma senha, fazendo o mesmo se abrir. De lá retira uma pistola dourada.

Becca — Amor quem é Emma? Achei que eu era a única que trazia para casa. — Ortega ignora Becca a deixando furiosa e corre em direção a porta. Para ela, o corredor parece não ter fim.

●𝙅𝙖𝙧𝙙𝙞𝙢 𝙙𝙖 𝙥𝙧𝙤𝙥𝙧𝙞𝙚𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙊𝙧𝙩𝙚𝙜𝙖🥀

— Olhando para cima enquanto corre descalça pelo jardim temendo por sua vida, Emma repara a tempestade que castiga Los Angeles nesta noite. O céu, raios, terra e madeira das árvores a fazem recordar os olhos castanhos aterrorizantes da morena.

Jenna — EMMA, PARA AGORA! — A menina para ao som rouco da voz de sua sequestradora. Não ousa virar-se para encará-la, pelo contrário ela dá um passo para frente.

— Ao dar passadas para frentes. Ortega enxerga a desobediência da garota como uma afronta a sua autoridade. Myers parou ao ouvir um disparo que levou sua alma junto a ele. A jovem nada familiarizada com armas de fogo só está noite, ouviu mais de uma vez o alto barulho dos projéteis.

Jenna — ACHA QUE EU ESTOU DE BRINCADEIRA PORRA? — Esbravejou irritada.

— Emma, ao ouvir o Disparo, lembrou-se que perdeu seu pai nesta mesma noite. Lágrimas escorrem sobre seu rosto levemente rosado e se misturam as gotas da forte tempestade.

— Mesmo assustada a menina tomou uma coragem desconhecida por ela. Emma passa a correr para longe das garras da mulher que para ela é fria e impiedosa. Sua intenção? Ser morta! Só assim poderá juntar-se aos seus pais nesta fria noite.

Jenna — EMMA VOCÊ ESTÁ MORTA! — Gritou ao vê-la correr novamente pelo jardim — EU VOU ATIRAR, SUA FILHA DA PUTA! — Ortega corre atrás da garota na chuva, vestindo apenas o seu pijama preto de seda. Apertando forte sua arma, ela sabe como isso termina.

— A morena se vê intrigada consigo mesma por sua hesitação em atirar e por um fim da vida da loira. Ortega não acredita em almas gêmeas, mudanças e muito menos no amor. No entanto, algo do passado a atormenta no presente.

Jenna — O passado fica no passado! — Repreende a si própria.

— Quando a loira enfim alcança os portões de ferro da mansão, Ortega sente a raiva, o vazio e fracasso. Se sente abandonada por alguém que saiu de sua vida a muito tempo. Por quê?

— Para provar a si mesma que está garota não significa nada para ela. De que será capaz de parar o coração de Emma Myers sem sentir remorso, como fez com muitos ao longo de sua vida. Jenna decide apertar o gatilho. Sua mira perfeita acerta de primeira o corpo da jovem, mas ela ainda atira uma segunda vez.

— Emma ouve o primeiro e segundo disparo, mas continua correndo. Cheia de adrenalina e sangue quente, a loira prossegue sem sentir a dor da perfuração em seu ombro. Gradualmente suas forças vão se esvaindo e ela vai de encontro ao chão.

Emma — Aaah! — Reclama da dor latejante. Tocando seu ombro ela sente o sangue quente deixar seu corpo. Só então nota que foi atingida.

— Emma rasteja pela rua na esperança de se distanciar, mas para ao ouvir novamente aquela voz fria e indiferente.

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