Aquele homem estava em cima de mim, tocando todo o meu corpo, sentia sua mão pesada tentar subir meu vestido. Meu coração estava acelerado, meu corpo não me respondia, por que aquilo estava acontecendo comigo? Eu não fui tão ruim assim. Aquele peso sobre meu corpo me fazia implorar para morrer ali mesmo, ele estava me usando de objeto, como se eu não fosse nada, tudo era horrível, só queria desaparecer.
- AMÉLIE
Meu nome soou como um escape, mas aquela voz não me parecia familiar. Assim como num estalar de dedos, eu despertei, em uma cama enorme e macia. Observei o lugar completamente assustada, como eu vim parar aqui? E de quem é essa camisa que eu estou vestida?
Procurei minha bolsa com os olhos, mas sem sucesso, meu desespero aumentou quando ouvi o som do chuveiro cessar, estava sentada na cama abraçada aos meus joelhos com medo de quem poderia sair daquele banheiro.
Meu coração quase perdeu a linha ao ver um homem sair dali semi nu, com apenas uma toalha enrolada na cintura e cabelos molhados, se não fosse essa situação eu iria adorar ter essa visão, mas eu não fazia a menor ideia de quem seria esse homem enorme, a única certeza é que não é aquele infame.
- Ah, você acordou, finalmente - disse o homem ao me encarar, sua expressão era seria, e ele foi direto até seu guarda-roupa e parecia estar procurando uma roupa.
- Quem é você e o que eu to fazendo aqui? - falei curta e grossa, era impossível ficar calma nessa situação.
O homem virou para mim com uma expressão sugestiva que logo ficou seria, parecia querer se aproximar, mas estava esperando uma espécie de comando, me encarou e seus olhos me observaram inteira.
- Nem um obrigado? Que mau educação, Amelie. - O som do meu nome saindo por seus lábios me pareceu tão familiar e assustador, ele me conhece?
Obrigado? Então aquilo realmente aconteceu? Ele assassinou aquele homem na minha frente, então ele é no mínimo perigoso, meu deus onde foi que eu me meti.
- Obrigado? Você matou uma pessoa na minha frente e se tivesse me acertado? - Falei alterada e de joelhos sobre a cama, a sua expressão que era seria estava com um sorriso traveso no canto do rosto, como se estivesse debochando da situação. Quem ele pensa que é?
- Então era para deixar aquela merda fazer o que quisesse com você? Aliás, eu acertaria em você se eu quisesse. -
Ele falou enquanto se aproximava, meu coração acelerou por completo e me sentei de volta na cama sem dizer uma palavra, eu não sabia o que fazer, ele parecia ter algum tipo de poder sobre mim, mas quem ele era?
- Onde está meu vestido? E por que eu estou vestido sua camisa? - Disse em um tom baixo e retraído, não tinha mais autoridade de fala depois que ele disse aquilo.
- Coloquei para lavar, cheirava a álcool barato, estava insuportável de sentir. Te vesti minha camisa para você não ficar pelada e achar que fiz alguma coisa. - Ele disse de uma vez e saiu do quarto com roupas na mão.
Estava intrigada, porque ele me parecia familiar, mesmo podendo jurar nunca ter o visto na vida. Me pergunto de onde ele me conhecia e como sabia o meu nome. Levantei daquela cama e caminhei até o banheiro de onde ele saiu, me olhei no espelho, eu estava um caco, parecia que havia chorado a noite inteira, meu cabelo estava bagunçado e essa camisa cobria todo o meu corpo. Só queria ir para casa e poder esquecer tudo isso.
Minhas botas estavam juntas ao lado da cama, como se tivessem sido postas
Por mim, eu calcei e caminhei até a porta do quarto, queria achar minha bolsa e meu celular para ir embora dali.
Desci as escadas até o andar térreo da casa, ouvi barulhos na cozinha, mas logo os ignorei ao localizar minha bolsa sobre o sofá, andei até lá, mas quando peguei meu celular dentro da bolsa ele estava descarregado, o que me frustrou totalmente, queria pedir um carro e sair sem que ele notasse, mas meu plano acabou de ir por água a abaixo.
Caminhei até a cozinha e o cheiro de bacon me invadiu como um tiro pela culatra, estava morrendo de fome e esse cheiro foi impossível.
- Licença, você pode me emprestar seu celular ou um carregador? - disse receosa enquanto ele estava de costa para mim.
- Eu vou te levar para casa depois que você comer alguma coisa
- Não precisa, eu não to com fome - Eu queria me livrar dessa situação e ir embora logo.
- Eu não perguntei se você queria comer, senta aí e come logo - Disse enquanto me encarava.
Seu olhar era pesado, suas duas pupilas pretas pareciam me enxergar por inteiro, ele não me tratava como uma estranha e sim como se me conhecesse a anos. Busquei em seu rosto algo que me fizesse lembrar de onde eu o conheço, mas nenhum dos meus pensamentos eram concretos.
Ele tinha tatuagens espalhadas por todo seu corpo, inclusive pescoço e mãos, mas nenhuma em seu rosto. Seus olhos eram puxados, na realidade toda sua feição era asiática, seus lábios tinham um arco do cupido perfeito e eram naturalmente rosados, mas o que mais me chamou atenção foi o piercing no canto da sua boca. Ele é enorme, facilmente o maior homem que eu já vi na vida, com braços maiores que a minha cabeça. Ele ainda era uma incógnita para mim, não sabia nada sobre ele, mas ele parecia saber tudo sobre mim.
O caminho de volta para minha casa foi silencioso, ele não trocou uma palavra comigo ou muito menos tirou os olhos da estrada, estava chovendo e as ruas completamente vazias, e de algum modo ele estava me levando para casa sem ao menos eu falar onde fica.
- Você parece confusa. - Ele cortou o silêncio assim que paramos no sinal.
- Você parece me conhecer, mas eu não sei quem você é. - Disse enquanto eu o olhava de canto de olho.
- Meu nome é Jake Park e você Amelie Miller, e é só isso que você tem que saber agora.
Aquilo acabou me deixando cada vez mais curiosa, de onde ele me conhece? E como assim é só isso que eu tinha que saber?
Quem é você Jake Park?
☆⋆ ִֶָ ࣪ . ִֶָ ˑ ִ ֗ ۫ ִֶָˑ ִ ۫ ִֶָ⋆☆
Esse foi o capítulo, o que acharam?
Quem será Jake?
Uma comparação deles aqui para vocês tem uma noção.
É isso bejinhos.
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Meu doce caos.
RomanceA Teoria do Caos diz que mudanças insignificantes no início de um determinado evento podem gerar mudanças profundas no futuro, o que tornaria o sistema caótico e impossível de ser previsto. Em "Meu doce caos", a autora tece uma trama intensa de roma...