Havia passado dois dias, nem sinal da minha mãe durante esse tempo, meu irmão e eu voltando para casa no dia seguinte. Era noite e meu irmão avisou que ia sair para jantar com o seu noivo, meu pai estava muito ocupado na empresa, provavelmente só chegaria no amanhecer, já eu estava deitada na sala assistindo ao filme na televisão.
Tive fim de semestre na minha faculdade, então estava extremamente cansada e estressada, havia chegado mais cedo, tomado um banho e colocado o pijama mais leve que eu tinha no meu guarda-roupa, já estava informada que dormiria praticamente sozinha hoje, então já me precipitei e tranquei a casa toda, não queria que ninguém entrasse e me matasse ou ao menos roubasse a casa toda.
Tava assistindo ao filme de romance com um potão de sorvete em minhas mãos, sinceramente, faz mais de 7 meses que eu não tenho uma noite tão calma como essa, não tinha ninguém para me atrapalhar, só o meu sofá e a minha televisão, até os funcionários eu dispensei, é quarta-feira à noite ninguém merece trabalhar até tarde.
Toda minha paz foi quebrada quando ouço meu celular vibrar, um número desconhecido entrou em contato comigo.
— Já tinha esquecido desse vestido, e onde ele está também... — falei comigo mesmo Enquanto parava para lembrar daquele Monumento de homem.----
Estava largada no meu sofá quando de repente, eu escuto buzinas na minha porta, não estava entendendo nada, mas achava que meu irmão havia esquecido a chave. Abrir o portão da garagem sem muita expectativa e dei cara com aquele carro enorme e preto parado em minha frente. Desceu daquele carro aquele homem, eu fiquei sem entender nada, que ele estava fazendo aqui a essa hora da noite, na real o que ele estava fazendo aqui?
— Você nunca está bem arrumada quando eu te encontro. — ele aproximou de mim com uma sacola enorme nas mãos.
— O que você tá fazendo aqui? — perguntei porque eu estava mesmo sem entender nada.
— Você pediu para devolver seu vestido, ou estou mentindo? — ele disse sugestivamente, ficando parado em minha frente com o olhar sobre mim.
— Não, eu só não imaginava que seria agora. — estava surpresa, não sabia muito o que responder.
— Perder tempo não é muito meu forte, trouxe a sua jaqueta também, você acha normal deixar tudo na casa dos outros? — ele disse com um tom de deboche olhando para mim.
— Eu não teria esquecido nada lá se você não tivesse sumido com as minhas coisas — disse já irritada com aquela pergunta.
— Não vai me convidar para entrar? — disse sugestivo com um sorriso atravesso no rosto.
— E por que eu faria isso? Eu nem conheço você. — eu já estava irritada com aquela situação.
— Porque você está sozinha, então vou fazer te companhia. — ele disse quando já estava entrando da minha casa.
— E como você sabe que eu estou sozinha? — disse incrédula com essa situação.
— Palpite.
Ele invadiu praticamente a minha casa e sentou no meu sofá, eu não tenho muito o que fazer, estava com um cara que era quase estranho sentado no meu sofá. Subi para guardar a sacola de roupas e soltei o meu cabelo para parecer menos desleixada na frente dele, eu realmente não sei porque eu estou me arrumando para esse cara, desci determinada fazer inúmeras perguntas para ele, preciso saber de onde ele me conhece e por que ele me conhece.
Me sentei ao seu lado, e logo seu olhar foi direto para as minhas pantufas de bichinho, não entendi o julgamento, parecia que ele nunca havia visto uma dessa na vida. Hoje ele estava vestindo uma regata preta, e ele cheirava a cigarro, para quem reclamou do cheiro de álcool barato esse cheiro não se diferencia muito.
— Já que está na minha casa, você tem obrigação de responder qualquer pergunta que eu lhe faça. — disse de uma vez, encarando o seu rosto com a expressão séria e concreta.
— E o que eu ganho com isso? — a pergunta me foi inesperada, demorei no mínimo cinco minutos para respondê-lo.
— Eu faço uma coisa que você mandar. — disse com receio, mas foi a primeira coisa que veio na minha cabeça.
Ele não disse nada, apenas me encarou com um pequeno sorriso como se estivesse esperando as minhas perguntas, mesmo sem dizer nada ele me intimidava.
— Como você me conhece? — fiz a pergunta que mais me intrigava.
— E quem disse que eu conheço você?
Eu realmente não esperava aquela resposta, ela não respondia nenhuma das minhas perguntas internas, e com certeza ele estava mentindo.
— Você parece saber tudo sobre mim.
— É fácil saber algumas coisas sobre as pessoas na internet. — Ele disse enquanto Me encarava, tudo parecia tão incerto.
— Você não pode responder minhas perguntas com mais perguntas.
— Você não me passou essa regra.
Cada coisa que ele dizia saía ainda mais confuso, como ele poderia ser tão sonso. Cada olhar que ele me jogava parecia que me conhecia anos, era como se ele soubesse tudo sobre mim, é como se tivesse poder sobre mim, sempre que olha para mim automaticamente meu corpo se rendia a ele.
— Quem é você? Eu não sei nada sobre você, e agora eu quero saber. — perguntei ansiosa.
— Jake Park, eu tenho 24 anos e vim morar aqui direto da Carolina do Norte. — falou com um tom de tédio — Mas você quer para preencher meu currículo?
Certo alguma dessas respostas preencheram lacunas que eu tinha aqui dentro, agora eu sabia um pouco mais sobre ele, mas para mim ele ainda era uma incógnita.
— Pronto, você já respondeu minha pergunta, agora o que você quer? — perguntei com medo da sua resposta, ele pode me mandar fazer qualquer coisa.
Ele não disse nada, apenas ficou sério e começou a se aproximar de mim, meu coração acelerou muito, não sabia o que ele poderia fazer e tinha medo do que ele Faria ali. Ele chegou muito perto do meu rosto, por um momento eu achei que ele Me beijaria, mas sua boca foi em direção a outro lugar. Senti sua respiração subir do meu pescoço até o meu ouvido, eu estava trêmula sem saber o que fazer. E então ele disse algo que me deixou estática.
— Você é minha Amelie, se eu ver você com outra pessoa eu mato ela. Minha e de mais ninguém.
Aquilo me deixou imóvel, não sabia o que dizer e não conseguia me mexer, estava ainda raciocinando o que havia me acontecido recentemente. Logo depois dizer aquilo ele levantou e foi embora, não me disse mais nada, apenas saiu, o barulho do seu carro foi o que me despertou da realidade, o que foi que acabou de acontecer?
Dele?
☆⋆ ִֶָ ࣪ . ִֶָ ˑ ִ ֗ ۫ ִֶָˑ ִ ۫ ִֶָ⋆☆
Esse foi o capítulo,
que o que acharam?
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Meu doce caos.
RomanceA Teoria do Caos diz que mudanças insignificantes no início de um determinado evento podem gerar mudanças profundas no futuro, o que tornaria o sistema caótico e impossível de ser previsto. Em "Meu doce caos", a autora tece uma trama intensa de roma...