🌖⃤| 𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗧𝗿𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗲 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼

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𝗛𝗮𝘂𝗻𝘁𝗶𝗻𝗴 𝗦𝗵𝗶𝘃𝗮𝗻𝗶.˚.*༝✧🩸੭
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A SOMBRA:

Não há nada que você poderia ter feito

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Não há nada que você poderia ter feito.

Você não pode mudar o que já aconteceu, cara.

Você não pode salvar todos.

Sou grato a Jay. Eu realmente sou. Não confio em muitos homens nessa área, especialmente para fazer uma parte do trabalho que tenho dificuldade em abrir mão, mas não posso estar na ativa e ficar grudado em um computador ao mesmo tempo. E Jay tem sido mais que eficiente em ajudar nesse lado do trabalho.

Mas o filho da puta não sabe fazer eu me sentir melhor.

Ele está tentando. Eu entendo.

Mas tenho dificuldade em apreciar seu esforço quando estou gastando todas as minhas forças para não entrar no Savior e explodir o lugar inteiro. Se não fosse o fato de que existem pessoas inocentes que trabalham lá – ou melhor, estão sendo mantidas como reféns – eu faria isso.

Eu estava lá.

Eu os vi beber o sangue de um garotinho. Um garoto de oito anos foi sacrificado em algum altar de pedra para receber os novos membros de um clube pedófilo adorador do diabo e bebedores de sangue.

Nunca vou entender o porquê. Nunca vou entender o desejo de machucar alguém tão jovem, tão puro, tão inocente. Mas são essas qualidades que os atraem. Isso é o que atrai o diabo para o anjo.

Eles querem corromper, ferir e contaminar. Causar dor e sofrimento àqueles que nunca pediram por isso. Essa é a emoção doentia nisso.

— Ele tinha oito anos, Jay — resmungo com os dentes cerrados. — Ele tinha uma família. Um pai, uma mãe, três irmãos e uma irmã. Ele era amado. Ele foi criado em um bom lar por pais que o amavam. E eles o sequestraram na porra de uma mercearia, o venderam para o tráfico humano e o usaram como um sacrifício de merda.

Jay fica calado, parecendo perceber que suas respostas padrão para fazer eu me sentir melhor são insuficientes.

Eu estava lá.

E não fiz nada para impedir.

Abro a boca, pronto para mudar de assunto quando recebo outra chamada. Olho para o celular e um rosnado feroz toma conta do meu rosto.

— Tenho que desligar — falo irritado, desligando o telefone na cara de Jay e imediatamente atendendo a ligação. — Daniel. Tão bom ouvir você — saúdo. Como um cobertor sendo jogado sobre o fogo, meu tom é frio e controlado.

𝐀𝐒𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐒𝐇𝐈𝐕𝐀𝐍𝐈 | 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐄 𝟏Onde histórias criam vida. Descubra agora