Reunion of the heart

Capítulo 1.

O despertador emitiu um som estridente, ecoando pelo quarto. O de cabelos loiros murmurava palavras ininteligíveis enquanto se revirava na cama, tentando retornar ao sono, porém sem sucesso. "Desgraça de escola.." O jovem grunhiu ao tentar desligar o alarme do despertador, esfregando os olhos com uma mão. Após finalmente conseguir, murmurou alguns palavrões antes de se erguer e dirigir-se ao banheiro do quarto.

Era o primeiro dia de aula após ter retornado a sua antiga escola, na cidade onde cresceu, revivendo sua vida anterior. Não sentia falta de nada em particular, pois passou toda a sua infância lá. Mudou-se devido a imprevistos após a morte de seu pai, morando temporariamente na casa de sua avó. Agora, finalmente, conseguiram retornar à sua antiga residência, pois sua mãe conseguiu um bom emprego na cidade.

Enquanto tomava um banho frio para acordar de vez, lembranças da cidade começaram a vir à tona.
De repente, uma pessoa veio à mente: Michael Afton, seu amigo de infância. Eles costumavam ser inseparáveis, embora tenha se afastado por um tempo. Ele se questionava se Michael ainda lembrava dele, se o reconheceria e se teriam vontade de conversar novamente. Esses pensamentos dominaram sua mente enquanto ele tentava se concentrar em se secar.

Pronto para sair, Jeremy pega a mochila e desce. Na cozinha, encontra dois sanduíches e um bilhete carinhoso de sua mãe: 'Acordei cedo para preparar seu café. Tenha um ótimo primeiro dia, meu querido!' Um sorriso se desenha no rosto do rapaz ao ler o bilhete. Ele guarda o sanduíche embalado na mochila e dá uma mordida no outro enquanto se apressa para sair, certificando-se de trancar a porta. Com pressa, ele caminha pela deserta estrada em direção à escola.

Enquanto passa por um parque, relembrando as brincadeiras com Michael quando crianças, um breve sorriso ilumina seu rosto.

No entanto, logo se apressa, consciente de que não pode perder a primeira aula. Ao chegar na escola, observa os grupos tradicionais reunindo seus pertences nos armários. Algumas garotas o encaram e comentam entre elas, mas ele as ignora, seguindo diretamente para a secretaria para pegar as chaves de seu armário.

Com as chaves em mãos, ele busca o armário de número 66. Ao encontrá-lo, nota a presença de alguns garotos não tão desconhecidos, mas ele não está no clima para se aproximar deles naquele momento. Porém, não consegue passar despercebido, pois escuta Mark comentando sobre ele de maneira pouco discreta. O rapaz não pode deixar de rir, afinal, Mark nunca soube disfarçar muito bem, e isso aparentemente não mudou.

Jeremy encaminha-se para a sala de aula do segundo ano B, após ter recebido o número da sala do supervisor quando foi buscar as chaves de seu armário. Assentando-se, organiza seus materiais na mesa e começa a desenhar, procurando uma distração. O sinal toca, e os demais alunos adentram a sala. Jeremy sente o olhar sério de Michael sobre ele, e o rapaz não precisa olhar para saber que ele não está sorrindo. Suspirando, ele observa o professor entrar na sala e solicitar que Jeremy se apresente à turma.

Relutantemente, Jeremy se põe de pé e menciona seu nome. Algumas horas se passam, e é a hora do intervalo. Optando por permanecer na sala, já que não tem companhia do lado de fora, Jeremy nota Simon sendo arrastado por Mark na direção dele. Os dois param diante de sua carteira, olhando-o de maneira séria.

"Jeremy! Cara, pensei que nunca mais fosse te ver!", exclama Mark com entusiasmo, puxando o loiro para um abraço emocionado, exibindo um sorriso radiante no rosto. Jeremy ri e pede para ser solto, alegando dificuldade para respirar. Mark se desculpa, e Simon também o abraça rapidamente. Eles explicam que não puderam se aproximar dele na presença de Michael, que ainda guarda ressentimento por Jeremy.

Após algum tempo conversando com Frederick no pátio, enquanto fingem ir ao banheiro para ver Jeremy, Mark e Simon retornam ao pátio, deixando-o novamente sozinho. Jeremy fica contente por seus antigos amigos ainda gostarem dele, exceto Michael, que aparentemente manteve o rancor ao longo dos anos. No último dia em que esteve na cidade, despediu-se de todos os amigos, exceto de Michael, pois não queria vê-lo triste, já que era a pessoa que mais gostava. No entanto, sua partida deixou Michael ainda mais triste, pois ele partiu sem se despedir.