Quinta-feira chegou, e com ela, o dia de apresentar o trabalho de física. O tema era "Dilatação dos Líquidos", algo que Jeremy tinha estudado cuidadosamente. Já Michael… bem, ele mal lembrava do conteúdo. O moreno estava muito mais preocupado com a tensão (ou tesão acumulado) que pairava entre eles do que com as fórmulas e conceitos que deveriam explicar.
Jeremy, por outro lado, estava uma pilha de nervos. Não só por causa da apresentação, mas também pelo clima estranho entre eles desde o último encontro no banheiro. Ele estava preocupado com a reação de Michael — e como seria encarar o olhar dele, especialmente diante da turma inteira.
Quando o professor chamou seus nomes, ambos se levantaram, pegando o material. Jeremy ajeitou os papéis, a voz um pouco trêmula. "Vamos lá, Michael."
"Vamos sim, Jezza," Michael respondeu com um sorriso meio torto, chamando Jeremy por um apelido que ele usava quando ambos ainda eram crianças. Jeremy congelou por um segundo, sentindo o rosto esquentar. Michael sabia como provocá-lo, mesmo sem parecer que estava se esforçando.
Eles começaram a apresentação de maneira normal, com Jeremy introduzindo o conceito da dilatação dos líquidos. "Quando um líquido é aquecido, suas moléculas se movem mais rapidamente, aumentando o espaço entre elas e, consequentemente, o volume do líquido." Ele estava nervoso, mas mantinha o foco no conteúdo.
Michael, por outro lado, parecia estar se divertindo. "É, e dependendo da temperatura..." Ele olhou de soslaio para Jeremy, com um sorrisinho nos lábios. "A dilatação pode ser... bem intensa." A insinuação era clara, e Jeremy tentou não deixar isso afetá-lo.
"Sim, intensa," Jeremy concordou, evitando o olhar do moreno. "Quanto maior a temperatura, maior a dilatação."
"Exatamente," Michael continuou, fingindo uma seriedade que não convencia ninguém. "Então, quanto mais calor, mais… expansão, não é, Jeremy?" Ele enfatizou a palavra "calor", claramente flertando com o loiro. Alguns alunos começaram a notar, trocando olhares curiosos.
Jeremy travou por um segundo, sentindo o peso das palavras de Michael. Ele mordeu o lábio inferior, tentando se concentrar. "Sim, é por isso que a dilatação é mais visível em líquidos do que em sólidos, porque... o movimento das moléculas é mais... livre." As palavras saíam um pouco hesitantes, e ele sabia que Michael estava brincando com ele.
Michael deu um passo mais próximo, quase entrando no espaço pessoal de Jeremy. "Você diria que quando as coisas esquentam, elas ficam difíceis de controlar, não é?" O olhar dele era intenso, e Jeremy sentiu o ar ao seu redor pesar.
"Depende do... líquido," Jeremy respondeu, tentando manter o tom profissional, mas sua voz entregava um pouco do nervosismo. Ele sabia que Michael estava jogando com as palavras, e isso estava o deixando ainda mais confuso.
"Ah, sim... depende do líquido," Michael repetiu, o olhar fixo no de Jeremy, com uma pontada de malícia. "E você sabe, quando chega no ponto certo, pode acontecer uma expansão bem... significativa."
Jeremy quase derrubou o papel que segurava. Ele sabia que as insinuações de Michael estavam ficando mais óbvias, e a essa altura, a turma parecia perceber que havia algo diferente entre eles. O loiro tentou manter o controle da apresentação. "Sim, certo... E é importante lembrar que, se não tomarmos cuidado com as mudanças de temperatura, pode haver problemas na contenção dos líquidos."
"Você está certo, Jeremy," Michael disse, sem perder a oportunidade de provocar. "Às vezes, manter o controle pode ser… difícil. Mas, no fim, tudo depende de como você lida com a situação."
A sala estava em silêncio, e até o professor parecia intrigado com o jeito que os dois apresentavam. Não havia nada abertamente errado, mas a tensão era palpável. Jeremy sentia seu rosto queimando de vergonha, enquanto Michael parecia se divertir com cada troca de olhares.
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Reunion of the heart
Roman d'amourJeremy volta à sua cidade natal e reencontrar Michael desperta sentimentos antigos. Entre olhares intensos e toques hesitantes, a tensão entre eles cresce, e cada encontro os aproxima de um limite que não podem mais ignorar. Eles sabem que, ao cruzá...