Henry e Jesse estavam cientes de que o relógio estava correndo contra eles. Após quase uma semana de incessante batalha, os recursos se esgotaram e Olívia já estava fazendo progressos significativos ao manipular o sistema elétrico. Era apenas uma questão de tempo até que ela conseguisse desbloquear a porta central que os separava da sala do pânico onde estavam encurralados.
— As luzes voltaram a piscar, será que agora ela consegue entrar? — Diz Jesse, com um olhar assustado.
— Espero que não, foque nos códigos do sistema, precisamos mantê-los em ordem para que Olívia não consiga bagunça-los. Isso é a única coisa que ainda está nos mantendo seguros.
— Certo... É difícil pensar que isso esteja acontecendo, nem acredito que uma máquina pudesse se desenvolver por conta própria.
— Confesso que esse era um dos meus medos, mas também mostra o gênio que você é. Se lembra da primeira vez que entramos no laboratório?
— Sim, dificilmente irei esquecê-lo. — Diz Jesse, estampando um olhar nostálgico em seu rosto.
MEMÓRIAS DO PASSADO
O dia estava ensolarado, os pássaros procuravam seus ninhos e as estrelas começavam a ganhar vida no imenso céu alaranjado, que se escurecia a cada minuto. Henry observava pela janela a bela vista que o lugar lhe proporciona, além do vento fresco e gélido do fim de tarde. Jesse seguia dirigindo, animado e ansioso para revelar uma surpresa á Henry assim que chegarem no destino final, ele olhava para o rapaz que estava inquieto, imaginando como seria a reação dele.
— Você está muito quieto, até parece que estou te levando para as portas do inferno. — Disse Jesse, sorrindo.
— Que besteira, só estou encantado com a vista, é tão bonito.
— Será que é só isso?
— Sim, e também estou ansioso, até agora não me disse para onde estamos indo.
— Calma, estamos quase chegando lá. Nossa! Se esses carros na nossa frente fossem mais rápidos, que agonia!
— Quer saber uma curiosidade? Sempre vou achar engraçado você revoltado no trânsito.— Diz Henry, rindo, olhando para Jesse estressado.
A viagem durou mais dez minutos, finalmente estavam a uma quadra do destino final. Jesse para o carro e pede para Henry descer. O rapaz franziu a testa com uma expressão de dúvida e surpresa. E pergunta o que estava acontecendo, Jesse apenas caminha até ele e pede para que virasse de costas, ainda sem entender Henry obedece. Jesse pega uma venda e põe sobre os olhos de Henry.
— Minha nossa, porque tirar minha visão? Só uma dúvida, não está me levando para um quarto vermelho ou coisa do tipo não, né? — Diz Henry, ainda surpreso e com um leve sorriso de ansiedade no rosto.
— Não, é algo muito melhor, só confia em mim. Agora entra no carro.
— Vem me ajudar a entrar né?
— Aí Henry, como você dá trabalho.
— Eu?
— É.
Jesse adentra o veículo, gira a chave e dá partida, rumo ao destino final. Henry não conseguia ver nada e naquela altura do campeonato, apenas torcia para não ser nada peculiar. O trajeto continuou por mais cinco minutos até finalmente concluir a rota. Jesse desce do automóvel, caminhando rapidamente até o outro lado do carro para ajudar Henry a sair. Ele o guia até a entrada do lugar e tira a venda.
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A MENTE PECULIAR DE JESSE TURNER
Science FictionJesse Turner, um talentoso jovem escritor prestes a atingir o estrelato literário, decide fazer uma visita à sua cidade natal, Windville. Lá, reencontra seu antigo quarto, onde escreveu histórias inesquecíveis e que havia se transformado em seu refú...