No aniversário de 16 anos de Seraphine Parkinson, o que deveria ser uma comemoração normal se transforma em uma tragédia quando seus pais são brutalmente assassinados. Nesse momento, Seraphine descobre que não pertence ao mundo em que sempre viveu e...
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O ar ao redor de Seraphine e Christopher estava carregado de uma eletricidade silenciosa enquanto saíam da sala da diretora, suas mentes ainda processando as revelações desconcertantes que haviam acabado de ouvir. A sensação de que o mundo deles havia virado de cabeça para baixo era quase palpável, e suas expressões refletiam a confusão que sentiam. Ao redor deles, as pequenas fadas Thalassa e Zephyra dançavam no ar, suas presenças, embora diminutas, eram imponentes. As asas translúcidas das criaturas batiam com um zumbido fino, mas preciso, semelhante ao corte de uma lâmina afiada.
Thalassa flutuava ao redor de Christopher, sua figura etérea com cabelos azul-marinho brilhando sob a luz dos candelabros dos corredores da escola. Os olhos dela, da cor de oceanos profundos, irradiavam uma serenidade quase maternal. Ela pairou na frente de uma das portas, apontando graciosamente.
— Esta é a Escola de Feitiçaria de Astralith, a melhor do mundo. — Sua voz deslizava suave como o som das marés em uma noite tranquila, cada gesto fluido e cuidadosamente calculado. — Embora, é claro, seja uma das poucas. — Um sorriso sem jeito surgiu em seu rosto, como se a frase a pegasse desprevenida.
Christopher olhou para onde ela apontava, notando as fórmulas mágicas escritas em quadros negros e frascos de poções borbulhantes alinhados nas mesas. Ele piscou lentamente, como se estivesse tentando absorver cada detalhe daquele novo mundo.
Zephyra, ao contrário, era uma presença mais agitada. Ela girava ao redor de Seraphine, suas asas prateadas refletindo um brilho etéreo. Seus cabelos esvoaçantes pareciam ser feitos de plumas, movendo-se com uma leveza desconcertante. Com um sorriso travesso, ela conduziu Seraphine pelos jardins encantados, onde flores vibrantes desabrochavam a cada sopro de vento.
— Aqui vocês vão aprender tudo sobre magia, desde os feitiços básicos até os mais avançados. — Zephyra disse, com uma excitação evidente em sua voz, suas palavras quase sobrepostas aos sussurros dos ventos ao redor.
Seraphine absorvia as palavras, maravilhada, seus olhos brilhando ao ver as flores exóticas se movendo como se estivessem vivas. O coração dela batia rápido, uma mistura de ansiedade e empolgação.
— E também vão fazer muitos amigos e se divertir muito. — Thalassa acrescentou, sua voz calma contrastando com a energia de Zephyra.
Zephyra, no entanto, arqueou uma sobrancelha e voou até o ombro de Seraphine, sussurrando próximo ao seu ouvido com uma expressão de alerta.
— Mas cuidado com os professores. Alguns são bem rigorosos. — Ela piscou um dos olhos, como se compartilhasse um segredo perigoso.
Christopher franziu a testa levemente, virando-se para a irmã, mas antes que pudesse falar, Zephyra o interrompeu com uma pergunta repentina.
