Romance/ LGBTQI+ / +18 / Trans
Seis anos se passaram depois que Benjamin viu sua borboletinha pela última vez. A vida de adulto trouxe outras responsabilidades mas, ainda assim, não conseguia esquecer todos os momentos que passou com Valentina Mille...
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Olho pela janela do avião enquanto a minha cidade natal se aproxima, meu coração acelera. Estou nervoso, não apenas por voltar para casa, mas porque sei que seria naquele lugar que eu pediria Valentina na em casamento. Mesmo sabendo que a probabilidade dela falar "sim"era grande, ainda me sentia extremamente nervoso. Ela era a mulher da minha vida, não havia como não me sentir nervoso em pedir em casamento.
Claro, eu sabia que precisava preparar algo grande o suficiente e digno para Valentina, e isso era o que mais me deixava nervoso. Eu não tinha ideia do que fazer. Talvez, se eu simplesmente me ajoelhasse e perguntasse: "Valentina Miller, você quer se casar comigo?" Seria simples. Mas, ao mesmo tempo, eu desejava fazer algo surpreendente, algo extravagante como os contos de fadas, algo que fosse digno da minha borboleta.
Valentina está ao meu lado, tão animada e conservadora, alheia à tempestade de pensamentos que me assola.Sorri pequeno quando ela fotografou seu lanche que a aeromoça trouxe.
Observando o sorriso radiante dela e me lembro de todos os momentos felizes que compartilhamos. É incrível como ela ilumina minha vida. Eu sei, que encontrei a pessoa com quem desejo passar o resto da minha vida.
— Tem algo no meu rosto? — perguntou-me tocando em suas bochechas.
— Não, porque?
— Você está me olhando assim. Achei que tinha algo de errado em mim.
De forma preocupada, ela tirou um pequeno espelho dentro da bolsa conferindo a sua aparência. Ri por aquela atitude negando com a cabeça e respondi : " estou olhando para você, porque te acho linda demais."
Ela ficou vermelha, com uma pequena beterraba. Adorava aquilo, deixá-la envergonhada era os meus favoritos dos hobbies. Mas, então mudando de assunto, deixaria ela em paz por algum tempo até que eu voltasse a perturbá-la com minhas palavras parve-la tímida.
— Benie. — Ela resmungou, uma falsa repressão que fez-me apenas rir e beijar sua bochecha .
Enquanto o avião pousa suavemente, sinto o peso do anel de noivado no meu bolso... Eu estava fodido e nervoso.
— Eu trouxe algumas surpresas — Valentina me revelou deixando-me surpreso.
— Quais são elas?
— hmmm... eu direi depois.
— Também preparei algumas surpresas — Admitir.
Valentina deixou suas coisas de lado, olhando nos meus olhos. Respirando fundo disse de uma maneira esperançosa.
— Ben, você vai me contar sobre sua infância?
Estalei a língua em resposta, coçando a nuca,Eu sabia que eu não falava muito sobre a minha infância mas, era porque minha fase quando criança e a fase de Valentina como criança era vista de forma completamente. Eu não era a melhor criança, nem tinha tantos privilégios, brinquedos ou coisas parecidas. Desde que meus pais faleceram, tinha em mente que eu não poderia dar tanto trabalho a Mina. Achava que algum senso de responsabilidade corria dentro de mim, pensando que eu tinha que fazer valer a pena todos os seus esforços. Como adulto penso que eu deveria ter me permitido viver uma infância como das outras crianças mas, eu estava preocupado demais em crescer, em ser mais adulto e independente.
